O Anarquismo: Da Doutrina À Ação

Em 1965 vinha à tona uma obra que tornaria-se célebre no campo da Ciência Política, trata-se de O Anarquismo: Da Doutrina À Ação, escrito pelo francês Daniel Guérin (1904 - 1988). Há quem diga que o livrinho - como costumava escrever o seu autor - foi juntamente com A Sociedade do Espetáculo, o magnum opus de Guy Debord, dos mais influentes, para os acontecimentos do famoso Maio de 1968 francês.


Passadas cinco décadas de sua publicação original, a obra de Guérin segue como referência aos estudiosos do Anarquismo, e já foi traduzido para diversos idiomas, como o alemão, espanhol, esperanto, e inglês. Neste último saiu pela primeira vez em 1970, acompanhado do já famoso Notas Sobre o Anarquismo, de Noam Chomsky, que veio a ganhar autonomia, e hoje aparece numa obra à parte.
No Brasil, a primeira edição de O Anarquismo, data de 1968, graças aos esforços da extinta editora luso-carioca Germinal, que apresenta-nos uma tradução de Manuel Pedroso, acompanhada de notas do conhecido anarquista individualista Roberto das Neves.
O anarquismo suscita, de há algum tempo, um renovado interesse. Ensaios, monografias e antologias são-lhe consagrados, sem que este esforço livresco seja, em todos os casos, verdadeiramente eficaz. Os traços do anarquismo são difíceis de recortar.
Os seus teóricos raramente condensaram o seu pensamento em obras sistemáticas, e quando o tentaram não realizaram mais que pequenas brochuras de propaganda e vulgarização. Ao contrário dos que o antecederam, o presente livro não pretende ser nem uma história nem uma bibliografia do anarquismo. Os eruditos que lhe consagraram os seus trabalhos preocuparam-se, sobretudo, em não omitir nenhum nome no seu fichário.
Atraídos por semelhanças superficiais, acreditaram haver descoberto múltiplos precursores anarquistas. Conferiram quase a mesma importância aos gênios e às figuras de segundo plano. Elaboraram as biografias com uma riqueza de pormenores por vezes supérfluos, sem aprofundarem realmente as suas ideias.
O resultado é que os seus sábios compiladores proporcionam ao leitor uma impressão de dispersão, de relativa incoerência, de tal modo que, no fim de contas, o leitor fica sem saber o que é verdadeiramente o anarquismo. O método que tentamos adotar é diferente.

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Em 1965 vinha à tona uma obra que tornaria-se célebre no campo da Ciência Política, trata-se de O Anarquismo: Da Doutrina À Ação, escrito pelo francês Daniel Guérin (1904 – 1988). Há quem diga que o livrinho – como costumava escrever o seu autor – foi juntamente com A Sociedade do Espetáculo, o magnum opus de Guy Debord, dos mais influentes, para os acontecimentos do famoso Maio de 1968 francês.
Passadas cinco décadas de sua publicação original, a obra de Guérin segue como referência aos estudiosos do Anarquismo, e já foi traduzido para diversos idiomas, como o alemão, espanhol, esperanto, e inglês. Neste último saiu pela primeira vez em 1970, acompanhado do já famoso Notas Sobre o Anarquismo, de Noam Chomsky, que veio a ganhar autonomia, e hoje aparece numa obra à parte.
No Brasil, a primeira edição de O Anarquismo, data de 1968, graças aos esforços da extinta editora luso-carioca Germinal, que apresenta-nos uma tradução de Manuel Pedroso, acompanhada de notas do conhecido anarquista individualista Roberto das Neves.
O anarquismo suscita, de há algum tempo, um renovado interesse. Ensaios, monografias e antologias são-lhe consagrados, sem que este esforço livresco seja, em todos os casos, verdadeiramente eficaz. Os traços do anarquismo são difíceis de recortar.
Os seus teóricos raramente condensaram o seu pensamento em obras sistemáticas, e quando o tentaram não realizaram mais que pequenas brochuras de propaganda e vulgarização. Ao contrário dos que o antecederam, o presente livro não pretende ser nem uma história nem uma bibliografia do anarquismo. Os eruditos que lhe consagraram os seus trabalhos preocuparam-se, sobretudo, em não omitir nenhum nome no seu fichário.
Atraídos por semelhanças superficiais, acreditaram haver descoberto múltiplos precursores anarquistas. Conferiram quase a mesma importância aos gênios e às figuras de segundo plano. Elaboraram as biografias com uma riqueza de pormenores por vezes supérfluos, sem aprofundarem realmente as suas ideias.
O resultado é que os seus sábios compiladores proporcionam ao leitor uma impressão de dispersão, de relativa incoerência, de tal modo que, no fim de contas, o leitor fica sem saber o que é verdadeiramente o anarquismo. O método que tentamos adotar é diferente.

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