A Situação Sociolingüística Dos Karajá De Santa Isabel Do Morro E Fontoura

O cenário em que estão localizadas as línguas indígenas brasileiras não é promissor. Estima-se que a maior parte delas terá desaparecido por volta do fim desse século. A perda e morte das línguas tem sido motivo de redobrada atenção por parte de linguistas e pessoas engajadas nas questões indígenas

, pois a velocidade com que isso vem ocorrendo é sem precedentes na história da humanidade. E é justamente pelos danos causados a essa humanidade, e aos povos indígenas em particular, que se procuram as razões que levam à morte das línguas, a fim de que se possa encontrar caminhos para desenvolver ações para a sua manutenção. Muitas têm sido as tentativas, mas ainda são muito poucas para a tarefa que se tem à frente.
Uma das formas de se começar a tratar o problema tem sido através dos estudos sociolingüísticos das comunidades indígenas e dos subsídios que possam trazer à educação escolar indígena, vista esta como uma possível forma de se ajudar a manutenção das línguas indígenas.
O trabalho de Maria do Socorro é uma tentativa de trazer à luz a situação sociolinguística das comunidades Karajá de Santa Isabel do Morro e Fontoura, na Ilha do Bananal, Tocantins. Para tanto, a autora estuda a atitude dos Karajá com relação às duas línguas, a nativa e o Português, a facilidade linguística e os usos dessas línguas nos diferentes domínios sociais, a fim de verificar a vitalidade, ou não, da língua Karajá. Além disso, analisa as funções da língua escrita nessas comunidades.
Educadora por natureza, Maria do Socorro, além de contribuir para os estudos sociolinguísticos com línguas indígenas, raros no Brasil, dá ampla possibilidade de se utilizar esses estudos na educação escolar das crianças Karajá e, mais, de contribuir para uma reflexão sobre política lingüística entre os Karajá, atores principais do cenário escolhido pela autora.
Acredito que a leitura do trabalho de Maria do Socorro será útil não só para linguistas, mas para todos aqueles que se acham hoje, como ela, engajados nas lutas dos povos indígenas.

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O trabalho de Maria do Socorro é uma tentativa de trazer à luz a situação sociolinguística das comunidades Karajá de Santa Isabel do Morro e Fontoura, na Ilha do Bananal, Tocantins. Para tanto, a autora estuda a atitude dos Karajá com relação às duas línguas, a nativa e o Português, a facilidade linguística e os usos dessas línguas nos diferentes domínios sociais, a fim de verificar a vitalidade, ou não, da língua Karajá. Além disso, analisa as funções da língua escrita nessas comunidades.
Educadora por natureza, Maria do Socorro, além de contribuir para os estudos sociolinguísticos com línguas indígenas, raros no Brasil, dá ampla possibilidade de se utilizar esses estudos na educação escolar das crianças Karajá e, mais, de contribuir para uma reflexão sobre política lingüística entre os Karajá, atores principais do cenário escolhido pela autora.
Acredito que a leitura do trabalho de Maria do Socorro será útil não só para linguistas, mas para todos aqueles que se acham hoje, como ela, engajados nas lutas dos povos indígenas.

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