Releituras Da História Franquista

Em Releituras Da História Franquista, Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza investiga como se dá a releitura da história e a retomada da memória nos romances Galíndez e Autobiografía del general Franco, ambos publicados na década de 1990, de autoria do escritor catalão Manuel Vázquez Montalbán (1939-2003).
Em sua análise a autora enfatiza o estudo da metaficção e o papel de relevância dessas obras como modelo estético para outras narrativas que surgiriam posteriormente no campo da literatura espanhola, abordando os temas da memória, da ditadura e da Guerra Civil, que viabilizou a introdução do regime autoritário.


Montalbán, jornalista de formação, é um intelectual diretamente ligado à memória da Guerra Civil por sua história particular, uma vez que seu pai foi preso político na ditadura franquista, e pela postura política que assume ao tornar-se escritor. Autor fecundo, circulou por diversos gêneros - como a crônica, a poesia, o romance, o ensaio e a crítica da teoria da comunicação.
A autora observa que apesar das obras se reportarem a realidades sócio-históricas distintas, uma vez que a narrativa de Galindez transcorre na Espanha, nos Estados Unidos e na República Dominicana e Autobiografía del general Franco, apenas na Espanha, as duas obras enfocam a ditadura franquista.
A autora demonstra a existência de uma relação dialógica entre os romances no que tange à questão da representação do poder e da violência e barbárie que caracterizam as ditaduras. Fiuza pontua ainda que, apesar de terem sido construídos com recursos estéticos típicos do romance histórico pós-moderno as narrativas não abandonam o caráter de reivindicação.
A autora conclui que os romances podem ser considerados modelares para a literatura espanhola a partir dos anos 1990, obras que se preocupam em superar o passado traumático da Espanha, voltando-se para uma discussão acerca da recuperação da memória da história recente do país. No entanto, como a grande obra de arte, ultrapassa os limites de sua nacionalidade, indo em direção a um contexto universal.

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Montalbán, jornalista de formação, é um intelectual diretamente ligado à memória da Guerra Civil por sua história particular, uma vez que seu pai foi preso político na ditadura franquista, e pela postura política que assume ao tornar-se escritor. Autor fecundo, circulou por diversos gêneros – como a crônica, a poesia, o romance, o ensaio e a crítica da teoria da comunicação.
A autora observa que apesar das obras se reportarem a realidades sócio-históricas distintas, uma vez que a narrativa de Galindez transcorre na Espanha, nos Estados Unidos e na República Dominicana e Autobiografía del general Franco, apenas na Espanha, as duas obras enfocam a ditadura franquista.
A autora demonstra a existência de uma relação dialógica entre os romances no que tange à questão da representação do poder e da violência e barbárie que caracterizam as ditaduras. Fiuza pontua ainda que, apesar de terem sido construídos com recursos estéticos típicos do romance histórico pós-moderno as narrativas não abandonam o caráter de reivindicação.
A autora conclui que os romances podem ser considerados modelares para a literatura espanhola a partir dos anos 1990, obras que se preocupam em superar o passado traumático da Espanha, voltando-se para uma discussão acerca da recuperação da memória da história recente do país. No entanto, como a grande obra de arte, ultrapassa os limites de sua nacionalidade, indo em direção a um contexto universal.

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