Ontologia

No século XVII a metafísica geral é separada da especial e passa a ser chamada de “ontologia”. O termo trata do ser, daquilo que existe, suas qualidades básicas. Diversos filósofos se ocuparam dessa questão, desde Aristóteles até os modernos, passando por Parmênides, Leibniz e Heidegger.


Nesse livro, a professora de filosofia da UFRJ Susana de Castro traz as noções básicas que norteiam as ontologias das substâncias, as que se seguiram a e as novas ontologias contemporâneas.
A palavra “ontologia” foi criada por R. Goclenius para o seu Lexicon Philosophicum, publicado em 1613. Ela é resultado da junção de dois termos gregos, onta (entes) e logos (teoria, discurso, palavra).
Ao pé da letra, ontologia significa, portanto, teoria dos entes.
“Ente” está aí representando todas as coisas sobre as quais se pode dizer que são — ou que a ontologia é a teoria do ser enquanto tal. A partir da obra de Christian Wolff, Ontologia (1730), esta passou a ser considerada parte da metafísica.
A metafísica foi dividida em metaphysica generalis e metaphysica specialis. A ontologia passou a ser sinônimo de metaphysica generalis, tratando de analisar as características do ser em geral, enquanto a metaphysica specialis analisaria alguns seres em especial, como os seres celestes (cosmogonia) ou o ser divino (teologia).
A rigor, há uma infinidade de seres sobre os quais podemos dizer que são, seres materiais e imateriais (como deuses e anjos ou os números matemáticos), seres reais e possíveis, seres individuais e eventos — a ontologia vai se perguntar pelas características básicas que tornam possível dizer que algo ou um estado de coisas, um evento, é.
O objetivo deste trabalho é apresentar a história da ontologia. Primeiro, considerando a perspectiva da evolução do conceito de substância; e, segundo, partindo da perspectiva da filosofia contemporânea, apresentar a nova ontologia das propriedades particulares abstratas (tropes) e a nova ontologia dos processos.
Falar em ontologia remete-nos diretamente a Aristóteles e sua lista das categorias, pois o estagirita foi o primeiro filósofo a propor um inventário dos elementos primordiais da realidade.
Para Aristóteles, a realidade pode ser dividida, basicamente, em duas categorias de entes, (I) as substâncias individuais e (II) as suas qualidades. E qualquer tentativa de descrever a realidade fará uso, necessariamente, destas categorias. A substância individual, entretanto, tem ascendência sobre as propriedades, pois possui existência independente, isto é, não é dita de nenhum outro ser.

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No século XVII a metafísica geral é separada da especial e passa a ser chamada de “ontologia”. O termo trata do ser, daquilo que existe, suas qualidades básicas. Diversos filósofos se ocuparam dessa questão, desde Aristóteles até os modernos, passando por Parmênides, Leibniz e Heidegger.
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A palavra “ontologia” foi criada por R. Goclenius para o seu Lexicon Philosophicum, publicado em 1613. Ela é resultado da junção de dois termos gregos, onta (entes) e logos (teoria, discurso, palavra).
Ao pé da letra, ontologia significa, portanto, teoria dos entes.
“Ente” está aí representando todas as coisas sobre as quais se pode dizer que são — ou que a ontologia é a teoria do ser enquanto tal. A partir da obra de Christian Wolff, Ontologia (1730), esta passou a ser considerada parte da metafísica.
A metafísica foi dividida em metaphysica generalis e metaphysica specialis. A ontologia passou a ser sinônimo de metaphysica generalis, tratando de analisar as características do ser em geral, enquanto a metaphysica specialis analisaria alguns seres em especial, como os seres celestes (cosmogonia) ou o ser divino (teologia).
A rigor, há uma infinidade de seres sobre os quais podemos dizer que são, seres materiais e imateriais (como deuses e anjos ou os números matemáticos), seres reais e possíveis, seres individuais e eventos — a ontologia vai se perguntar pelas características básicas que tornam possível dizer que algo ou um estado de coisas, um evento, é.
O objetivo deste trabalho é apresentar a história da ontologia. Primeiro, considerando a perspectiva da evolução do conceito de substância; e, segundo, partindo da perspectiva da filosofia contemporânea, apresentar a nova ontologia das propriedades particulares abstratas (tropes) e a nova ontologia dos processos.
Falar em ontologia remete-nos diretamente a Aristóteles e sua lista das categorias, pois o estagirita foi o primeiro filósofo a propor um inventário dos elementos primordiais da realidade.
Para Aristóteles, a realidade pode ser dividida, basicamente, em duas categorias de entes, (I) as substâncias individuais e (II) as suas qualidades. E qualquer tentativa de descrever a realidade fará uso, necessariamente, destas categorias. A substância individual, entretanto, tem ascendência sobre as propriedades, pois possui existência independente, isto é, não é dita de nenhum outro ser.

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