Boca Do Inferno

Este é um romance passado no século XVII, na Bahia colonial, durante o governo tirânico do militar Antônio de Souza de Menezes, alcunhado de Braço de Prata por usar uma peça deste metal no lugar do braço perdido numa batalha naval contra os invasores holandeses.


A ação começa com o assassinato do alcaide-mor da cidadede Salvador por oito encapuzados, que se refugiam, em seguida, no colégio dos jesuítas. Este crime é resultado da feroz rivalidade entre duas facções inimigas: a dos Menezes, encabeçada pelo governador Braço de Prata, e a dos liberais Ravasco, liderada pelo padre Antônio Vieira.
Tomando por pretexto o assassinato do alcaide, o Braço de Prata inicia um período de terror e perseguições a todos os seus opositores. Vieira é feito réu do crime.
Entre os perseguidos pela fúria do brutal governador, está o grande poeta brasileiro Gregório de Matos, envolvido por suas ligações com os Ravasco e por suas sátiras aos poderosos. Matos, cuja alcunha de O Boca do Inferno deu nome ao romance, perde seus cargos e tem que fugir com medo de ser preso ou morto.
A linguagem, a estruturação harmoniosa do texto, a recriação da cidade e arrabaldes, a construção verossímil de interessantes personagens históricos ou fictícios, fazem da leitura deste romance uma experiência fascinante. A narrativa nos leva a um mundo povoado por personagens inesquecíveis: além de Vieira e Matos, temos um amargo vereador corcunda e sodomita e seu amante louro; um velho judeu sonhador perseguido por sua etnia e sua convicção religiosa; uma
ingênua mulher pobre que não espera recompensas da vida e rouba o anel do alcaide morto; um ouvidor surdo a desvendar o crime do alcaide; um velho cego e avarento que esconde suas riquezas no sótão da casa. Ao fundo, desembargadores comprometidos com os poderosos, padres corruptos, falsos fidalgos, negros africanos sofrendo mas não deixando morrer suas raízes culturais, mestiços discriminados, belas e desejadas escravas, prostitutas cheias de lirismo, donzelas em cárcere privado, mulheres disponíveis, burocratas, soldados, blasfemadores, virtuosos, gente comum, vivendo o dia-a-dia de uma cidade dividida entre o sexo e a religião, entre as orações e as intrigas, entre o prazer e o pecado, entre o céu e o inferno.

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Este é um romance passado no século XVII, na Bahia colonial, durante o governo tirânico do militar Antônio de Souza de Menezes, alcunhado de Braço de Prata por usar uma peça deste metal no lugar do braço perdido numa batalha naval contra os invasores holandeses.
A ação começa com o assassinato do alcaide-mor da cidadede Salvador por oito encapuzados, que se refugiam, em seguida, no colégio dos jesuítas. Este crime é resultado da feroz rivalidade entre duas facções inimigas: a dos Menezes, encabeçada pelo governador Braço de Prata, e a dos liberais Ravasco, liderada pelo padre Antônio Vieira.
Tomando por pretexto o assassinato do alcaide, o Braço de Prata inicia um período de terror e perseguições a todos os seus opositores. Vieira é feito réu do crime.
Entre os perseguidos pela fúria do brutal governador, está o grande poeta brasileiro Gregório de Matos, envolvido por suas ligações com os Ravasco e por suas sátiras aos poderosos. Matos, cuja alcunha de O Boca do Inferno deu nome ao romance, perde seus cargos e tem que fugir com medo de ser preso ou morto.
A linguagem, a estruturação harmoniosa do texto, a recriação da cidade e arrabaldes, a construção verossímil de interessantes personagens históricos ou fictícios, fazem da leitura deste romance uma experiência fascinante. A narrativa nos leva a um mundo povoado por personagens inesquecíveis: além de Vieira e Matos, temos um amargo vereador corcunda e sodomita e seu amante louro; um velho judeu sonhador perseguido por sua etnia e sua convicção religiosa; uma
ingênua mulher pobre que não espera recompensas da vida e rouba o anel do alcaide morto; um ouvidor surdo a desvendar o crime do alcaide; um velho cego e avarento que esconde suas riquezas no sótão da casa. Ao fundo, desembargadores comprometidos com os poderosos, padres corruptos, falsos fidalgos, negros africanos sofrendo mas não deixando morrer suas raízes culturais, mestiços discriminados, belas e desejadas escravas, prostitutas cheias de lirismo, donzelas em cárcere privado, mulheres disponíveis, burocratas, soldados, blasfemadores, virtuosos, gente comum, vivendo o dia-a-dia de uma cidade dividida entre o sexo e a religião, entre as orações e as intrigas, entre o prazer e o pecado, entre o céu e o inferno.

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