A Cidade E A Roça

A cidade cresce e avança cada vez mais sobre a área rural. Onde havia lavoura anos atrás, agora encontramos concreto. O estado do Rio de Janeiro é uma das áreas mais urbanizadas do Brasil.

A baixada fluminense e os subúrbios do Rio de Janeiro que formam a maior parte da região metropolitana do estado, são um bom exemplo do que o crescimento urbano desenfreado pode gerar: prédios para todo lado, favelas, imensas comunidades, gente para mais de metro, violência, confusão e muita desigualdade social.
A alma camponesa, porém, resiste em áreas rurais ainda existentes e mesmo dentro da cidade maravilhosa. A vontade de plantar supera as dificuldades impostas pelo crescimento da selva de pedra. Em meio à especulação imobiliária na região metropolitana, permanecem iniciativas de famílias que procuram resgatar seus laços com a natureza, fazendo de suas roças uma alternativa de geração de renda e de produção de alimentos. Seja em propriedades familiares e terrenos em torno das cidades, em quintais ou até mesmo em lajes, a roça persiste, conservando práticas e valores de homens, mulheres e jovens agricultores.
Experiências em agricultura dentro da cidade e em áreas rurais da região metropolitana permanecem e vêm mesmo se multiplicando no Rio de Janeiro. Muitas dessas iniciativas buscam produzir alimentos em harmonia com a natureza, valorizando o trabalho em grupo, incentivando a participação ativa dos jovens e mulheres e, dessa forma, semeando a agricultura ecológica familiar na região.
A cidade precisa de terra para crescer. Já a roça precisa de terra para viver. Enquanto empresários e empreiteiros querem lotear, construir e vender, agricultores querem lavrar, plantar e produzir. O Rio de Janeiro incha a cada dia, e a pressão sobre as zonas ainda rurais em torno da cidade é grande. No entanto, experiências como a da Rede de Agricultura Urbana, da Univerde, da Associação de Marapicu, da Coopagé, entre outras tantas, mostram que mesmo nas cidades é possível viver dignamente da relação íntima com a natureza – fazendo agricultura. Tais iniciativas mostram que é preciso ter locais de produção de alimentos próximos às áreas urbanas para que as pessoas ao redor possam se alimentar melhor e mais barato. Mostram que se pode gerar renda e aumentar a qualidade de vida das famílias envolvidas. Mostram também como a agricultura é uma forma rica de fortalecimento de laços de vizinhança e de vida comunitária. E, principalmente, mostram que com criatividade as dificuldades impostas pela cidade são superadas.

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A cidade cresce e avança cada vez mais sobre a área rural. Onde havia lavoura anos atrás, agora encontramos concreto. O estado do Rio de Janeiro é uma das áreas mais urbanizadas do Brasil. A baixada fluminense e os subúrbios do Rio de Janeiro que formam a maior parte da região metropolitana do estado, são um bom exemplo do que o crescimento urbano desenfreado pode gerar: prédios para todo lado, favelas, imensas comunidades, gente para mais de metro, violência, confusão e muita desigualdade social.
A alma camponesa, porém, resiste em áreas rurais ainda existentes e mesmo dentro da cidade maravilhosa. A vontade de plantar supera as dificuldades impostas pelo crescimento da selva de pedra. Em meio à especulação imobiliária na região metropolitana, permanecem iniciativas de famílias que procuram resgatar seus laços com a natureza, fazendo de suas roças uma alternativa de geração de renda e de produção de alimentos. Seja em propriedades familiares e terrenos em torno das cidades, em quintais ou até mesmo em lajes, a roça persiste, conservando práticas e valores de homens, mulheres e jovens agricultores.
Experiências em agricultura dentro da cidade e em áreas rurais da região metropolitana permanecem e vêm mesmo se multiplicando no Rio de Janeiro. Muitas dessas iniciativas buscam produzir alimentos em harmonia com a natureza, valorizando o trabalho em grupo, incentivando a participação ativa dos jovens e mulheres e, dessa forma, semeando a agricultura ecológica familiar na região.
A cidade precisa de terra para crescer. Já a roça precisa de terra para viver. Enquanto empresários e empreiteiros querem lotear, construir e vender, agricultores querem lavrar, plantar e produzir. O Rio de Janeiro incha a cada dia, e a pressão sobre as zonas ainda rurais em torno da cidade é grande. No entanto, experiências como a da Rede de Agricultura Urbana, da Univerde, da Associação de Marapicu, da Coopagé, entre outras tantas, mostram que mesmo nas cidades é possível viver dignamente da relação íntima com a natureza – fazendo agricultura. Tais iniciativas mostram que é preciso ter locais de produção de alimentos próximos às áreas urbanas para que as pessoas ao redor possam se alimentar melhor e mais barato. Mostram que se pode gerar renda e aumentar a qualidade de vida das famílias envolvidas. Mostram também como a agricultura é uma forma rica de fortalecimento de laços de vizinhança e de vida comunitária. E, principalmente, mostram que com criatividade as dificuldades impostas pela cidade são superadas.

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