Fonologia Da Língua Deni (Arawá)

O livro é um estudo fonológico da língua Deni, pertencente à família Arawá e falada no estado do Amazonas por cerca de 1.200 pessoas, distribuídas por nove aldeias.
Ele reveste-se de importância na medida em que, embora a língua Deni já seja conhecida há algum tempo, os estudos a seu respeito eram até agora esparsos e inconsistentes

, realizados por missionários que visavam à catequese.
Fruto de pesquisa de campo com falantes nativos, o livro aprofunda alguns aspectos pouco compreendidos da língua Deni, como suas relações com as outras cinco línguas da família linguística Arawá, que em sua maioria são faladas por povos amazônicos.
Traz ainda uma análise fonológica preliminar que permite melhor entendimento do sistema de consoantes e vogais do Deni, assim como da constituição das sílabas e do padrão acentual.
Muitas línguas indígenas brasileiras foram extintas sem deixar nenhum tipo de estudo, quando se sabe que as pesquisas realizadas sobre as línguas indígenas no mundo contribuíram enormemente para o desenvolvimento da Linguística. No Brasil, este cenário paulatinamente começa a mudar. O livro comprova que há de fato um novo interesse pela análise e documentação das línguas indígenas no país.
Para a realização desta pesquisa, foram realizados dois trabalhos de campo junto a falantes nativos da língua Deni. O primeiro foi realizado durante a última semana do mês de julho e a primeira semana do mês de agosto de 2011, na cidade de Lábrea (AM), quando alguns Deni lá estavam para fazer documentos que permitem a eles receber auxílios financeiros do governo.
O segundo trabalho de campo foi realizado entre os meses de novembro de 2011 e janeiro de 2012 em Lábrea e na aldeia Cidadezinha, primeira aldeia Deni no rio Cuniuá.
A metodologia usada no trabalho de campo seguiu os passos tradicionais da coleta de dados linguísticos junto a falantes nativos. Os dados coletados foram, em sua totalidade, expressões orais, tal como histórias, músicas, diálogos e, principalmente, itens lexicais isolados e sentenças.
Os itens lexicais e as sentenças foram coletados por meio dos questionários do Summer Institute of Linguistics (SIL) e de Henri Ramirez (s.d.). Além desses questionários, foram utilizados, para a coleta de dados, os guias de Cavalcante (2010) e Oliveira e Cassaro (1999).
Os objetos e coisas do mundo empírico (armas de caça, pesca, artesanatos, aves, animais etc.) também serviram de apoio para coletar dados. Os dados foram gravados e armazenados em meio digital para que pudessem ser consultados posteriormente. Vale dizer que os dados foram transcritos no momento da coleta seguindo os símbolos do International Phonetics Association (IPA).

   

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O livro é um estudo fonológico da língua Deni, pertencente à família Arawá e falada no estado do Amazonas por cerca de 1.200 pessoas, distribuídas por nove aldeias.
Ele reveste-se de importância na medida em que, embora a língua Deni já seja conhecida há algum tempo, os estudos a seu respeito eram até agora esparsos e inconsistentes, realizados por missionários que visavam à catequese.
Fruto de pesquisa de campo com falantes nativos, o livro aprofunda alguns aspectos pouco compreendidos da língua Deni, como suas relações com as outras cinco línguas da família linguística Arawá, que em sua maioria são faladas por povos amazônicos.
Traz ainda uma análise fonológica preliminar que permite melhor entendimento do sistema de consoantes e vogais do Deni, assim como da constituição das sílabas e do padrão acentual.
Muitas línguas indígenas brasileiras foram extintas sem deixar nenhum tipo de estudo, quando se sabe que as pesquisas realizadas sobre as línguas indígenas no mundo contribuíram enormemente para o desenvolvimento da Linguística. No Brasil, este cenário paulatinamente começa a mudar. O livro comprova que há de fato um novo interesse pela análise e documentação das línguas indígenas no país.
Para a realização desta pesquisa, foram realizados dois trabalhos de campo junto a falantes nativos da língua Deni. O primeiro foi realizado durante a última semana do mês de julho e a primeira semana do mês de agosto de 2011, na cidade de Lábrea (AM), quando alguns Deni lá estavam para fazer documentos que permitem a eles receber auxílios financeiros do governo.
O segundo trabalho de campo foi realizado entre os meses de novembro de 2011 e janeiro de 2012 em Lábrea e na aldeia Cidadezinha, primeira aldeia Deni no rio Cuniuá.
A metodologia usada no trabalho de campo seguiu os passos tradicionais da coleta de dados linguísticos junto a falantes nativos. Os dados coletados foram, em sua totalidade, expressões orais, tal como histórias, músicas, diálogos e, principalmente, itens lexicais isolados e sentenças.
Os itens lexicais e as sentenças foram coletados por meio dos questionários do Summer Institute of Linguistics (SIL) e de Henri Ramirez (s.d.). Além desses questionários, foram utilizados, para a coleta de dados, os guias de Cavalcante (2010) e Oliveira e Cassaro (1999).
Os objetos e coisas do mundo empírico (armas de caça, pesca, artesanatos, aves, animais etc.) também serviram de apoio para coletar dados. Os dados foram gravados e armazenados em meio digital para que pudessem ser consultados posteriormente. Vale dizer que os dados foram transcritos no momento da coleta seguindo os símbolos do International Phonetics Association (IPA).

   

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