A Escola Regional De Meriti

Este volume é um simples documentário da vida da Escola Regional de Meriti, suas vicissitudes, suas lutas e realizações. São 44 anos da vida de uma instituição inspirada no mais puro idealismo!


Não pretendemos aqui fazer nem mesmo uma tentativa de análise do que foi a experiência de Meriti, de sua significação no movimento educacional brasileiro, da influência que exerceu no meio social em que se realizou e da lição que deixará à posteridade. Análise desse tipo não teria cabimento nesta apresentação introdutória.
Em germe, a Escola Regional de Meriti já estava na carta de uma criança a uma revista infantil, no ano de 1906. A vocação pedagógica de Armanda Álvaro Alberto e sua intuição do sentido social da escola revelaram-se precocemente, muito antes de se concretizarem na grande obra que iniciou em Angra dos Reis e desenvolveu em Meriti.
Conto de fadas, sonho de criança e adolescente que se torna realidade, pouco importa. Quando o que parecia maravilhoso patenteia-se aos nossos olhos como fato objetivo, somos forçados a procurar uma explicação natural.
A infância de Armanda transcorre em ambiente de alta densidade intelectual. O pai, médico ilustre, homem de ciência e professor, é o seu grande mestre, guia, exemplo e modelo. A imagem do Dr. Álvaro Alberto é permanente no espírito da filha. Devem-se a essa influência o interesse de Armanda pelos seres e fenômenos naturais, seus hábitos de observação, sua constante inquietude intelectual. A adolescente lê Júlio Verne e lê Fabre.
Dois símbolos... O sonho e a realidade. Os voos da imaginação e a observação meticulosa. Vem dessa fase da vida a atitude, que conserva ate hoje, de “naturalista sentimental”, que se encanta na contemplação do maribondo que faz a casa de celulose ou de João e sua cara-metade a construírem o ninho de barro...
Mais tarde, quem visitasse a Escola Regional de Meriti poderia verificar que são amigos e colaboradores de Armanda, naquela obra admirável, homens como Heitor Lyra, Belisário Penna, Roquette Pinto, Alberto Sampaio, dignos representantes do que de melhor havia em educação, saúde pública, ciências da Natureza.
Mas não fica na atitude contemplativa e estética: penetra-se do sentido humano da ciência e da técnica. É a época de Oswaldo Cruz, de Carlos Chagas, de Vital Brasil e, também, a de Santos Dumont. O contágio das ideias é inevitável. Armanda quer tornar-se cientista e, sem renunciar aos projetos do tempo do Tico-Tico, pensa em dedicar-se à Química para trabalhar ao lado do pai. Mas a motivação social é mais forte. O desejo de servir às criaturas humanas é uma constante naquele espírito. Não tardariam os primeiros ensaios de Angra dos Reis – a “Escola Proletária” –, depois Escola Regional de Meriti.

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Este volume é um simples documentário da vida da Escola Regional de Meriti, suas vicissitudes, suas lutas e realizações. São 44 anos da vida de uma instituição inspirada no mais puro idealismo!
Não pretendemos aqui fazer nem mesmo uma tentativa de análise do que foi a experiência de Meriti, de sua significação no movimento educacional brasileiro, da influência que exerceu no meio social em que se realizou e da lição que deixará à posteridade. Análise desse tipo não teria cabimento nesta apresentação introdutória.
Em germe, a Escola Regional de Meriti já estava na carta de uma criança a uma revista infantil, no ano de 1906. A vocação pedagógica de Armanda Álvaro Alberto e sua intuição do sentido social da escola revelaram-se precocemente, muito antes de se concretizarem na grande obra que iniciou em Angra dos Reis e desenvolveu em Meriti.
Conto de fadas, sonho de criança e adolescente que se torna realidade, pouco importa. Quando o que parecia maravilhoso patenteia-se aos nossos olhos como fato objetivo, somos forçados a procurar uma explicação natural.
A infância de Armanda transcorre em ambiente de alta densidade intelectual. O pai, médico ilustre, homem de ciência e professor, é o seu grande mestre, guia, exemplo e modelo. A imagem do Dr. Álvaro Alberto é permanente no espírito da filha. Devem-se a essa influência o interesse de Armanda pelos seres e fenômenos naturais, seus hábitos de observação, sua constante inquietude intelectual. A adolescente lê Júlio Verne e lê Fabre.
Dois símbolos… O sonho e a realidade. Os voos da imaginação e a observação meticulosa. Vem dessa fase da vida a atitude, que conserva ate hoje, de “naturalista sentimental”, que se encanta na contemplação do maribondo que faz a casa de celulose ou de João e sua cara-metade a construírem o ninho de barro…
Mais tarde, quem visitasse a Escola Regional de Meriti poderia verificar que são amigos e colaboradores de Armanda, naquela obra admirável, homens como Heitor Lyra, Belisário Penna, Roquette Pinto, Alberto Sampaio, dignos representantes do que de melhor havia em educação, saúde pública, ciências da Natureza.
Mas não fica na atitude contemplativa e estética: penetra-se do sentido humano da ciência e da técnica. É a época de Oswaldo Cruz, de Carlos Chagas, de Vital Brasil e, também, a de Santos Dumont. O contágio das ideias é inevitável. Armanda quer tornar-se cientista e, sem renunciar aos projetos do tempo do Tico-Tico, pensa em dedicar-se à Química para trabalhar ao lado do pai. Mas a motivação social é mais forte. O desejo de servir às criaturas humanas é uma constante naquele espírito. Não tardariam os primeiros ensaios de Angra dos Reis – a “Escola Proletária” –, depois Escola Regional de Meriti.

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