O Pensamento Jornalístico Português Vol. I

Maioritariamente, os pioneiros portugueses que produziram um conhecimento autóctone sobre o jornalismo foram votados ao ostracismo, certamente não pela irrelevância do seu pensamento, mas simplesmente pelas circunstâncias históricas

, que condenaram muitas das obras que produziram às sombras e ao pó dos arquivos e bibliotecas. Só recentemente se tentou responder a perguntas de investigação como as seguintes:
1) Quais os livros sobre jornalismo publicados em Portugal, por autores portugueses, até ao 25 de Abril de 1974?
2) Quais os principais temas desses livros?
3) Como foi encarado e enquadrado teoricamente o jornalismo em Portugal? Quais as linhas de convergência e divergência que se notam na evolução do pensamento jornalístico português? O que aproxima e afasta os autores?
4) Existiu um pensamento autóctone sobre jornalismo em Portugal? Se sim, quais as suas linhas mestras?
5) Que articulação estabeleceu, se é que a estabeleceu, a produção intelectual portuguesa sobre jornalismo com as ideias e as pesquisas sobre jornalismo desenvolvidas no estrangeiro?
Com um enfoque “culturológico”, a pesquisa de que este livro dá conta, e que foi realizada com o apoio da Fundação Fernando Pessoa, Tecnologia, pretendeu, assim, contribuir para:
1) Resgatar para a memória colectiva os estudos e reflexões sobre jornalismo que foram produzidas em Portugal e por autores portugueses e editados em livro até à Revolução de 25 de Abril de 1974, recuperando a produção intelectual portuguesa pioneira sobre jornalismo;
2) Avaliar a relevância científica e filosófica dessa produção; e
3) Apurar até que ponto se pode reconhecer (ou não) a existência de conhecimento jornalístico nacional, confrontando essa produção nacional com a evolução do pensamento jornalístico ocidental no mesmo período histórico.
A ambição fundamental do projecto foi, para além da publicação deste livro, a construção de uma biblioteca on-line de acesso livre de resumos de livros sobre jornalismo publicados em Portugal até 1974, com algumas informações sobre a respectiva localização em bibliotecas e os seus autores, e de textos interpretativos sobre as obras encontradas.
Em acréscimo aos contributos teóricos ao Jornalismo resultantes deste trabalho, pensa-se que os resultados da presente pesquisa podem ser relevantes para a investigação futura em campos como a história, sociologia, comunicação política, etc. e ajudam a compreender a evolução e o momento presente do jornalismo português e da profissionalidade dos seus intérpretes: os jornalistas portugueses.
É de dizer que a arqueologia dos estudos jornalísticos portugueses se revelou um campo fértil, pois efectivamente escreveu-se bastante sobre jornalismo até à Revolução de 25 de Abril de 1974. Tendo em conta que a primeira reflexão escrita sobre o jornalismo português remonta, tanto quanto se apurou, a 1644, pode afirmar-se que os teóricos portugueses do jornalismo produzem conhecimento jornalístico desde há quase 400 anos.

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O Pensamento Jornalístico Português Vol. I

Maioritariamente, os pioneiros portugueses que produziram um conhecimento autóctone sobre o jornalismo foram votados ao ostracismo, certamente não pela irrelevância do seu pensamento, mas simplesmente pelas circunstâncias históricas, que condenaram muitas das obras que produziram às sombras e ao pó dos arquivos e bibliotecas. Só recentemente se tentou responder a perguntas de investigação como as seguintes:
1) Quais os livros sobre jornalismo publicados em Portugal, por autores portugueses, até ao 25 de Abril de 1974?
2) Quais os principais temas desses livros?
3) Como foi encarado e enquadrado teoricamente o jornalismo em Portugal? Quais as linhas de convergência e divergência que se notam na evolução do pensamento jornalístico português? O que aproxima e afasta os autores?
4) Existiu um pensamento autóctone sobre jornalismo em Portugal? Se sim, quais as suas linhas mestras?
5) Que articulação estabeleceu, se é que a estabeleceu, a produção intelectual portuguesa sobre jornalismo com as ideias e as pesquisas sobre jornalismo desenvolvidas no estrangeiro?
Com um enfoque “culturológico”, a pesquisa de que este livro dá conta, e que foi realizada com o apoio da Fundação Fernando Pessoa, Tecnologia, pretendeu, assim, contribuir para:
1) Resgatar para a memória colectiva os estudos e reflexões sobre jornalismo que foram produzidas em Portugal e por autores portugueses e editados em livro até à Revolução de 25 de Abril de 1974, recuperando a produção intelectual portuguesa pioneira sobre jornalismo;
2) Avaliar a relevância científica e filosófica dessa produção; e
3) Apurar até que ponto se pode reconhecer (ou não) a existência de conhecimento jornalístico nacional, confrontando essa produção nacional com a evolução do pensamento jornalístico ocidental no mesmo período histórico.
A ambição fundamental do projecto foi, para além da publicação deste livro, a construção de uma biblioteca on-line de acesso livre de resumos de livros sobre jornalismo publicados em Portugal até 1974, com algumas informações sobre a respectiva localização em bibliotecas e os seus autores, e de textos interpretativos sobre as obras encontradas.
Em acréscimo aos contributos teóricos ao Jornalismo resultantes deste trabalho, pensa-se que os resultados da presente pesquisa podem ser relevantes para a investigação futura em campos como a história, sociologia, comunicação política, etc. e ajudam a compreender a evolução e o momento presente do jornalismo português e da profissionalidade dos seus intérpretes: os jornalistas portugueses.
É de dizer que a arqueologia dos estudos jornalísticos portugueses se revelou um campo fértil, pois efectivamente escreveu-se bastante sobre jornalismo até à Revolução de 25 de Abril de 1974. Tendo em conta que a primeira reflexão escrita sobre o jornalismo português remonta, tanto quanto se apurou, a 1644, pode afirmar-se que os teóricos portugueses do jornalismo produzem conhecimento jornalístico desde há quase 400 anos.

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