As Diferenças No Ensino De Filosofia

As diferenças no ensino de filosofia: reflexões sobre filosofia e/da educação procura reunir reflexões filosófico pedagógicas em torno à questão das diferenças como núcleo, conteúdo e sujeito do ensino e da pesquisa em educação (e em filosofia, naturalmente).

Essa obra parte da posição de que as diferenças constituem, hoje, no âmbito das ciências humanas e sociais de um modo geral e na constituição e no trabalho da escola de educação básica em particular, a base, o paradigma, o conteúdo e o sujeito epistemológico-políticos que orientam e definem o trabalho de fundamentação teórica e de aplicação prática, que definem, em verdade, o sentido do fazer pedagógico enquanto correlação de teoria e prática. No mesmo diapasão, parte-se, aqui, da pungência e da dramaticidade que as diferenças como núcleo, conteúdo e sujeito do ensino ainda causam tanto em termos de estruturação das instituições públicas (e da escola em especial) quanto na sociedade civil, com seus múltiplos sujeitos epistemológico-políticos, lutas e contrapontos. Ora, essa dramaticidade e essa pungência das diferenças como educação e na educação tornam o ensino escolar e, conforme queremos, o ensino de filosofia em espaços fundamentais, mas também tensos, para a tematização crítico-criativa dessas mesmas diferenças, um espaço, portanto, que requer a devida atenção epistemológico-política de quem trabalha com educação.
Por isso mesmo, consideramos que as tensões e os conflitos sobre as diferenças e entre elas, seja nas instituições públicas, seja na escola em particular, não são motivos para uma postura fatalista ou cética em relação ao potencial de uma sociedade democrática, de suas instituições público-políticas e da própria educação. Essas tensões e esses conflitos entre as diferenças e em torno à diferença não demonstrariam a insociável sociabilidade humana ou o fato de que não sabemos ou talvez não queiramos viver em paz uns com os outros. Elas, na verdade, representam o ponto de partida da práxis político-pedagógica, do trabalho epistemológico-político-pedagógico, e nos instam a percebermos que é dessa situação de tensão e de conflito, de contradição e de oposição entre sujeitos epistemológico-políticos, valores e práticas diversos que podem surgir não unidade, o acordo e o silêncio forçados, mas o aprendizado cívico-moral e uma democracia inclusiva e participativa que repousa na permanente visibilidade e resistência cotidiana dos movimentos sociais, das minorias político-culturais e das iniciativas cidadãs que lutam permanentemente pelo reconhecimento, contra a violência, a exclusão e a marginalização.

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As diferenças no ensino de filosofia: reflexões sobre filosofia e/da educação procura reunir reflexões filosófico pedagógicas em torno à questão das diferenças como núcleo, conteúdo e sujeito do ensino e da pesquisa em educação (e em filosofia, naturalmente). Essa obra parte da posição de que as diferenças constituem, hoje, no âmbito das ciências humanas e sociais de um modo geral e na constituição e no trabalho da escola de educação básica em particular, a base, o paradigma, o conteúdo e o sujeito epistemológico-políticos que orientam e definem o trabalho de fundamentação teórica e de aplicação prática, que definem, em verdade, o sentido do fazer pedagógico enquanto correlação de teoria e prática. No mesmo diapasão, parte-se, aqui, da pungência e da dramaticidade que as diferenças como núcleo, conteúdo e sujeito do ensino ainda causam tanto em termos de estruturação das instituições públicas (e da escola em especial) quanto na sociedade civil, com seus múltiplos sujeitos epistemológico-políticos, lutas e contrapontos. Ora, essa dramaticidade e essa pungência das diferenças como educação e na educação tornam o ensino escolar e, conforme queremos, o ensino de filosofia em espaços fundamentais, mas também tensos, para a tematização crítico-criativa dessas mesmas diferenças, um espaço, portanto, que requer a devida atenção epistemológico-política de quem trabalha com educação.
Por isso mesmo, consideramos que as tensões e os conflitos sobre as diferenças e entre elas, seja nas instituições públicas, seja na escola em particular, não são motivos para uma postura fatalista ou cética em relação ao potencial de uma sociedade democrática, de suas instituições público-políticas e da própria educação. Essas tensões e esses conflitos entre as diferenças e em torno à diferença não demonstrariam a insociável sociabilidade humana ou o fato de que não sabemos ou talvez não queiramos viver em paz uns com os outros. Elas, na verdade, representam o ponto de partida da práxis político-pedagógica, do trabalho epistemológico-político-pedagógico, e nos instam a percebermos que é dessa situação de tensão e de conflito, de contradição e de oposição entre sujeitos epistemológico-políticos, valores e práticas diversos que podem surgir não unidade, o acordo e o silêncio forçados, mas o aprendizado cívico-moral e uma democracia inclusiva e participativa que repousa na permanente visibilidade e resistência cotidiana dos movimentos sociais, das minorias político-culturais e das iniciativas cidadãs que lutam permanentemente pelo reconhecimento, contra a violência, a exclusão e a marginalização.

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