Breve História Do Mundo

Ernst H. Gombrich - Breve História Do Mundo

Todas as histórias começam assim: "Era uma vez." Nossa História, então, só fala do que já foi. Você se lembra de quando era pequeno? Quando você ficava em pé, mal alcançava a mão da sua mãe. Sua história poderia começar assim: "Era uma vez um menininho - ou uma menininha. Essa criança era eu."


Mas, antes de ser essa criança, você era um bebê. Disso você não se lembra, mas você sabe. Antes de você, seu pai e sua mãe também foram pequenos; seus avós e suas avós também, mais antigamente ainda. Você também sabe disso. A gente não diz que eles são velhos? Pois é, e eles também tiveram avós. E também diziam: "Era uma vez..." Assim daria para continuar recuando no tempo, cada vez mais. Atrás de cada "Era uma vez" haveria sempre um outro.
Você já se colocou entre dois espelhos? Então tente. Você vai ver uma fileira de espelhos, que vão se distanciando cada vez mais, vão ficando cada vez menores e cada vez menos nítidos. É uma infinidade de espelhos, e nenhum deles é o último. Mesmo que não dê mais para vê-los direito, há sempre um outro espelho depois daquele que a gente acha que é o último. Mesmo que não dê para enxergar mais nenhum espelho, você sabe que eles estão ali, um atrás do outro.
Acontece exatamente a mesma coisa com "Era uma vez". Essa volta ao passado não para em nenhum momento. O avô do avô do avô... Deixa qualquer um tonto, não é mesmo? Mas agora diga de novo, bem devagar, e você vai conseguir ter uma ideia. Repetindo, logo vamos chegando a épocas cada vez mais antigas. Mergulhamos no tempo exatamente como no jogo dos espelhos. Nunca chegamos ao começo dos tempos, pois atrás de cada começo há sempre mais um "Era uma vez".

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Ernst H. Gombrich – Breve História Do Mundo

Todas as histórias começam assim: “Era uma vez.” Nossa História, então, só fala do que já foi. Você se lembra de quando era pequeno? Quando você ficava em pé, mal alcançava a mão da sua mãe. Sua história poderia começar assim: “Era uma vez um menininho – ou uma menininha. Essa criança era eu.”
Mas, antes de ser essa criança, você era um bebê. Disso você não se lembra, mas você sabe. Antes de você, seu pai e sua mãe também foram pequenos; seus avós e suas avós também, mais antigamente ainda. Você também sabe disso. A gente não diz que eles são velhos? Pois é, e eles também tiveram avós. E também diziam: “Era uma vez…” Assim daria para continuar recuando no tempo, cada vez mais. Atrás de cada “Era uma vez” haveria sempre um outro.
Você já se colocou entre dois espelhos? Então tente. Você vai ver uma fileira de espelhos, que vão se distanciando cada vez mais, vão ficando cada vez menores e cada vez menos nítidos. É uma infinidade de espelhos, e nenhum deles é o último. Mesmo que não dê mais para vê-los direito, há sempre um outro espelho depois daquele que a gente acha que é o último. Mesmo que não dê para enxergar mais nenhum espelho, você sabe que eles estão ali, um atrás do outro.
Acontece exatamente a mesma coisa com “Era uma vez”. Essa volta ao passado não para em nenhum momento. O avô do avô do avô… Deixa qualquer um tonto, não é mesmo? Mas agora diga de novo, bem devagar, e você vai conseguir ter uma ideia. Repetindo, logo vamos chegando a épocas cada vez mais antigas. Mergulhamos no tempo exatamente como no jogo dos espelhos. Nunca chegamos ao começo dos tempos, pois atrás de cada começo há sempre mais um “Era uma vez”.

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