Nações E Nacionalismo Desde 1780

Suponha-se que um dia, após uma guerra nuclear, um historiador intergaláctico pouse em um planeta então morto para inquirir sobre as causas da pequena e remota catástrofe registrada pelos sensores de sua galáxia...


Após alguns estudos, nosso observador conclui que os últimos dois séculos da história humana do planeta Terra são incompreensíveis sem o entendimento do termo nação e do vocabulário que dele deriva.
Apesar desse papel central, se todos temos a sensação de saber o que é uma nação, perdemos a desenvoltura quando temos que explicar do que se trata exatamente.
Em Nações E Nacionalismo Desde 1780, Hobsbawm não somente discerne a transcendência do tema, como tem sido o pensador contemporâneo que mais tem contribuído para a compreensão dos conceitos de nação, de nacionalidade e de nacionalismo.
Compreender as complexas relações políticas internacionais impõe, necessariamente, o entendimento do conceito de nação e de sua expressão, o nacionalismo. Hobsbawm apresenta as controvérsias, as contribuições e as transformações do termo nação; o desenvolvimento histórico e o apogeu dos nacionalismos.
Um texto que permite vislumbrar como essa questão se revigora num momento em que os mais precipitados já haviam afirmado o seu final.
Em Nações E Nacionalismo Desde 1780, Eric J. Hobsbawm arrola várias definições de nação (e de nacionalismo), a fim de demonstrar que a intenção de emprego do conceito se
altera de acordo com o tempo e o espaço.
Escreve Hobsbawm, em concordância com Gellner, que nacionalismo significa “fundamentalmente um princípio que sustenta que a unidade política e nacional deve ser congruente”.
Essa noção vem ao encontro daquela difundida por Benedict Anderson, em Nação e consciência nacional, segundo a qual “nação[...] é uma comunidade política imaginada – e imaginada como implicitamente soberana”.
Tanto para Anderson quanto para Hobsbawm, considerando as modificações de acordo com o tempo e lugar, preserva-se no conceito um sentimento de pertença que fica como algo inerente: “A essência de uma nação é que todos os indivíduos tenham muitas coisas em comum e que também tenham esquecido outras tantas”.
Assim, as experiências compartilhadas, as lembranças, as lacunas na memória, o passado e também o presente se manifestam na narração da nação.

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Apesar desse papel central, se todos temos a sensação de saber o que é uma nação, perdemos a desenvoltura quando temos que explicar do que se trata exatamente.
Em Nações E Nacionalismo Desde 1780, Hobsbawm não somente discerne a transcendência do tema, como tem sido o pensador contemporâneo que mais tem contribuído para a compreensão dos conceitos de nação, de nacionalidade e de nacionalismo.
Compreender as complexas relações políticas internacionais impõe, necessariamente, o entendimento do conceito de nação e de sua expressão, o nacionalismo. Hobsbawm apresenta as controvérsias, as contribuições e as transformações do termo nação; o desenvolvimento histórico e o apogeu dos nacionalismos.
Um texto que permite vislumbrar como essa questão se revigora num momento em que os mais precipitados já haviam afirmado o seu final.
Em Nações E Nacionalismo Desde 1780, Eric J. Hobsbawm arrola várias definições de nação (e de nacionalismo), a fim de demonstrar que a intenção de emprego do conceito se
altera de acordo com o tempo e o espaço.
Escreve Hobsbawm, em concordância com Gellner, que nacionalismo significa “fundamentalmente um princípio que sustenta que a unidade política e nacional deve ser congruente”.
Essa noção vem ao encontro daquela difundida por Benedict Anderson, em Nação e consciência nacional, segundo a qual “nação[…] é uma comunidade política imaginada – e imaginada como implicitamente soberana”.
Tanto para Anderson quanto para Hobsbawm, considerando as modificações de acordo com o tempo e lugar, preserva-se no conceito um sentimento de pertença que fica como algo inerente: “A essência de uma nação é que todos os indivíduos tenham muitas coisas em comum e que também tenham esquecido outras tantas”.
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