A Vida Como Ela É…

Nelson Rodrigues - A Vida Como Ela É...

Nelson Rodrigues já era Nelson Rodrigues quando, em 1961, organizou esta antologia, que reunia em livro pela primeira vez parte da série A vida como ela é...

Naquela altura, já era o dramaturgo revolucionário que em 1943 tinha provocado um terremoto no teatro brasileiro com Vestido de noiva.

Já era, também, o cronista genial destes pequenos dramas e tragédias que, finalmente, botavam no papel o brasileiro como ele é.

No princípio era a realidade: Samuel Wainer, dono do Ultima Hora, queria em seu jornal uma coluna em que o autor de peças como Anjo negro e Álbum de família retratasse, com um toque ficcional, uma história da chamada "vida real".

Combinação perfeita para um dramaturgo sofisticado que, desde sempre, respirara jornal: foi de periódicos que seu pai, Mário Rodrigues, tirou o sustento da família; e na redação de um deles. Critica. Nelson assistiu, adolescente, ao assassinato de seu irmão, Roberto, o que deixaria marcas profundas em sua vida e obra.

A vida como ela é... estreou em 1950 e em pouco tempo era um grande sucesso popular. Como o melhor jornalismo, falava direto ao público; como a literatura mais sofisticada, fazia tremer suas convicções.

Sob as manchetes, o leitor encontrava, pela primeira vez em letra de forma, ciúme e obsessão, dilemas morais, inveja, desejos desgovernados, adultério e sexo. Diagramados, estavam ali o céu e o inferno das tradicionais famílias dos subúrbios cariocas afrontadas pela emergente classe média de Copacabana.

Por seu alcance e perenidade, A vida como ela é... teve várias encarnações em mais de cinqüenta anos. Ainda na década de 1960, foi programa de rádio, narrado por Procópio Ferreira, além de disco e fotonovela.

Em 1978, deu origem a um dos filmes de maior repercussão do cinema brasileiro. A dama do lotação. E. na década de 1990, tornou-se um grande sucesso no teatro, em encenação premiada de Luiz Arthur Nunes e chegou ao horário nobre na fidelíssima adaptação dirigida por Daniel Filho para a TV Globo.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-magica-ciclista-leitora-preta/

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Nelson Rodrigues – A Vida Como Ela É…

Nelson Rodrigues já era Nelson Rodrigues quando, em 1961, organizou esta antologia, que reunia em livro pela primeira vez parte da série A vida como ela é…

Naquela altura, já era o dramaturgo revolucionário que em 1943 tinha provocado um terremoto no teatro brasileiro com Vestido de noiva.

Já era, também, o cronista genial destes pequenos dramas e tragédias que, finalmente, botavam no papel o brasileiro como ele é.

No princípio era a realidade: Samuel Wainer, dono do Ultima Hora, queria em seu jornal uma coluna em que o autor de peças como Anjo negro e Álbum de família retratasse, com um toque ficcional, uma história da chamada “vida real”.

Combinação perfeita para um dramaturgo sofisticado que, desde sempre, respirara jornal: foi de periódicos que seu pai, Mário Rodrigues, tirou o sustento da família; e na redação de um deles. Critica. Nelson assistiu, adolescente, ao assassinato de seu irmão, Roberto, o que deixaria marcas profundas em sua vida e obra.

A vida como ela é… estreou em 1950 e em pouco tempo era um grande sucesso popular. Como o melhor jornalismo, falava direto ao público; como a literatura mais sofisticada, fazia tremer suas convicções.

Sob as manchetes, o leitor encontrava, pela primeira vez em letra de forma, ciúme e obsessão, dilemas morais, inveja, desejos desgovernados, adultério e sexo. Diagramados, estavam ali o céu e o inferno das tradicionais famílias dos subúrbios cariocas afrontadas pela emergente classe média de Copacabana.

Por seu alcance e perenidade, A vida como ela é… teve várias encarnações em mais de cinqüenta anos. Ainda na década de 1960, foi programa de rádio, narrado por Procópio Ferreira, além de disco e fotonovela.

Em 1978, deu origem a um dos filmes de maior repercussão do cinema brasileiro. A dama do lotação. E. na década de 1990, tornou-se um grande sucesso no teatro, em encenação premiada de Luiz Arthur Nunes e chegou ao horário nobre na fidelíssima adaptação dirigida por Daniel Filho para a TV Globo.

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