Entre A Cruz E O Arco-Íris

O assunto do sermão é a história do rapaz cego de nascença a quem Jesus devolveu a visão, no capítulo 9 do evangelho de São João. Do púlpito, o pastor André Fontana nos provoca: “Por que os discípulos são citados logo no começo do texto, se eles, de fato, não têm envolvimento nenhum no episódio?”.


Boa pergunta. Nunca havia atentado para esse desvio na narrativa. Olhando agora, parece um desvio abrupto, quase agressivo, no qual surgem os seguidores de Jesus de Nazaré, homens muito interessados em saber quem era o “culpado” pela cegueira daquele moço, se o pecador era ele próprio ou os pais dele.
O pastor Fontana prossegue, esclarecendo: “Bem, os discípulos são citados porque Jesus quer ensinar algo para seus seguidores”. Ou seja, para nós. Para mim. E o que ele quer me ensinar está nos versículos a seguir:
Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras dAquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. João 9,3-4
No auditório, recebi aquela verdade bíblica como uma revelação embebida nos quase dois anos em que acompanhei o trabalho da jornalista Marília Camargo Cesar neste seu terceiro livro, Entre a cruz e o arco-íris, e fiquei profundamente impactado pela barafunda de questionamentos e confrontos a que a leitura dos primeiros manuscritos me causou. Naquela manhã de domingo, aprendi com Jesus que, enquanto desperdiço meu tempo em discussões filosóficas estéreis sobre os motivos, os “culpados”, as motivações e os impulsos dos que vivem de maneira “antinatural” do ponto de vista bíblico, as obras de Deus não são manifestadas. Amanhã é noite, amanhã é tarde demais. Não há tempo a perder com teorizações.
Não sei se estava muito sensível à questão homossexual (certamente estava), mas questionei profundamente em meu coração o quanto o discurso belicoso dos evangélicos contra os gays tem manifestado a glória de Deus, honrado a missão de Jesus de Nazaré. Pouco, muito pouco, ou nada, ou mais provavelmente, muito pelo contrário, como atestou o Barna Group: quando 91% dos jovens americanos pensavam nos cristãos evangélicos, não pensavam em justiça, amor ou perdão, e sim em “antigays”.
Esta e outras informações desconcertantes estão em Entre a cruz e o arco-íris e são doloridas para mim.

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O assunto do sermão é a história do rapaz cego de nascença a quem Jesus devolveu a visão, no capítulo 9 do evangelho de São João. Do púlpito, o pastor André Fontana nos provoca: “Por que os discípulos são citados logo no começo do texto, se eles, de fato, não têm envolvimento nenhum no episódio?”.
Boa pergunta. Nunca havia atentado para esse desvio na narrativa. Olhando agora, parece um desvio abrupto, quase agressivo, no qual surgem os seguidores de Jesus de Nazaré, homens muito interessados em saber quem era o “culpado” pela cegueira daquele moço, se o pecador era ele próprio ou os pais dele.
O pastor Fontana prossegue, esclarecendo: “Bem, os discípulos são citados porque Jesus quer ensinar algo para seus seguidores”. Ou seja, para nós. Para mim. E o que ele quer me ensinar está nos versículos a seguir:
Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras dAquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. João 9,3-4
No auditório, recebi aquela verdade bíblica como uma revelação embebida nos quase dois anos em que acompanhei o trabalho da jornalista Marília Camargo Cesar neste seu terceiro livro, Entre a cruz e o arco-íris, e fiquei profundamente impactado pela barafunda de questionamentos e confrontos a que a leitura dos primeiros manuscritos me causou. Naquela manhã de domingo, aprendi com Jesus que, enquanto desperdiço meu tempo em discussões filosóficas estéreis sobre os motivos, os “culpados”, as motivações e os impulsos dos que vivem de maneira “antinatural” do ponto de vista bíblico, as obras de Deus não são manifestadas. Amanhã é noite, amanhã é tarde demais. Não há tempo a perder com teorizações.
Não sei se estava muito sensível à questão homossexual (certamente estava), mas questionei profundamente em meu coração o quanto o discurso belicoso dos evangélicos contra os gays tem manifestado a glória de Deus, honrado a missão de Jesus de Nazaré. Pouco, muito pouco, ou nada, ou mais provavelmente, muito pelo contrário, como atestou o Barna Group: quando 91% dos jovens americanos pensavam nos cristãos evangélicos, não pensavam em justiça, amor ou perdão, e sim em “antigays”.
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