Menores Em Tempo De Maioridade

Menores Em Tempo De Maioridade é fruto de preocupações iniciadas no desempenho de atividades de psicóloga e no decorrer de uma pesquisa que realizei anteriormente sobre a vida das crianças no internato. Neste estudo se analisa o cotidiano da vida das crianças em sete diferentes internatos abrangendo a faixa etária de recém-nascido a dezoito anos.
A análise feita levanta vários problemas e questões sobre a formação do sujeito no caso de indivíduos que passam muitos anos de sua vida, inclusive infância e adolescência, confinados em internatos, que têm seus mecanismos de funcionamento à molde de instituição total.
Menores Em Tempo De Maioridade apresenta os resultados de uma pesquisa que é na realidade um desdobramento desse estudo anterior.


Nela, entretanto, não mais pretendemos a análise de uma instituição total, mas iniciar um estudo sobre seus impactos e efeitos para um conjunto de indivíduos que, na condição de assistidos, são alvos da política oficial de Bem-Estar.
Optamos por levantar considerações sobre o quanto a instituição total é definitória da representação do indivíduo na vida social. Levantamos a hipótese de que seus efeitos são de natureza estrutural e não-contingentes.
Frente ao caráter paternalista e assistencialista adotado nos internatos de menores, a primeira questão que se coloca é a seguinte: como e sob que circunstâncias o interno passa da condição de assistido para aquela de cidadão ao completar a maioridade (18 anos).
Desligado do internato ele tem que se defrontar com uma sociedade onde os direitos são individuais, ao contrário da experiência vivida anteriormente. Trata-se de uma experiência marcada pela uniformidade, pela mesmice, pela massificação do atendimento, havendo sempre um esforço institucional para apagar qualquer diferenciação, que porventura pudesse existir entre os internos.
Não há nos meandros desta engrenagem institucional qualquer incentivo para o indivíduo constituir sua identidade. É importante ressaltar que igualdade de atendimento nada tem haver com democratização. O funcionamento institucional é contrário a toda ideia de liberdade e democracia. Na relação com os adultos e autoridades institucionais o interno vive uma experiência de autoritarismo e infantilização levados ao seu grau máximo.

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Frente ao caráter paternalista e assistencialista adotado nos internatos de menores, a primeira questão que se coloca é a seguinte: como e sob que circunstâncias o interno passa da condição de assistido para aquela de cidadão ao completar a maioridade (18 anos).
Desligado do internato ele tem que se defrontar com uma sociedade onde os direitos são individuais, ao contrário da experiência vivida anteriormente. Trata-se de uma experiência marcada pela uniformidade, pela mesmice, pela massificação do atendimento, havendo sempre um esforço institucional para apagar qualquer diferenciação, que porventura pudesse existir entre os internos.
Não há nos meandros desta engrenagem institucional qualquer incentivo para o indivíduo constituir sua identidade. É importante ressaltar que igualdade de atendimento nada tem haver com democratização. O funcionamento institucional é contrário a toda ideia de liberdade e democracia. Na relação com os adultos e autoridades institucionais o interno vive uma experiência de autoritarismo e infantilização levados ao seu grau máximo.

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