Teoria Semiótica Do Texto

A intenção deste livro é apresentar, de forma sucinta e simples, os fundamentos da teoria semiótica. Por teoria semiótica está-se entendendo a teoria desenvolvida por A. J. Greimas e pelo Grupo de Investigações Sêmio-linguísticas da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais.

Existem outras teorias semióticas, também bastante conhecidas, como a de Charles Peirce e a da Escola de Tartu. Por razões diversas, entre as quais a de exiguidade de espaço e a de tipo de publicação, não se farão comparações entre as diferentes propostas e, muito menos, apreciações do mérito e das vantagens indiscutíveis de cada uma delas. A opção pela semiótica greimasiana deve-se a motivos vários, alguns mesmo de ordem pessoal, e merece referência o caráter de teoria do texto que assume a semiótica escolhida para esta apresentação.
A semiótica insere-se, portanto, no quadro das teorias que se (pre)ocupam com o texto.
A linguística foi, durante muito tempo, uma teoria da língua e da linguagem que não ia além das dimensões da frase, seja por acreditarem alguns ser a frase a unidade linguística por excelência, seja por dificuldades práticas de outros que reconhecem unidades maiores que a frase. A essa delimitação da linguística soma-se mais uma, a de ser linguística da língua, e de deixar, para outros campos do conhecimento, as questões de uso da língua ou as implicações do contexto social e histórico dos falantes. Os estudos linguísticos circunscrevem-se, assim, em um espaço ao mesmo tempo vasto e restrito e tomam por objeto unidades da dimensão máxima da frase, concebidas fora de qualquer contexto de enunciação.
Os limites impostos foram facilmente mantidos no período em que a linguística se confundia com a fonologia e a morfologia, com menos facilidade durante o reinado da sintaxe, e tornaram-se insustentáveis no ressurgimento dos estudos semânticos nos anos sessenta. A semântica, cujos princípios diacrônicos foram formulados por M. Bréal, em fins do século passado, foi, durante a primeira metade deste século, a parente pobre da linguística, desenvolvida como semântica da palavra isolada ou semântica lexical e considerada incapaz de levar adiante o projeto de uma ciência linguística em construção.

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A intenção deste livro é apresentar, de forma sucinta e simples, os fundamentos da teoria semiótica. Por teoria semiótica está-se entendendo a teoria desenvolvida por A. J. Greimas e pelo Grupo de Investigações Sêmio-linguísticas da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais. Existem outras teorias semióticas, também bastante conhecidas, como a de Charles Peirce e a da Escola de Tartu. Por razões diversas, entre as quais a de exiguidade de espaço e a de tipo de publicação, não se farão comparações entre as diferentes propostas e, muito menos, apreciações do mérito e das vantagens indiscutíveis de cada uma delas. A opção pela semiótica greimasiana deve-se a motivos vários, alguns mesmo de ordem pessoal, e merece referência o caráter de teoria do texto que assume a semiótica escolhida para esta apresentação.
A semiótica insere-se, portanto, no quadro das teorias que se (pre)ocupam com o texto.
A linguística foi, durante muito tempo, uma teoria da língua e da linguagem que não ia além das dimensões da frase, seja por acreditarem alguns ser a frase a unidade linguística por excelência, seja por dificuldades práticas de outros que reconhecem unidades maiores que a frase. A essa delimitação da linguística soma-se mais uma, a de ser linguística da língua, e de deixar, para outros campos do conhecimento, as questões de uso da língua ou as implicações do contexto social e histórico dos falantes. Os estudos linguísticos circunscrevem-se, assim, em um espaço ao mesmo tempo vasto e restrito e tomam por objeto unidades da dimensão máxima da frase, concebidas fora de qualquer contexto de enunciação.
Os limites impostos foram facilmente mantidos no período em que a linguística se confundia com a fonologia e a morfologia, com menos facilidade durante o reinado da sintaxe, e tornaram-se insustentáveis no ressurgimento dos estudos semânticos nos anos sessenta. A semântica, cujos princípios diacrônicos foram formulados por M. Bréal, em fins do século passado, foi, durante a primeira metade deste século, a parente pobre da linguística, desenvolvida como semântica da palavra isolada ou semântica lexical e considerada incapaz de levar adiante o projeto de uma ciência linguística em construção.

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