Multilateralismo Nas Relações Internacionais

A evolução das normas que governam a segurança coletiva foi fundamental para construir uma ponte conectando legitimidade e processo decisório multilateral.
Ainda assim, o século XXI vem sendo marcado por diversas crises no multilateralismo

, e este livro formula a hipótese de que a falta de consenso sobre a natureza do multilateralismo entre os principais atores do sistema internacional tem considerável culpa nesse processo.
Com esses pontos em mente, o livro pretende elucidar o conceito de multilateralismo, sua trajetória histórica e as visões divergentes sobre seu desenvolvimento atual e futuro e suas funções.
Ao longo dos últimos dois séculos, em diversas ocasiões, líderes e governantes recorreram ao multilateralismo como forma de organizar as relações internacionais, regular as ações dos Estados, promover o diálogo e a transparência, criar regimes, normas e regras, interagir e negociar entre si e com terceiros.
Enquanto alguns veem o multilateralismo como a arma dos mais fortes, que congela o status quo vigente, outros o veem como a arma dos mais fracos, que buscam obter vantagens em um campo no qual as discrepâncias de poder são relativamente reduzidas.
Compreender o multilateralismo é uma atividade que acompanhou seu próprio desenvolvimento e transformações como fenômeno das relações internacionais.
Definido por Keohane, em 1990, como “a prática de coordenação de políticas nacionais em grupos de três ou mais Estados, por meio de arranjos ad hoc ou de instituições”, e por Ruggie, em 1992, como “coordenação das relações entre três ou mais Estados [...] de acordo com certos princípios”, é possível afirmar que o multilateralismo assumiu diferentes faces e funções ao longo da história.
Um dos primeiros registros de arranjo multilateral na Era Moderna remete ao Concerto Europeu, acordo que emergiu do Congresso de Viena. Realizado entre 1814 e 1815, o Congresso reuniu representantes dos Estados europeus com o objetivo de organizar a divisão de poderes na Europa após as guerras napoleônicas, e levou a um período de tranquilidade, conhecido como “os 100 anos de paz” – encerrado com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

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A evolução das normas que governam a segurança coletiva foi fundamental para construir uma ponte conectando legitimidade e processo decisório multilateral.
Ainda assim, o século XXI vem sendo marcado por diversas crises no multilateralismo, e este livro formula a hipótese de que a falta de consenso sobre a natureza do multilateralismo entre os principais atores do sistema internacional tem considerável culpa nesse processo.
Com esses pontos em mente, o livro pretende elucidar o conceito de multilateralismo, sua trajetória histórica e as visões divergentes sobre seu desenvolvimento atual e futuro e suas funções.
Ao longo dos últimos dois séculos, em diversas ocasiões, líderes e governantes recorreram ao multilateralismo como forma de organizar as relações internacionais, regular as ações dos Estados, promover o diálogo e a transparência, criar regimes, normas e regras, interagir e negociar entre si e com terceiros.
Enquanto alguns veem o multilateralismo como a arma dos mais fortes, que congela o status quo vigente, outros o veem como a arma dos mais fracos, que buscam obter vantagens em um campo no qual as discrepâncias de poder são relativamente reduzidas.
Compreender o multilateralismo é uma atividade que acompanhou seu próprio desenvolvimento e transformações como fenômeno das relações internacionais.
Definido por Keohane, em 1990, como “a prática de coordenação de políticas nacionais em grupos de três ou mais Estados, por meio de arranjos ad hoc ou de instituições”, e por Ruggie, em 1992, como “coordenação das relações entre três ou mais Estados […] de acordo com certos princípios”, é possível afirmar que o multilateralismo assumiu diferentes faces e funções ao longo da história.
Um dos primeiros registros de arranjo multilateral na Era Moderna remete ao Concerto Europeu, acordo que emergiu do Congresso de Viena. Realizado entre 1814 e 1815, o Congresso reuniu representantes dos Estados europeus com o objetivo de organizar a divisão de poderes na Europa após as guerras napoleônicas, e levou a um período de tranquilidade, conhecido como “os 100 anos de paz” – encerrado com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

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