Império

Era uma vez um Império que governava aproximadamente um quarto da população mundial, cobria quase a mesma proporção da superfície terrestre do planeta e dominava praticamente todos os oceanos. O Império Britânico foi o maior império de todos os tempos, sem exceção.


Como um arquipélago de ilhas chuvosas a noroeste da costa da Europa veio a governar o mundo é uma das questões fundamentais não só da história britânica, mas da história mundial.
Essa é uma das questões que este livro tenta responder. A segunda questão, e talvez a mais difícil, a que ele se dedica é, simplesmente, se o Império foi uma coisa boa ou ruim.
Hoje em dia é bastante comum pensar que, no balanço geral, foi ruim. Provavelmente o principal motivo de o Império ter caído em descrédito foi o seu envolvimento no comércio de escravos no Atlântico e a escravidão em si.
Isso já não é mais só uma questão de julgamento histórico, tornou-se um problema político e, potencialmente, legal.
Em agosto de 1999, a Comissão da Verdade do Mundo Africano para Reparações e Repatriamento (African World Reparations and Repatriation Truth Commission), reunida em Acra, aprovou uma exigência de reparação por parte de “todas as nações da Europa ocidental e das Américas e de instituições que participaram e se beneficiaram do comércio de escravos e do colonialismo”.
A quantia sugerida como compensação adequada – baseada em estimativas do “número de vidas humanas perdidas pela África durante o comércio de escravos, assim como uma avaliação do valor do ouro, diamantes e outros minerais levados do continente durante o domínio colonial” – era de US$ 777 trilhões.
Dado que mais de três milhões dos aproximadamente dez milhões de africanos que atravessaram o Atlântico para ser escravos antes de 1850 foram transportados em navios britânicos, supõe-se que a parcela das reparações britânicas poderia estar na casa dos 150 trilhões de libras.
Uma reivindicação como essa pode parecer fantasia. Mas a ideia recebeu um certo estímulo na Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban no verão de 2001.
O relatório final da conferência “reconhecia” que a escravidão e o comércio de escravos foram um “crime contra a humanidade” do qual “os descendentes de africanos, asiáticos, descendentes de asiáticos e de povos indígenas” foram “vítimas”.

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Essa é uma das questões que este livro tenta responder. A segunda questão, e talvez a mais difícil, a que ele se dedica é, simplesmente, se o Império foi uma coisa boa ou ruim.
Hoje em dia é bastante comum pensar que, no balanço geral, foi ruim. Provavelmente o principal motivo de o Império ter caído em descrédito foi o seu envolvimento no comércio de escravos no Atlântico e a escravidão em si.
Isso já não é mais só uma questão de julgamento histórico, tornou-se um problema político e, potencialmente, legal.
Em agosto de 1999, a Comissão da Verdade do Mundo Africano para Reparações e Repatriamento (African World Reparations and Repatriation Truth Commission), reunida em Acra, aprovou uma exigência de reparação por parte de “todas as nações da Europa ocidental e das Américas e de instituições que participaram e se beneficiaram do comércio de escravos e do colonialismo”.
A quantia sugerida como compensação adequada – baseada em estimativas do “número de vidas humanas perdidas pela África durante o comércio de escravos, assim como uma avaliação do valor do ouro, diamantes e outros minerais levados do continente durante o domínio colonial” – era de US$ 777 trilhões.
Dado que mais de três milhões dos aproximadamente dez milhões de africanos que atravessaram o Atlântico para ser escravos antes de 1850 foram transportados em navios britânicos, supõe-se que a parcela das reparações britânicas poderia estar na casa dos 150 trilhões de libras.
Uma reivindicação como essa pode parecer fantasia. Mas a ideia recebeu um certo estímulo na Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban no verão de 2001.
O relatório final da conferência “reconhecia” que a escravidão e o comércio de escravos foram um “crime contra a humanidade” do qual “os descendentes de africanos, asiáticos, descendentes de asiáticos e de povos indígenas” foram “vítimas”.

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