O Estado Na Sociedade Capitalista

Mais do que em qualquer época anterior, os homens vivem hoje à sombra do Estado. Aquilo que eles pretendem obter, individualmente  ou em grupos, depende agora fundamentalmente da sanção e do apoio do Estado.
Uma vez, porém, que tal sanção e apoio não são aplicados indiscriminadamente, devem buscar influenciar e dar forma ao poder e ao objetivo do Estado, de maneira cada vez mais direta, ou tentar apropriá-los em conjunto.
Os homens competem pela atenção do Estado ou pelo controle do mesmo e é contra o Estado que batem as ondas do conflito social. É ao Estado que os homens encontram, em escala cada vez maior, quando enfrentam outros homens.
Eis por que, como seres sociais, eles são também seres políticos, quer saibam ou não. É impossível não estar interessado naquilo que o Estado faz, mas não é possível deixar de ser afetado por isso. Tal problema adquiriu na época atual uma dimensão nova e definitiva: se grandes extensões do planeta forem transformadas em desertos por uma guerra nuclear, isso se deverá ao fato de que os homens, agindo em nome de seu Estado e investidos do poder deste, assim terão decidido ou calculado mal.
No entanto, muito embora a vasta inflação do poder e da atividade do Estado nas sociedades capitalistas avançadas de que trata este livro se tenha transformado num dos lugares comuns da análise política, o incrível paradoxo consiste em que o próprio Estado como objeto de estudo político há muito tempo está fora de moda.
Um volume considerável de trabalho tem sido realizado nestas últimas décadas em torno de governo e administração pública, elites e burocracia, partidos e comportamento eleitoral, autoridade política e as condições da estabilidade política, mobilização política e cultura política, e uma grande parte disso trata naturalmente da natureza e do papel do Estado, ou aborda tal assunto.
Mas como instituição, tem recebido nos últimos tempos muito menos atenção do que sua importância merece. No início da década de 50 um eminente cientista político norte-americano escreveu que “nem o Estado nem o poder constituem um conceito que sirva para reunir a investigação política”.

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Mais do que em qualquer época anterior, os homens vivem hoje à sombra do Estado. Aquilo que eles pretendem obter, individualmente  ou em grupos, depende agora fundamentalmente da sanção e do apoio do Estado.
Uma vez, porém, que tal sanção e apoio não são aplicados indiscriminadamente, devem buscar influenciar e dar forma ao poder e ao objetivo do Estado, de maneira cada vez mais direta, ou tentar apropriá-los em conjunto.
Os homens competem pela atenção do Estado ou pelo controle do mesmo e é contra o Estado que batem as ondas do conflito social. É ao Estado que os homens encontram, em escala cada vez maior, quando enfrentam outros homens.
Eis por que, como seres sociais, eles são também seres políticos, quer saibam ou não. É impossível não estar interessado naquilo que o Estado faz, mas não é possível deixar de ser afetado por isso. Tal problema adquiriu na época atual uma dimensão nova e definitiva: se grandes extensões do planeta forem transformadas em desertos por uma guerra nuclear, isso se deverá ao fato de que os homens, agindo em nome de seu Estado e investidos do poder deste, assim terão decidido ou calculado mal.
No entanto, muito embora a vasta inflação do poder e da atividade do Estado nas sociedades capitalistas avançadas de que trata este livro se tenha transformado num dos lugares comuns da análise política, o incrível paradoxo consiste em que o próprio Estado como objeto de estudo político há muito tempo está fora de moda.
Um volume considerável de trabalho tem sido realizado nestas últimas décadas em torno de governo e administração pública, elites e burocracia, partidos e comportamento eleitoral, autoridade política e as condições da estabilidade política, mobilização política e cultura política, e uma grande parte disso trata naturalmente da natureza e do papel do Estado, ou aborda tal assunto.
Mas como instituição, tem recebido nos últimos tempos muito menos atenção do que sua importância merece. No início da década de 50 um eminente cientista político norte-americano escreveu que “nem o Estado nem o poder constituem um conceito que sirva para reunir a investigação política”.

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