Popper, Verdade E Progresso Científico

Popper, Verdade E Progresso Científico: O projeto popperiano de elaboração de uma epistemologia objetiva e não indutivista não se encontrou imune a consideráveis objeções antes de um enriquecimento de seu quadro conceitual a partir do conhecimento da teoria semântica da verdade, de Tarski.


Antes dela, Popper optava apenas pelas relações lógicas de derivabilidade no contexto da escolha de teorias científicas e sua principal razão para ter evitado uma noção de verdade foram as abordagens insuficientes de teorias subjetivistas ou mentalistas da verdade; que concebiam o conhecimento como um tipo especial de crença e não como formado por conjecturas que devem ser submetidas a testes empíricos.
Assim, busco reconstruir os argumentos do autor em favor da teoria semântica como reabilitadora da teoria da correspondência entre asserções e fatos e mostrar como ela, aliada à sua teoria da verossimilhança, foi uma alternativa de melhor compreensão do progresso do conhecimento científico.
O presente trabalho pretende discorrer sobre como, antes de assumir a teoria objetiva da verdade, o projeto epistemológico de Popper ainda não se encontrava imune às objeções de epistemologias rivais.
Tendo em vista o contexto apresentado acima, argumentaremos que a posição de Popper em favor de um enriquecimento conceitual de seu quadro epistemológico, com uma teoria objetiva da verdade e, juntamente, com a noção de verossimilhança, tem por objetivo a imunização contra as principais objeções de seus adversários.
No capítulo 1 reconstruiremos a teoria da racionalidade popperiana e indicaremos quais problemas relevantes ele não soluciona sem uma noção de verdade.
No capítulo 2 destacaremos de que maneira as noções de verdade objetiva, a partir da interpretação da teoria semântica de Tarski como uma teoria da correspondência, e o recurso à verossimilhança procuram dar uma luz acerca do processo de expansão do conhecimento científico e, ao mesmo tempo, rechaçar posições antirrealistas.
Com esse panorama traçado, temos a verdade como um ideal regulador e objetivo, se opondo tanto ao subjetivismo, que vê verdade e falsidade como um estado de crenças do sujeito, quanto ao indutivismo. Essa oposição é fundamental para a sobrevivência do programa falibilista da ciência, defendido por Popper. Como conclusão, o levantamento de algumas objeções à postura popperiana e de algumas dificuldades remanescentes também se faz pertinente à discussão.

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Antes dela, Popper optava apenas pelas relações lógicas de derivabilidade no contexto da escolha de teorias científicas e sua principal razão para ter evitado uma noção de verdade foram as abordagens insuficientes de teorias subjetivistas ou mentalistas da verdade; que concebiam o conhecimento como um tipo especial de crença e não como formado por conjecturas que devem ser submetidas a testes empíricos.
Assim, busco reconstruir os argumentos do autor em favor da teoria semântica como reabilitadora da teoria da correspondência entre asserções e fatos e mostrar como ela, aliada à sua teoria da verossimilhança, foi uma alternativa de melhor compreensão do progresso do conhecimento científico.
O presente trabalho pretende discorrer sobre como, antes de assumir a teoria objetiva da verdade, o projeto epistemológico de Popper ainda não se encontrava imune às objeções de epistemologias rivais.
Tendo em vista o contexto apresentado acima, argumentaremos que a posição de Popper em favor de um enriquecimento conceitual de seu quadro epistemológico, com uma teoria objetiva da verdade e, juntamente, com a noção de verossimilhança, tem por objetivo a imunização contra as principais objeções de seus adversários.
No capítulo 1 reconstruiremos a teoria da racionalidade popperiana e indicaremos quais problemas relevantes ele não soluciona sem uma noção de verdade.
No capítulo 2 destacaremos de que maneira as noções de verdade objetiva, a partir da interpretação da teoria semântica de Tarski como uma teoria da correspondência, e o recurso à verossimilhança procuram dar uma luz acerca do processo de expansão do conhecimento científico e, ao mesmo tempo, rechaçar posições antirrealistas.
Com esse panorama traçado, temos a verdade como um ideal regulador e objetivo, se opondo tanto ao subjetivismo, que vê verdade e falsidade como um estado de crenças do sujeito, quanto ao indutivismo. Essa oposição é fundamental para a sobrevivência do programa falibilista da ciência, defendido por Popper. Como conclusão, o levantamento de algumas objeções à postura popperiana e de algumas dificuldades remanescentes também se faz pertinente à discussão.

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