Sartre Hoje

Sartre Hoje: O que se tem investigado de sua obra no Brasil e quais as suas ressonâncias agora, nesse momento de crise institucional, social, econômica e cultural pelo qual passamos no Brasil?


A formulação desta pergunta não aguarda uma resposta breve e indiscutível, embora nos dê a orientação sobre como pensar a unidade destes dois volumes.
Sartre e Simone de Beauvoir estiveram no Brasil em 1960 durante praticamente três meses. Foram aqui recepcionados por figuras eminentes, como Jorge Amado, Oscar Niemeyer, Luis Carlos Prestes e o então jovem professor Fausto Castilho.
Durante os anos da ditadura militar, as várias formas de perseguição e patrulhamento ideológico dificultaram, senão impediram, a sua recepção na academia. A essa geração pertencem importantes pensadores como Gerd Bornheim, Bento Prado Jr., Franklin Leopoldo e Silva, entre outros.
No campo da cultura, destacam-se nomes como Luiz Carlos Maciel e José Celso Martinez Corrêa. Com a redemocratização e retorno de muitos professores ao Brasil, a obra de Sartre passou a ser paulatinamente relida.
No entanto, não desaparecia algo como uma desconfiança, uma suspeita, alimentada pelos ataques que a obra Sartre sofria e vem sofrendo há décadas, mesmo na França. Apesar disso, a publicação de novas traduções, com destaque ao notável trabalho de Paulo Perdigão na tradução de O ser e o nada, e de textos póstumos encorajaram muitos a trilhar a pesquisa sobre o pensamento de Sartre, por maiores que fossem as dificuldades.
É preciso recordar algumas ações e atividades que marcaram essa trajetória. Em novembro de 2005, sob a coordenação de Deise Quintiliano e Cléa Gois, organizou-se na UERJ com pioneirismo o Colóquio Internacional sobre os 100 anos do nascimento de Sartre, o qual reuniu professores, pesquisadores, estudantes e interessados na obra sartriana.
Diversos grupos de estudo sobre Sartre foram realizados, com destaque ao grupo liderado por Eliana Paiva na UECE, responsável por seis volumes dos Cadernos Sartre e outras publicações, desde 2008, bem como pela realização de colóquios anuais, que incentivam o debate, a troca de ideias e fomentam a popularização do pensamento sartriano.
Em 2015, sob a coordenação de Daniela Schneider, realizou-se na UFSC o I Colóquio Sartre – 110 anos – Sartre e a contemporaneidade, em junho de 2015, reunindo pesquisadores da área da psicologia e da filosofia.
Também é preciso mencionar as contribuições do Núcleo Castor (NUCA) e do Instituto de Psicologia fenomenológico-existencial (IFEN) para a formação clínica e como espaço de debate sobre a psicanálise existencial.

Vols. I & II

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Sartre e Simone de Beauvoir estiveram no Brasil em 1960 durante praticamente três meses. Foram aqui recepcionados por figuras eminentes, como Jorge Amado, Oscar Niemeyer, Luis Carlos Prestes e o então jovem professor Fausto Castilho.
Durante os anos da ditadura militar, as várias formas de perseguição e patrulhamento ideológico dificultaram, senão impediram, a sua recepção na academia. A essa geração pertencem importantes pensadores como Gerd Bornheim, Bento Prado Jr., Franklin Leopoldo e Silva, entre outros.
No campo da cultura, destacam-se nomes como Luiz Carlos Maciel e José Celso Martinez Corrêa. Com a redemocratização e retorno de muitos professores ao Brasil, a obra de Sartre passou a ser paulatinamente relida.
No entanto, não desaparecia algo como uma desconfiança, uma suspeita, alimentada pelos ataques que a obra Sartre sofria e vem sofrendo há décadas, mesmo na França. Apesar disso, a publicação de novas traduções, com destaque ao notável trabalho de Paulo Perdigão na tradução de O ser e o nada, e de textos póstumos encorajaram muitos a trilhar a pesquisa sobre o pensamento de Sartre, por maiores que fossem as dificuldades.
É preciso recordar algumas ações e atividades que marcaram essa trajetória. Em novembro de 2005, sob a coordenação de Deise Quintiliano e Cléa Gois, organizou-se na UERJ com pioneirismo o Colóquio Internacional sobre os 100 anos do nascimento de Sartre, o qual reuniu professores, pesquisadores, estudantes e interessados na obra sartriana.
Diversos grupos de estudo sobre Sartre foram realizados, com destaque ao grupo liderado por Eliana Paiva na UECE, responsável por seis volumes dos Cadernos Sartre e outras publicações, desde 2008, bem como pela realização de colóquios anuais, que incentivam o debate, a troca de ideias e fomentam a popularização do pensamento sartriano.
Em 2015, sob a coordenação de Daniela Schneider, realizou-se na UFSC o I Colóquio Sartre – 110 anos – Sartre e a contemporaneidade, em junho de 2015, reunindo pesquisadores da área da psicologia e da filosofia.
Também é preciso mencionar as contribuições do Núcleo Castor (NUCA) e do Instituto de Psicologia fenomenológico-existencial (IFEN) para a formação clínica e como espaço de debate sobre a psicanálise existencial.

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