Gênero, Educação E Sociologia

O encontro entre os Estudos de Gênero e a Educação Pública ganhou destaque no Brasil a partir das disputas políticas em torno do currículo legítimo a ser trabalhado nas escolas.

Este livro parte da perspectiva de que é politicamente necessário e educativamente legítimo trabalhar Gênero e Sexualidade nas escolas. Baseado na pesquisa de conclusão de Licenciatura em Ciências Sociais e na atuação docente da autora como professora de Sociologia em uma escola da Rede Básica de Ensino de Santa Catarina, aborda as relações de gênero, sexualidades e violências juntamente com a prática docente e as representações de gênero estudantis percebidas no processo educativo. Ao final, elabora-se uma proposta didática sobre essas temáticas cuja finalidade é servir de material de pesquisa para os(as) professores(as) que compartilham do interesse e da prática política-educativa de se trabalhar os Estudos de Gênero nas escolas.

Ao longo dos anos em que estudei Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aprendi que nossos trabalhos acadêmicos e projetos de pesquisa têm sempre ligação com nossa trajetória de vida, com quem nós somos. Tendo isso em consideração, peço licença para, nesta introdução, utilizar a primeira pessoa do singular1. Assim, tento (re)inventar um início possível para este Trabalho de Conclusão de Licenciatura (TCL) e retomo, com meus olhos presentes, minha trajetória até aqui.
Eu não poderia omitir a grande importância que os temas ligados aos Estudos de Gênero tiveram na minha vida e meu grande interesse pessoal em levá-los às salas de aula. Sendo assim, preciso dizer que este trabalho talvez não existisse se eu não fosse uma das três filhas de uma mãe divorciada no início da década de 1990 em uma pequena cidade brasileira. Tampouco se eu não tivesse sido criada por essa mãe em uma casa com apenas mulheres e onde as questões de gênero e sexualidade eram tensionadas, problematizadas e dialogadas desde minhas primeiras lembranças. Éramos mais do que uma família, minha mãe me dizia, éramos uma comunidade. Tendo minha mãe, Viviani, como exemplo, cresci acreditando que uma mulher (assim como um homem) poderia, ainda que não fosse nada fácil, questionar os limites e caminhos “generificados” socialmente disponíveis e lutar para a emergência de outros caminhos, menos limitantes e mais libertadores.

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O encontro entre os Estudos de Gênero e a Educação Pública ganhou destaque no Brasil a partir das disputas políticas em torno do currículo legítimo a ser trabalhado nas escolas. Este livro parte da perspectiva de que é politicamente necessário e educativamente legítimo trabalhar Gênero e Sexualidade nas escolas. Baseado na pesquisa de conclusão de Licenciatura em Ciências Sociais e na atuação docente da autora como professora de Sociologia em uma escola da Rede Básica de Ensino de Santa Catarina, aborda as relações de gênero, sexualidades e violências juntamente com a prática docente e as representações de gênero estudantis percebidas no processo educativo. Ao final, elabora-se uma proposta didática sobre essas temáticas cuja finalidade é servir de material de pesquisa para os(as) professores(as) que compartilham do interesse e da prática política-educativa de se trabalhar os Estudos de Gênero nas escolas.

Ao longo dos anos em que estudei Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aprendi que nossos trabalhos acadêmicos e projetos de pesquisa têm sempre ligação com nossa trajetória de vida, com quem nós somos. Tendo isso em consideração, peço licença para, nesta introdução, utilizar a primeira pessoa do singular1. Assim, tento (re)inventar um início possível para este Trabalho de Conclusão de Licenciatura (TCL) e retomo, com meus olhos presentes, minha trajetória até aqui.
Eu não poderia omitir a grande importância que os temas ligados aos Estudos de Gênero tiveram na minha vida e meu grande interesse pessoal em levá-los às salas de aula. Sendo assim, preciso dizer que este trabalho talvez não existisse se eu não fosse uma das três filhas de uma mãe divorciada no início da década de 1990 em uma pequena cidade brasileira. Tampouco se eu não tivesse sido criada por essa mãe em uma casa com apenas mulheres e onde as questões de gênero e sexualidade eram tensionadas, problematizadas e dialogadas desde minhas primeiras lembranças. Éramos mais do que uma família, minha mãe me dizia, éramos uma comunidade. Tendo minha mãe, Viviani, como exemplo, cresci acreditando que uma mulher (assim como um homem) poderia, ainda que não fosse nada fácil, questionar os limites e caminhos “generificados” socialmente disponíveis e lutar para a emergência de outros caminhos, menos limitantes e mais libertadores.

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