Islã: Uma Breve Introdução

Paul Balta - Islã: Uma Breve Introdução

Onze de setembro de 2001. O mundo inteiro ficou estupefato: os espetaculares atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center de Nova York e o Pentágono de Washington provocaram a morte de aproximadamente três mil civis.


Imediatamente foram atribuídos a suicidas voluntários da rede terrorista internacional Al-Qaeda (A Base), formada em 1998 pelo saudita de origem iemenita Osama Bin Laden, que se escondia em algum ponto do Afeganistão.

Essa ação sem precedentes foi seguida por vários outros atos terroristas, principalmente em Bali, na Indonésia (2002); Riyad, na Arábia Saudita, Casablanca, no Marrocos, e Istambul, na Turquia (2003); Madri, na Espanha (2004), e Londres, na Inglaterra (2005), acompanhados de novas ameaças, o que evidentemente contribuiu para a retomada de várias ideias preconcebidas a respeito do Islã e dos muçulmanos, forjadas ao longo dos séculos, lado a lado com a criação e a difusão de algumas novas.

Elas alimentaram a islamofobia daqueles que não conhecem o Islã e que se reuniram às ideias preconceituosas provocadas por uma série de outros eventos transcorridos durante o último quarto de século.

Vamos recordar os principais deles: a revolução islâmica do Irã, em 1979; o crescimento do fundamentalismo muçulmano em muitos países, particularmente no Afeganistão, no Paquistão e no Sudão; os massacres (cerca de 150 mil mortes) perpetrados na Argélia pelo Grupo Islâmico Armado (GIA), que assassinou, em 1996, sete monges de Tibherine e depois o monsenhor Pierre Claverie, bispo de Oran; os atentados cometidos na Europa e nos Estados Unidos por islamitas; os ataques lançados contra as minorias cristãs na Nigéria ou na Indonésia; o ativismo de certos pregadores em bairros europeus; as operações contra “as forças de ocupação” e as tomadas de reféns no Iraque, após a intervenção americano-britânica em março de 2003.

Assinalamos também a questão do uso dos véus ou lenços na França, em 1989, e as polêmicas provocadas pela lei de 15 de março de 2004, proibindo o uso ostensivo de símbolos religiosos nas escolas, o que provocou a expulsão de 47 adolescentes que se recusaram a tirar os véus assim que as aulas foram reiniciadas.

Desde a sua criação, no século VII, o Islã, do mesmo modo que os dois outros monoteísmos, não cessou de provocar o surgimento de ideias preconcebidas não só no Ocidente, como também entre os próprios muçulmanos.

Esta é a razão por que escolhemos para estudo, a título de ilustração, um preconceito que foi partilhado por estes últimos desde o início da difusão de suas crenças, “O Islã é a melhor de todas as religiões”, e um novo, que passou a ser difundido entre alguns deles, a partir da década de 1990, a saber, “O Islã é a principal religião do mundo”.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-viola-ensolarada-branca/

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Onze de setembro de 2001. O mundo inteiro ficou estupefato: os espetaculares atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center de Nova York e o Pentágono de Washington provocaram a morte de aproximadamente três mil civis.
Imediatamente foram atribuídos a suicidas voluntários da rede terrorista internacional Al-Qaeda (A Base), formada em 1998 pelo saudita de origem iemenita Osama Bin Laden, que se escondia em algum ponto do Afeganistão.

Essa ação sem precedentes foi seguida por vários outros atos terroristas, principalmente em Bali, na Indonésia (2002); Riyad, na Arábia Saudita, Casablanca, no Marrocos, e Istambul, na Turquia (2003); Madri, na Espanha (2004), e Londres, na Inglaterra (2005), acompanhados de novas ameaças, o que evidentemente contribuiu para a retomada de várias ideias preconcebidas a respeito do Islã e dos muçulmanos, forjadas ao longo dos séculos, lado a lado com a criação e a difusão de algumas novas.

Elas alimentaram a islamofobia daqueles que não conhecem o Islã e que se reuniram às ideias preconceituosas provocadas por uma série de outros eventos transcorridos durante o último quarto de século.

Vamos recordar os principais deles: a revolução islâmica do Irã, em 1979; o crescimento do fundamentalismo muçulmano em muitos países, particularmente no Afeganistão, no Paquistão e no Sudão; os massacres (cerca de 150 mil mortes) perpetrados na Argélia pelo Grupo Islâmico Armado (GIA), que assassinou, em 1996, sete monges de Tibherine e depois o monsenhor Pierre Claverie, bispo de Oran; os atentados cometidos na Europa e nos Estados Unidos por islamitas; os ataques lançados contra as minorias cristãs na Nigéria ou na Indonésia; o ativismo de certos pregadores em bairros europeus; as operações contra “as forças de ocupação” e as tomadas de reféns no Iraque, após a intervenção americano-britânica em março de 2003.

Assinalamos também a questão do uso dos véus ou lenços na França, em 1989, e as polêmicas provocadas pela lei de 15 de março de 2004, proibindo o uso ostensivo de símbolos religiosos nas escolas, o que provocou a expulsão de 47 adolescentes que se recusaram a tirar os véus assim que as aulas foram reiniciadas.

Desde a sua criação, no século VII, o Islã, do mesmo modo que os dois outros monoteísmos, não cessou de provocar o surgimento de ideias preconcebidas não só no Ocidente, como também entre os próprios muçulmanos.

Esta é a razão por que escolhemos para estudo, a título de ilustração, um preconceito que foi partilhado por estes últimos desde o início da difusão de suas crenças, “O Islã é a melhor de todas as religiões”, e um novo, que passou a ser difundido entre alguns deles, a partir da década de 1990, a saber, “O Islã é a principal religião do mundo”.

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