Geração2Golpes

Geração2Golpes traz depoimentos de personalidades que viveram o golpe de 1964 e sofreram diversas formas de perseguição política sobre diferenças e semelhanças entre aquele período e 2016, quando novo golpe, agora institucional, interrompeu o processo de transição democrática no Brasil.


A ruptura da democracia no Brasil pode ser uma decepção, mas jamais surpresa para quem acompanha nossa história. Desde o fim da República Velha, em 1930, apenas cinco presidentes eleitos pelo voto popular concluíram o mandato: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Vinte dos mais de 80 anos foram de normalidade democrática, e esta constatação deve assombrar o ministro Ricardo Lewandowski quando lembra que a cada 25 ou 30 anos o país sofre um golpe. Um integrante da mais alta corte de justiça aceita com absoluta naturalidade, até fatalismo, o processo em que desempenhou o papel principal de presidente do Supremo Tribunal Federal.
A partir desta constatação, o projeto Geração2Golpes ouviu pessoas que viveram os dois mais recentes: 1964 e 2016, para colher depoimentos, políticos e existenciais, a maior parte de quem se envolveu na luta contra a ditadura. Advogados, ativistas, professores e pelo menos um político e um militar dão sua contribuição aos que buscam entender o desenrolar dos fatos no Brasil atual, no contexto geopolítico mundial e na maior crise do capitalismo pós-globalização da economia.
Como saldo dessas conversas iniciais, ficou a indagação; ou antes, a inquietação expressa no alto da página: teremos que morrer para aprender a sobreviver?
Retrospectivas e prospecções buscam responder, ou ao menos apontar um sentido, uma lógica, como o leitor constatará na sequência dos depoimentos reunidos neste volume de Geração2Golpes.
O Brasil é outro, bem diferente do país subdesenvolvido dos anos da guerra fria; da mesma forma, outro é também o mundo em que vivemos, com as dificuldades próprias advindas tanto da nossa própria trajetória como da geopolítica dos dias atuais.
O avanço do capitalismo sobre o mundo não deixa espaço para governos amadores, vacilantes e oscilantes entre a fachada de autoafirmação e a submissão aos interesses do capital internacional.

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Geração2Golpes traz depoimentos de personalidades que viveram o golpe de 1964 e sofreram diversas formas de perseguição política sobre diferenças e semelhanças entre aquele período e 2016, quando novo golpe, agora institucional, interrompeu o processo de transição democrática no Brasil.
A ruptura da democracia no Brasil pode ser uma decepção, mas jamais surpresa para quem acompanha nossa história. Desde o fim da República Velha, em 1930, apenas cinco presidentes eleitos pelo voto popular concluíram o mandato: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Vinte dos mais de 80 anos foram de normalidade democrática, e esta constatação deve assombrar o ministro Ricardo Lewandowski quando lembra que a cada 25 ou 30 anos o país sofre um golpe. Um integrante da mais alta corte de justiça aceita com absoluta naturalidade, até fatalismo, o processo em que desempenhou o papel principal de presidente do Supremo Tribunal Federal.
A partir desta constatação, o projeto Geração2Golpes ouviu pessoas que viveram os dois mais recentes: 1964 e 2016, para colher depoimentos, políticos e existenciais, a maior parte de quem se envolveu na luta contra a ditadura. Advogados, ativistas, professores e pelo menos um político e um militar dão sua contribuição aos que buscam entender o desenrolar dos fatos no Brasil atual, no contexto geopolítico mundial e na maior crise do capitalismo pós-globalização da economia.
Como saldo dessas conversas iniciais, ficou a indagação; ou antes, a inquietação expressa no alto da página: teremos que morrer para aprender a sobreviver?
Retrospectivas e prospecções buscam responder, ou ao menos apontar um sentido, uma lógica, como o leitor constatará na sequência dos depoimentos reunidos neste volume de Geração2Golpes.
O Brasil é outro, bem diferente do país subdesenvolvido dos anos da guerra fria; da mesma forma, outro é também o mundo em que vivemos, com as dificuldades próprias advindas tanto da nossa própria trajetória como da geopolítica dos dias atuais.
O avanço do capitalismo sobre o mundo não deixa espaço para governos amadores, vacilantes e oscilantes entre a fachada de autoafirmação e a submissão aos interesses do capital internacional.

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