Abordagens Do Pós-Moderno Em Música

Abordagens Do Pós-Moderno Em Música tem por objetivo a observação da influência de A Condição Pós-Moderna sobre as abordagens do pós-moderno em música realizadas após a 1980. Para tal tarefa, será utilizada a noção lyotardiana de pós-moderno como incredulidade nas metanarrativas de legitimação do saber.

Esta influência será observada perante importantes textos relativos ao pós-moderno musical e na maneira como algumas obras da música clássica de concerto realizada na década de 1990 e 2000 se relacionam com tal incredulidade.

Em 1979, sob a encomenda do Conselho das Universidades do estado de Quebec, Jean-François Lyotard (1924-1998) publica a obra A condição pós-moderna: um relatório sobre o saber, reutilizando um termo que, segundo ele, estava "em uso no continente americano, na escrita de sociólogos e de críticos". Com essa reutilização, Lyotard inaugurou o período de cristalização do termo pós--moderno nas mais diversas áreas das humanidades. Para o público anglo-americano, esse trabalho teve grande impacto a partir da primeira tradução da obra para a língua inglesa, editada no ano de 1984.
Segundo Perry Anderson, o termo pós-moderno1 surgiu de maneira embrionária na crítica literária de língua espanhola durante a década de 1930, destacando a figura de Federico de Onís. Na década de 1950, passa a ser utilizado na sociologia e na crítica literária de língua inglesa, sobretudo nos Estados Unidos. São representantes dessa fase os teóricos Arnold Toynbee (1889-1975), Charles Olson (1910-1970), Robert Creeley (1926-2005), Wright Mills (1916-1962), Irving Howe (1920-1993), Harry Levin (1912-1994), Leslie Fedler (1917-2003) e Amitai Etzioni (1929-). Apenas na década de 1970, o termo passa a ser utilizado pela crítica artística de maneira geral, em especial pela crítica arquitetônica, destacando-se nomes como Ihab Hassan (1925-), Robert Venturi (1925-) e Charles Jencks (1939-). No fim da década de 1970 e início da década de 1980, o termo, reconhecido e utilizado filosoficamente, foi absorvido pelas mais diversas áreas de pesquisa das ciências humanas, carregando consigo um conjunto de outros termos, conceitos e definições que determinaram os rumos da reflexão sobre o pós-modernismo.
A condição pós-moderna é a primeira obra filosófica dedicada a formalizar a noção de pós-moderno. Ela fez com que Lyotard se tornasse uma das grandes referências desse debate, colocando a ideia de "incredulidade nas metanarrativas" como uma das principais definições do pós-modernismo e como ponto central de grande parte das discussões sobre o assunto.

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Abordagens Do Pós-Moderno Em Música tem por objetivo a observação da influência de A Condição Pós-Moderna sobre as abordagens do pós-moderno em música realizadas após a 1980. Para tal tarefa, será utilizada a noção lyotardiana de pós-moderno como incredulidade nas metanarrativas de legitimação do saber. Esta influência será observada perante importantes textos relativos ao pós-moderno musical e na maneira como algumas obras da música clássica de concerto realizada na década de 1990 e 2000 se relacionam com tal incredulidade.

Em 1979, sob a encomenda do Conselho das Universidades do estado de Quebec, Jean-François Lyotard (1924-1998) publica a obra A condição pós-moderna: um relatório sobre o saber, reutilizando um termo que, segundo ele, estava “em uso no continente americano, na escrita de sociólogos e de críticos”. Com essa reutilização, Lyotard inaugurou o período de cristalização do termo pós–moderno nas mais diversas áreas das humanidades. Para o público anglo-americano, esse trabalho teve grande impacto a partir da primeira tradução da obra para a língua inglesa, editada no ano de 1984.
Segundo Perry Anderson, o termo pós-moderno1 surgiu de maneira embrionária na crítica literária de língua espanhola durante a década de 1930, destacando a figura de Federico de Onís. Na década de 1950, passa a ser utilizado na sociologia e na crítica literária de língua inglesa, sobretudo nos Estados Unidos. São representantes dessa fase os teóricos Arnold Toynbee (1889-1975), Charles Olson (1910-1970), Robert Creeley (1926-2005), Wright Mills (1916-1962), Irving Howe (1920-1993), Harry Levin (1912-1994), Leslie Fedler (1917-2003) e Amitai Etzioni (1929-). Apenas na década de 1970, o termo passa a ser utilizado pela crítica artística de maneira geral, em especial pela crítica arquitetônica, destacando-se nomes como Ihab Hassan (1925-), Robert Venturi (1925-) e Charles Jencks (1939-). No fim da década de 1970 e início da década de 1980, o termo, reconhecido e utilizado filosoficamente, foi absorvido pelas mais diversas áreas de pesquisa das ciências humanas, carregando consigo um conjunto de outros termos, conceitos e definições que determinaram os rumos da reflexão sobre o pós-modernismo.
A condição pós-moderna é a primeira obra filosófica dedicada a formalizar a noção de pós-moderno. Ela fez com que Lyotard se tornasse uma das grandes referências desse debate, colocando a ideia de “incredulidade nas metanarrativas” como uma das principais definições do pós-modernismo e como ponto central de grande parte das discussões sobre o assunto.

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