Correio Sul

Correio Sul tem como personagens os primeiros aviadores, aqueles que desbravaram e implantaram os caminhos do correio aéreo. Documento apaixonante de um período crucial para a consolidação de nossa civilização, o romance e também um texto com qualidades literárias exemplares.


O despojamento do estilo, a narrativa direta, a linguagem depurada de tudo que não contribui para a expressão concreta e imediata do que o escritor deseja contar estão a serviço de um objetivo presente em toda a obra de Saint-Exupéry: o de dignificar a condição humana não raro feita das mais dramáticas contradições e reivindicar a sua essencial liberdade, sem abrir mão da complexidade que a define.
Correio Sul é o primeiro livro do autor, que valendo-se de sua experiência como piloto de Correio Aéreo da empresa aérea Aéropostale, que posteriormente se chamará posteriormente AirFrance, que cobria a rota Paris – Dacar.
Correio Sul descreve a rotina de desbravadores de rotas de conexão do Correio Aéreo da Aeropostale, onde o perigo, as incertezas provocadas pelas intempéries e a solidão sempre presente eram uma constante na rotina destes profissionais.
A narrativa descreve o vislumbre das paisagens e ambiente, tanto internas, assim como as externas, comparando as cidades e lugarejos como vitrines distantes e fulgazes. Dentre as viagens existe margem para um romance onde nem sempre o que se anseia pelo amor sublimado sobrevive às nuances de uma vida em comum.
Mundos tão diferentes que nem sempre uma paixão pode consolidar a expectativa e sonhos de um futuro de uma vida em comum. Por mais que se escape das tragédias e tristezas de outra vida, a infelicidade sempre dá um jeito de acompanhar.
Para o personagem, a incerteza de que a vida de quem ama perdure se torna insuportável, justificando a fuga por tantas viagens pelas rotas perigosas. O perigo era a única certeza aceita por fazer parte da rotina de trabalho. A morte pela missão realizada um troféu para os corajosos e abnegados pela função.
A cada passagem por algum lugar da rota é descrita com abstração de detalhes que o autor captou de pequenos retalhos visuais e sensorias de sua própria vida, descritos de modo sutil e dotado de uma poética e filosófica única, dando margem a elocubrações mesmo depois da leitura dele.
Não há como não se encantar com as abstrações filosóficas descritas sobre a solidão de uma vida de passagens efêmeras, onde a areia, o sol escaldante, a interação com povos do deserto compõem uma obra que captou apenas um lapso da efervescente vida de viagens pelo mundo feito por Antoine Saint-Exupéry.

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Correio Sul tem como personagens os primeiros aviadores, aqueles que desbravaram e implantaram os caminhos do correio aéreo. Documento apaixonante de um período crucial para a consolidação de nossa civilização, o romance e também um texto com qualidades literárias exemplares.
O despojamento do estilo, a narrativa direta, a linguagem depurada de tudo que não contribui para a expressão concreta e imediata do que o escritor deseja contar estão a serviço de um objetivo presente em toda a obra de Saint-Exupéry: o de dignificar a condição humana não raro feita das mais dramáticas contradições e reivindicar a sua essencial liberdade, sem abrir mão da complexidade que a define.
Correio Sul é o primeiro livro do autor, que valendo-se de sua experiência como piloto de Correio Aéreo da empresa aérea Aéropostale, que posteriormente se chamará posteriormente AirFrance, que cobria a rota Paris – Dacar.
Correio Sul descreve a rotina de desbravadores de rotas de conexão do Correio Aéreo da Aeropostale, onde o perigo, as incertezas provocadas pelas intempéries e a solidão sempre presente eram uma constante na rotina destes profissionais.
A narrativa descreve o vislumbre das paisagens e ambiente, tanto internas, assim como as externas, comparando as cidades e lugarejos como vitrines distantes e fulgazes. Dentre as viagens existe margem para um romance onde nem sempre o que se anseia pelo amor sublimado sobrevive às nuances de uma vida em comum.
Mundos tão diferentes que nem sempre uma paixão pode consolidar a expectativa e sonhos de um futuro de uma vida em comum. Por mais que se escape das tragédias e tristezas de outra vida, a infelicidade sempre dá um jeito de acompanhar.
Para o personagem, a incerteza de que a vida de quem ama perdure se torna insuportável, justificando a fuga por tantas viagens pelas rotas perigosas. O perigo era a única certeza aceita por fazer parte da rotina de trabalho. A morte pela missão realizada um troféu para os corajosos e abnegados pela função.
A cada passagem por algum lugar da rota é descrita com abstração de detalhes que o autor captou de pequenos retalhos visuais e sensorias de sua própria vida, descritos de modo sutil e dotado de uma poética e filosófica única, dando margem a elocubrações mesmo depois da leitura dele.
Não há como não se encantar com as abstrações filosóficas descritas sobre a solidão de uma vida de passagens efêmeras, onde a areia, o sol escaldante, a interação com povos do deserto compõem uma obra que captou apenas um lapso da efervescente vida de viagens pelo mundo feito por Antoine Saint-Exupéry.

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