História Do Brasil (1500-1627)

Foi o historiador cearense Capistrano de Abreu, profundo conhecedor de fontes documentais e antigo funcionário da Biblioteca Nacional, o principal responsável por tornar conhecida a História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador, o primeiro livro a oferecer uma interpretação sistemática da história do Brasil.


Escrito parte na metrópole, parte na colônia, o manuscrito ficou ignorado no Brasil, mas não inteiramente em Portugal, onde circularam algumas cópias. A ideia de se escrevê-lo teria sido do erudito português Manuel Severim de Faria, que convidou o frei para a empreitada, com o compromisso de publicá-lo, o que não fez. Por quê? Capistrano, autor dos prefácios das duas edições, aventou, no primeiro deles, os possíveis motivos: o manuscrito não teria chegado às mãos de Severim de Faria (para ele, o mais provável); o tom coloquial da obra não teria agradado ao erudito, e ainda o fato de o texto difundir informações demasiadas sobre a colônia (o que não era do interesse da Coroa) e também falar do Brasil num “tom” que “pregava sua grandeza, sua independência do resto do mundo”.
Uma cópia do manuscrito chegou à Biblioteca Nacional em 1881, às vésperas da inauguração da grande Exposição de História do Brasil promovida pela instituição, e a tempo de nela figurar.
Foi feita pelo escritor João Francisco Lisboa, a quem o governo imperial, na década de 1850, havia encarregado de transcrever documentos sobre o Brasil existentes em Portugal. Lisboa chegou a mandar um capítulo para o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, que o publicou na Revista Trimestral do IHGB em 1858. Depois de anos sob o poder do Marquês de Olinda, ministro do Império, a cópia foi arrematada em leilão por um livreiro e doada à Biblioteca Nacional. Capistrano e Alfredo do Valle Cabral, outro importante funcionário da casa, chegaram a publicar parte do manuscrito no Diário Oficial, mas a obra integral, exceto alguns capítulos nunca encontrados, só viria à luz em 1889 nos Anais da Biblioteca Nacional.

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Escrito parte na metrópole, parte na colônia, o manuscrito ficou ignorado no Brasil, mas não inteiramente em Portugal, onde circularam algumas cópias. A ideia de se escrevê-lo teria sido do erudito português Manuel Severim de Faria, que convidou o frei para a empreitada, com o compromisso de publicá-lo, o que não fez. Por quê? Capistrano, autor dos prefácios das duas edições, aventou, no primeiro deles, os possíveis motivos: o manuscrito não teria chegado às mãos de Severim de Faria (para ele, o mais provável); o tom coloquial da obra não teria agradado ao erudito, e ainda o fato de o texto difundir informações demasiadas sobre a colônia (o que não era do interesse da Coroa) e também falar do Brasil num “tom” que “pregava sua grandeza, sua independência do resto do mundo”.
Uma cópia do manuscrito chegou à Biblioteca Nacional em 1881, às vésperas da inauguração da grande Exposição de História do Brasil promovida pela instituição, e a tempo de nela figurar.
Foi feita pelo escritor João Francisco Lisboa, a quem o governo imperial, na década de 1850, havia encarregado de transcrever documentos sobre o Brasil existentes em Portugal. Lisboa chegou a mandar um capítulo para o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, que o publicou na Revista Trimestral do IHGB em 1858. Depois de anos sob o poder do Marquês de Olinda, ministro do Império, a cópia foi arrematada em leilão por um livreiro e doada à Biblioteca Nacional. Capistrano e Alfredo do Valle Cabral, outro importante funcionário da casa, chegaram a publicar parte do manuscrito no Diário Oficial, mas a obra integral, exceto alguns capítulos nunca encontrados, só viria à luz em 1889 nos Anais da Biblioteca Nacional.

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