História Do Movimento Anarquista No Brasil

Com 8.511.965 km² e uma população de cerca de 160 milhões de habitantes, "encontrado pelos navegadores portugueses em 1500", colonizado à força de chicotadas e da decepação de pares de orelhas com as mãos dos capitães do mato"

, cresceu pela força do trabalho escravo, como os demais países "descobertos" por espanhóis, italianos, holandeses, franceses, ingleses e outros.
A questão social começou quando uns poucos figurões alugaram e compraram braços humanos para desbravar a terra, abrir estradas, construir pontes, moradias, carruagens e tudo o mais capaz de proporcionar uma vida confortável aos comandantes da miséria e do progresso do Brasil.
Nos quase 500 anos de história aconteceu de tudo um pouco: compra e venda de gente como nós nos leilões em praça pública, uso de escravos novos para reproduzir filhos (mão de obra com pouco custo e nenhum risco) com escravas sadias, trabalho pela comida, trapaças para tomar terras férteis aos nativos, prisões, espancamentos a gosto dos patrões e tudo o mais que o cérebro humano é capaz de imaginar para dominar seus semelhantes. E eram todos boas almas tementes a Deus...
A opressão seguiu-se às fugas e à formação dos quilombos, o mais importante foi instalado em Palmares (1602-1695), resistiu quase um século, teve 20 mil habitantes vivendo em comunidade sem leis nem amos. Zumbi e seus companheiros anteciparam-se a Tiradentes dois séculos tentando formar uma nação dentro do Brasil.
Independente em 1822, no grito do português Pedro I (4º de Portugal), o Brasil foi palco de muitas fugas e revoltas populares: a Setembrada e a Novembrada (1831); Levante de Ouro Preto (1833); a Sabinada (1837); a Balaiada (1838); a Cabanagem (18351840); a Guerra dos Farrapos (18351845); a Revolução Liberal (1842); a Revolução Praieira e a Proclamação da República em 1889. Pouco antes (13 de maio de 1888) havia sido promulgada a Lei Áurea acabando com a prática de comprar e vender gente.
A rebeldia iniciada na contramão pretendia mudar a prática patronal, surrada, vergonhosa, anti-humana!
Do velho mundo chegavam as idéias revolucionárias de navio, em livros publicados na Europa. Entravam pelos portos do Rio de Janeiro, de Santos, atravessavam as fronteiras invadindo o Brasil um pouco na cabeça de cada imigrante que vinha em busca de liberdade e de terra fértil para semear o anarquismo.
Nas duas últimas décadas do século 19 alguns jovens brasileiros foram estudar na França e em Portugal e lá souberam das idéias libertárias. Outros estudaram no Brasil mesmo e encontraram livros de Kropotkine nas livrarias e na leitura respostas para suas inquietações.

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Com 8.511.965 km² e uma população de cerca de 160 milhões de habitantes, “encontrado pelos navegadores portugueses em 1500″, colonizado à força de chicotadas e da decepação de pares de orelhas com as mãos dos capitães do mato”, cresceu pela força do trabalho escravo, como os demais países “descobertos” por espanhóis, italianos, holandeses, franceses, ingleses e outros.
A questão social começou quando uns poucos figurões alugaram e compraram braços humanos para desbravar a terra, abrir estradas, construir pontes, moradias, carruagens e tudo o mais capaz de proporcionar uma vida confortável aos comandantes da miséria e do progresso do Brasil.
Nos quase 500 anos de história aconteceu de tudo um pouco: compra e venda de gente como nós nos leilões em praça pública, uso de escravos novos para reproduzir filhos (mão de obra com pouco custo e nenhum risco) com escravas sadias, trabalho pela comida, trapaças para tomar terras férteis aos nativos, prisões, espancamentos a gosto dos patrões e tudo o mais que o cérebro humano é capaz de imaginar para dominar seus semelhantes. E eram todos boas almas tementes a Deus…
A opressão seguiu-se às fugas e à formação dos quilombos, o mais importante foi instalado em Palmares (1602-1695), resistiu quase um século, teve 20 mil habitantes vivendo em comunidade sem leis nem amos. Zumbi e seus companheiros anteciparam-se a Tiradentes dois séculos tentando formar uma nação dentro do Brasil.
Independente em 1822, no grito do português Pedro I (4º de Portugal), o Brasil foi palco de muitas fugas e revoltas populares: a Setembrada e a Novembrada (1831); Levante de Ouro Preto (1833); a Sabinada (1837); a Balaiada (1838); a Cabanagem (18351840); a Guerra dos Farrapos (18351845); a Revolução Liberal (1842); a Revolução Praieira e a Proclamação da República em 1889. Pouco antes (13 de maio de 1888) havia sido promulgada a Lei Áurea acabando com a prática de comprar e vender gente.
A rebeldia iniciada na contramão pretendia mudar a prática patronal, surrada, vergonhosa, anti-humana!
Do velho mundo chegavam as idéias revolucionárias de navio, em livros publicados na Europa. Entravam pelos portos do Rio de Janeiro, de Santos, atravessavam as fronteiras invadindo o Brasil um pouco na cabeça de cada imigrante que vinha em busca de liberdade e de terra fértil para semear o anarquismo.
Nas duas últimas décadas do século 19 alguns jovens brasileiros foram estudar na França e em Portugal e lá souberam das idéias libertárias. Outros estudaram no Brasil mesmo e encontraram livros de Kropotkine nas livrarias e na leitura respostas para suas inquietações.

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