Análise De Discurso Crítica Da Publicidade

Neste livro, apresentamos resultados da pesquisa de doutorado “Discurso e ideologia na propaganda de medicamentos: um estudo crítico sobre mudanças sociais e discursivas”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília.

O estudo tem como objetivo geral investigar na propaganda de medicamentos brasileira sentidos potencialmente ideológicos que contribuam para sustentar relações assimétricas de poder, sobretudo entre “leigos” e “peritos”, da saúde e da linguagem.
Os objetivos específicos são, primeiro, investigar mudanças sociais e discursivas, bem como suas conexões, na rede de práticas implicada na promoção de medicamentos na modernidade tardia. Segundo, investigar sentidos potencialmente ideológicos em textos que materializam o (sub)gênero “anúncio de medicamento”. E, por fim, investigar o potencial ideológico de convenções discursivas nas práticas de leitura pesquisadas. Tendo em vista tais objetivos, problematizamos o papel do discurso na sustentação de preocupações sociais ligadas ao consumo inadequado de medicamentos.
O debate sobre os riscos da propaganda de medicamentos na mídia não é novo. As crescentes preocupações envolvem, por exemplo, os riscos da automedicação, das intoxicações, do consumo inadequado e exagerado de medicamentos, tudo isso somado a desigualdades sociais e dificuldades de acesso a serviços e tratamentos de saúde, dentre outros. Vários estudos sobre o assunto são desenvolvidos desde meados de 1980 no Brasil, com destaque para a área da Saúde Pública. Embora envolva diretamente a “linguagem”, no início da pesquisa, em 2005, não localizamos trabalhos em Linguística sobre o tema. À época, como reconhecida causa de diversos problemas, a propaganda de medicamentos já estava há cinco anos submetida a controle sanitário. O que se verificava e se discutia nacionalmente, sobretudo no âmbito das ciências da saúde, eram as novas maneiras de promover medicamentos na mídia sem chamar a atenção da vigilância sanitária e, consequentemente, sem se sujeitar a restrições impostas por esse mecanismo de regulação. Dessa forma, o interesse pelo tema originou-se tanto pelo comprometimento com questões sociais, como pela carência de estudos na área na Linguística, quanto pela natureza inerentemente social e semiótica do problema, que apontava conexões entre mudanças discursivas e não-discursivas.

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Os objetivos específicos são, primeiro, investigar mudanças sociais e discursivas, bem como suas conexões, na rede de práticas implicada na promoção de medicamentos na modernidade tardia. Segundo, investigar sentidos potencialmente ideológicos em textos que materializam o (sub)gênero “anúncio de medicamento”. E, por fim, investigar o potencial ideológico de convenções discursivas nas práticas de leitura pesquisadas. Tendo em vista tais objetivos, problematizamos o papel do discurso na sustentação de preocupações sociais ligadas ao consumo inadequado de medicamentos.
O debate sobre os riscos da propaganda de medicamentos na mídia não é novo. As crescentes preocupações envolvem, por exemplo, os riscos da automedicação, das intoxicações, do consumo inadequado e exagerado de medicamentos, tudo isso somado a desigualdades sociais e dificuldades de acesso a serviços e tratamentos de saúde, dentre outros. Vários estudos sobre o assunto são desenvolvidos desde meados de 1980 no Brasil, com destaque para a área da Saúde Pública. Embora envolva diretamente a “linguagem”, no início da pesquisa, em 2005, não localizamos trabalhos em Linguística sobre o tema. À época, como reconhecida causa de diversos problemas, a propaganda de medicamentos já estava há cinco anos submetida a controle sanitário. O que se verificava e se discutia nacionalmente, sobretudo no âmbito das ciências da saúde, eram as novas maneiras de promover medicamentos na mídia sem chamar a atenção da vigilância sanitária e, consequentemente, sem se sujeitar a restrições impostas por esse mecanismo de regulação. Dessa forma, o interesse pelo tema originou-se tanto pelo comprometimento com questões sociais, como pela carência de estudos na área na Linguística, quanto pela natureza inerentemente social e semiótica do problema, que apontava conexões entre mudanças discursivas e não-discursivas.

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