Invenção De Orfeu

Poema épico e subjetivo, Invenção De Orfeu une fragmentos de epopéias clássicas, como a Divina comédia, Eneida, Os Lusíadas e a própria Bíblia a elementos sociais nacionais. O autor constrói uma epopéia moderna e brasileira ao criar uma viagem na qual se depara com o Inferno, o Paraíso e algumas musas.
Considerado um dos grandes poemas da língua portuguesa, Invenção De Orfeu percorre um incomparável universo de imagens e sons.
Em Invenção De Orfeu, Jorge de Lima criou, com o máximo de riqueza lírica e humana, o registro épico da nossa brasilidade. Para isso, explorou todas as vertentes formais da criação poética, tanto as que ele já havia realizado em seus livros anteriores quanto as da própria tradição literária nacional e ocidental.


Jorge de Lima mescla o popular e o erudito, o clássico e o surrealista, a mitologia e o catolicismo, sem nunca perder de vista a dimensão humana, sobretudo em relação ao problema histórico da desigualdade e da injustiça social.
Invenção De Orfeu é um dos projetos mais ambiciosos e ousados da literatura brasileira. Considerado ápice e síntese da carreira de Jorge de Lima, propõe-se a contar “a história mal dormida de uma viagem”. A definição do enredo dá lugar à experimentação sem precedentes: obra metalinguística, questiona a possibilidade de um amplo e coeso monumento poético da modernidade.
Oscilando entre os gêneros épico e lírico, seus 11 mil versos dividem-se em dez cantos, em alusão a Os Lusíadas, de Luís de Camões. As referências à epopeia fundadora da língua portuguesa – a que se juntam a Odisseia, do poeta grego Homero, Eneida, do poeta romano Virgílio, e A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri – respondem pelo desejo de encontrar alguma coesão. No entanto, o eu lírico vê-se impossibilitado de associar esses textos à experiência contemporânea. A retomada da tradição literária não basta para lhe garantir unidade formal ou temática.
As obras do passado desenvolvem-se em um único esquema formal, segundo o andamento narrativo. No caso de Os Lusíadas, versos decassílabos e estrofes de oito versos, com esquema fixo de rimas, a serviço da saga de Vasco da Gama e, por extensão, da nação lusitana. Invenção De Orfeu, por sua vez, representa “um inventário de quase todas as formas de verso, de estrofe e de poema já intentados na poética portuguesa”, conforme o crítico Mário Faustino. Quanto ao tema, não há leituras críticas que estabeleçam unanimidade para o sentido do livro.

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Em Invenção De Orfeu, Jorge de Lima criou, com o máximo de riqueza lírica e humana, o registro épico da nossa brasilidade. Para isso, explorou todas as vertentes formais da criação poética, tanto as que ele já havia realizado em seus livros anteriores quanto as da própria tradição literária nacional e ocidental.
Jorge de Lima mescla o popular e o erudito, o clássico e o surrealista, a mitologia e o catolicismo, sem nunca perder de vista a dimensão humana, sobretudo em relação ao problema histórico da desigualdade e da injustiça social.
Invenção De Orfeu é um dos projetos mais ambiciosos e ousados da literatura brasileira. Considerado ápice e síntese da carreira de Jorge de Lima, propõe-se a contar “a história mal dormida de uma viagem”. A definição do enredo dá lugar à experimentação sem precedentes: obra metalinguística, questiona a possibilidade de um amplo e coeso monumento poético da modernidade.
Oscilando entre os gêneros épico e lírico, seus 11 mil versos dividem-se em dez cantos, em alusão a Os Lusíadas, de Luís de Camões. As referências à epopeia fundadora da língua portuguesa – a que se juntam a Odisseia, do poeta grego Homero, Eneida, do poeta romano Virgílio, e A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri – respondem pelo desejo de encontrar alguma coesão. No entanto, o eu lírico vê-se impossibilitado de associar esses textos à experiência contemporânea. A retomada da tradição literária não basta para lhe garantir unidade formal ou temática.
As obras do passado desenvolvem-se em um único esquema formal, segundo o andamento narrativo. No caso de Os Lusíadas, versos decassílabos e estrofes de oito versos, com esquema fixo de rimas, a serviço da saga de Vasco da Gama e, por extensão, da nação lusitana. Invenção De Orfeu, por sua vez, representa “um inventário de quase todas as formas de verso, de estrofe e de poema já intentados na poética portuguesa”, conforme o crítico Mário Faustino. Quanto ao tema, não há leituras críticas que estabeleçam unanimidade para o sentido do livro.

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