Da Casa À Praça Pública

Janio Roque Barros de Castro parte de uma perspectiva “relativista” para analisar a dinâmica atual das festas juninas no interior da Bahia, mais especificamente na região econômica do Recôncavo Sul.

Negando o essencialismo “nostálgico e petrificado” destas festas no passado, o autor vai localizar sua análise nas cidades de Amargosa, Cruz das Almas e Cachoeira, Bahia, procurando ver algo além dos processos de espetacularização e mercantilização, debruçando-se ao longo do texto também sobre os “interstícios da espetacularidade”.
Partindo dessas premissas, Castro vai afirmar que os festeiros atualizam os eventos festivos, inicialmente nos espaços intersticiais, ampliando sua ação através de “grupos atomizados”. O pressuposto aqui é o da eclosão de uma nova ludicidade, ressignificada e atualizada na contemporaneidade: “Os passantes, ficantes e brincantes abrem perspectivas para dilatação da ludicidade intersticial, que é redesenhada incessantemente no presente, abrindo-se possibilidades para a sua ampliação em uma dimensão preditiva”.
O livro localiza a intensificação do processo de espetacularização das festas juninas em algumas cidades do Nordeste brasileiro nos anos 1980, partindo para a análise de como Amargosa, Cruz das Almas e Cachoeira consolidaram seu papel de polos festivos no Recôncavo Sul da Bahia. Norteadas por estratégias de city marketing, cuja lógica o livro vai revelando paulatinamente ao leitor, através de uma análise acurada de documentos oficiais como os Planos Diretores Urbanos, essas cidades vão se tornar na atualidade pontos importantes de uma malha urbana festiva, cobrindo os territórios sub-regional, regional e estadual.
Essas cidades vão se constituir, portanto, em centralidades festivas, com a realização de megafestas juninas, não só pela dimensão espacial desses eventos, mas também pela difusão midiática e por sua relevância e particularidades. São polaridades sazonais, que atraem pessoas de diferentes pontos do território estadual, regional e mesmo nacional, que vão fortalecer sua centralidade a partir dos eventos juninos, vistos nesse contexto como “alavancas culturais”.

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Partindo dessas premissas, Castro vai afirmar que os festeiros atualizam os eventos festivos, inicialmente nos espaços intersticiais, ampliando sua ação através de “grupos atomizados”. O pressuposto aqui é o da eclosão de uma nova ludicidade, ressignificada e atualizada na contemporaneidade: “Os passantes, ficantes e brincantes abrem perspectivas para dilatação da ludicidade intersticial, que é redesenhada incessantemente no presente, abrindo-se possibilidades para a sua ampliação em uma dimensão preditiva”.
O livro localiza a intensificação do processo de espetacularização das festas juninas em algumas cidades do Nordeste brasileiro nos anos 1980, partindo para a análise de como Amargosa, Cruz das Almas e Cachoeira consolidaram seu papel de polos festivos no Recôncavo Sul da Bahia. Norteadas por estratégias de city marketing, cuja lógica o livro vai revelando paulatinamente ao leitor, através de uma análise acurada de documentos oficiais como os Planos Diretores Urbanos, essas cidades vão se tornar na atualidade pontos importantes de uma malha urbana festiva, cobrindo os territórios sub-regional, regional e estadual.
Essas cidades vão se constituir, portanto, em centralidades festivas, com a realização de megafestas juninas, não só pela dimensão espacial desses eventos, mas também pela difusão midiática e por sua relevância e particularidades. São polaridades sazonais, que atraem pessoas de diferentes pontos do território estadual, regional e mesmo nacional, que vão fortalecer sua centralidade a partir dos eventos juninos, vistos nesse contexto como “alavancas culturais”.

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