1968: O Ano Que Não Terminou

Obra mais notável do jornalista e escritor Zuenir Ventura, 1968: O Ano Que Não Terminou traz de volta um período crucial da história brasileira, no qual se ergueram lealdades e bandeiras que, às vezes um pouco desbotadas, continuam sendo vistas no cenário político.


Com a urgência das grandes reportagens e a sofisticação da alta literatura, Zuenir conta neste marco da não ficção nacional como transcorreu no Brasil o ano que, por todo o mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema; sob a ditadura militar estabelecida em 1964 e sua repressão.
Publicado originalmente em 1988, o livro aborda a conjuntura e os aspectos políticos, sociais e culturais de um ano que marcou a história.

1968: O Ano Que Não Terminou começa com um réveillon e termina com algo parecido a uma ressaca - ressaca de uma geração e de uma época. Entre os dois, o Brasil e o mundo viveram um tempo apaixonado e apaixonante.
É possível que 1968 não seja, como querem alguns de seus hagiólogos, o ano zero de uma nova modernidade, embora os estudantes franceses já tivessem avisado, na época, que era apenas o começo: "Ce n'est q'un début", advertiam os muros de Paris.
O sociólogo Edgar Morin, que acompanhou o maio francês e em seguida veio ver nossas passeatas, falou em "êxtase da História". Seu colega mais velho, Raymond Aron, assustou-se com a "demência coletiva", para mais tarde admitir que aquele "psicodrama coletivo" - outra de suas classificações pejorativas - mudara a França.
Na mesma época, em outro país, a Alemanha, o igualmente célebre filósofo Jürgens Habermas chamou os jovens iracundos de 68 de "fascistas de esquerda", mas hoje reconhece que toda a atualidade cultural, da ecologia ao individualismo, começou a brotar naquele ano.
A morte não deixou que o grande Pier Paolo Pasolini pudesse rever, 20 anos depois, o seu ódio imediato aos "pequeno-burgueses filhinhos de papai e do poder". Num enorme poema-manifesto, o cineasta comunista registrara, para escândalo geral da época: "Odeio vocês tanto quanto odeio seus pais."

   

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1968: O Ano Que Não Terminou

Obra mais notável do jornalista e escritor Zuenir Ventura, 1968: O Ano Que Não Terminou traz de volta um período crucial da história brasileira, no qual se ergueram lealdades e bandeiras que, às vezes um pouco desbotadas, continuam sendo vistas no cenário político.
Com a urgência das grandes reportagens e a sofisticação da alta literatura, Zuenir conta neste marco da não ficção nacional como transcorreu no Brasil o ano que, por todo o mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema; sob a ditadura militar estabelecida em 1964 e sua repressão.
Publicado originalmente em 1988, o livro aborda a conjuntura e os aspectos políticos, sociais e culturais de um ano que marcou a história.

1968: O Ano Que Não Terminou começa com um réveillon e termina com algo parecido a uma ressaca – ressaca de uma geração e de uma época. Entre os dois, o Brasil e o mundo viveram um tempo apaixonado e apaixonante.
É possível que 1968 não seja, como querem alguns de seus hagiólogos, o ano zero de uma nova modernidade, embora os estudantes franceses já tivessem avisado, na época, que era apenas o começo: “Ce n’est q’un début”, advertiam os muros de Paris.
O sociólogo Edgar Morin, que acompanhou o maio francês e em seguida veio ver nossas passeatas, falou em “êxtase da História”. Seu colega mais velho, Raymond Aron, assustou-se com a “demência coletiva”, para mais tarde admitir que aquele “psicodrama coletivo” – outra de suas classificações pejorativas – mudara a França.
Na mesma época, em outro país, a Alemanha, o igualmente célebre filósofo Jürgens Habermas chamou os jovens iracundos de 68 de “fascistas de esquerda”, mas hoje reconhece que toda a atualidade cultural, da ecologia ao individualismo, começou a brotar naquele ano.
A morte não deixou que o grande Pier Paolo Pasolini pudesse rever, 20 anos depois, o seu ódio imediato aos “pequeno-burgueses filhinhos de papai e do poder”. Num enorme poema-manifesto, o cineasta comunista registrara, para escândalo geral da época: “Odeio vocês tanto quanto odeio seus pais.”

   

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