Matemática Divertida E Curiosa

O presente volume contém exclusivamente recreações e curiosidades relativas à Matemática Elementar. Não foram, portanto, incluídos nesta obra as variedades e os problemas que envolvessem números transcendentes, funções algébricas, logaritmos,

expressões imaginárias, curvas trigonométricas, geometrias não euclidianas, funções moduladas etc.
Achamos que seria mais interessante não dividir a matéria que constitui este livro em partes distintas segundo a natureza dos assuntos — Aritmética, Álgebra, Geometria etc. Assim, os leitores encontrarão entrelaçados — sem que tal disposição obedeça a lei alguma — problemas numéricos, anedotas, sofismas, contos, frases célebres etc.
Abolimos por completo as demonstrações algébricas complicadas e as questões que exigissem cálculos numéricos trabalhosos. Certos capítulos da Matemática são aqui abordados de modo elementar e intuitivo; não teriam mesmo cabimento, em um livro desta natureza, estudos desenvolvidos sobre os quadrados mágicos, sobre os números amigos ou sobre a divisão áurea.
Os professores de Matemática — salvo raras exceções — têm, em geral, acentuada tendência para o algebrismo árido e enfadonho. Em vez de problemas práticos, interessantes e simples, exigem sistematicamente de seus alunos verdadeiras charadas, cujo sentido o estudante não chega a penetrar. É bastante conhecida a frase do geômetra famoso que, depois de uma aula na Escola Politécnica, exclamou radiante: “Hoje, sim, estou satisfeito! Dei uma aula e ninguém entendeu!”
O maior inimigo da Matemática é, sem dúvida, o algebrista — que outra coisa não faz senão semear no espírito dos jovens essa injustificada aversão ao estudo da ciência mais simples, mais bela e mais útil. Lucraria a cultura geral do povo se os estudantes, plagiando a célebre exigência de Platão, escrevessem nas portas de suas escolas: “Não nos venha lecionar quem for algebrista.”
Essa exigência, porém, não devia ser... platônica!

Conta-nos Rebière que o czar Ivan IV, apelidado o Terrível, propôs, certa vez, um problema a um geômetra de sua corte. Tratava-se de determinar quantos tijolos seriam necessários à construção de um edifício regular, cujas dimensões eram indicadas. A resposta foi rápida e a construção feita veio, mais tarde, demonstrar a exatidão dos cálculos. Ivan, impressionado com esse fato, mandou queimar o matemático, persuadido de que, assim procedendo, livrava o povo russo de um feiticeiro perigoso.

 

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O presente volume contém exclusivamente recreações e curiosidades relativas à Matemática Elementar. Não foram, portanto, incluídos nesta obra as variedades e os problemas que envolvessem números transcendentes, funções algébricas, logaritmos, expressões imaginárias, curvas trigonométricas, geometrias não euclidianas, funções moduladas etc.
Achamos que seria mais interessante não dividir a matéria que constitui este livro em partes distintas segundo a natureza dos assuntos — Aritmética, Álgebra, Geometria etc. Assim, os leitores encontrarão entrelaçados — sem que tal disposição obedeça a lei alguma — problemas numéricos, anedotas, sofismas, contos, frases célebres etc.
Abolimos por completo as demonstrações algébricas complicadas e as questões que exigissem cálculos numéricos trabalhosos. Certos capítulos da Matemática são aqui abordados de modo elementar e intuitivo; não teriam mesmo cabimento, em um livro desta natureza, estudos desenvolvidos sobre os quadrados mágicos, sobre os números amigos ou sobre a divisão áurea.
Os professores de Matemática — salvo raras exceções — têm, em geral, acentuada tendência para o algebrismo árido e enfadonho. Em vez de problemas práticos, interessantes e simples, exigem sistematicamente de seus alunos verdadeiras charadas, cujo sentido o estudante não chega a penetrar. É bastante conhecida a frase do geômetra famoso que, depois de uma aula na Escola Politécnica, exclamou radiante: “Hoje, sim, estou satisfeito! Dei uma aula e ninguém entendeu!”
O maior inimigo da Matemática é, sem dúvida, o algebrista — que outra coisa não faz senão semear no espírito dos jovens essa injustificada aversão ao estudo da ciência mais simples, mais bela e mais útil. Lucraria a cultura geral do povo se os estudantes, plagiando a célebre exigência de Platão, escrevessem nas portas de suas escolas: “Não nos venha lecionar quem for algebrista.”
Essa exigência, porém, não devia ser… platônica!

Conta-nos Rebière que o czar Ivan IV, apelidado o Terrível, propôs, certa vez, um problema a um geômetra de sua corte. Tratava-se de determinar quantos tijolos seriam necessários à construção de um edifício regular, cujas dimensões eram indicadas. A resposta foi rápida e a construção feita veio, mais tarde, demonstrar a exatidão dos cálculos. Ivan, impressionado com esse fato, mandou queimar o matemático, persuadido de que, assim procedendo, livrava o povo russo de um feiticeiro perigoso.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-lua-cheia-borda-alca-colorida/

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