Os Ensaios

O texto de Os ensaios aqui traduzido é o da edição póstuma de 1595, a mesma que serviu de base para a edição publicada em 2007 pela editora Gallimard na coleção Pléiade. Não existe uma edição definitiva da obra de Montaigne.


A importância e o caráter dos acréscimos que ele foi incorporando ao texto, desde que escreveu o primeiro ensaio, por volta de 1571, até morrer, em 1592, mostram que seu projeto não parou de evoluir e se adensar ao fio das edições. A primeira, de 1580, traz apenas os livros I e II.
Dela já consta um dos mais famosos ensaios da obra, “Sobre os canibais”, que reconstitui o encontro de Montaigne com três índios brasileiros tupinambás, em Rouen, em outubro de 1562. Em 1588 sai a quinta edição, trazendo o Livro III, cerca de quinhentas novas citações e outras tantas adições e modificações.
É a última edição publicada com o autor em vida. Um dos exemplares dessa edição de 1588, copiosamente anotado por Montaigne, está conservado na Biblioteca Municipal de Bordeaux: é o Exemplar de Bordeaux. Outro, com as últimas intervenções de Montaigne e guardado pela família, serviu de base à edição de 1595, organizada por Marie de Gournay, a jovem literata e admiradora de Montaigne, que a considerava uma filha adotiva.
O trabalho minucioso de Gournay consistiu em fazer alterações de grafia e incorporar centenas de correções e acréscimos feitos nas margens e entrelinhas pelo autor. A edição de 1595 conheceu sucesso imediato e serviu para várias outras edições, algumas clandestinas, outras expurgadas, durante pelo menos dois séculos, pois só no início do século XIX publicou-se o texto conforme o Exemplar de Bordeaux.
Foi a edição póstuma que leram os contemporâneos de Montaigne, assim como Pascal, Voltaire, Rousseau, e tantos outros intelectuais que contribuíram para difundir o monumento literário de Montaigne. Marie de Gournay também fez inúmeras anotações ao texto, tendo rastreado e traduzido as fontes das citações. Desde então, os especialistas sucessivos acrescentaram notas próprias às das edições anteriores.

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Dela já consta um dos mais famosos ensaios da obra, “Sobre os canibais”, que reconstitui o encontro de Montaigne com três índios brasileiros tupinambás, em Rouen, em outubro de 1562. Em 1588 sai a quinta edição, trazendo o Livro III, cerca de quinhentas novas citações e outras tantas adições e modificações.
É a última edição publicada com o autor em vida. Um dos exemplares dessa edição de 1588, copiosamente anotado por Montaigne, está conservado na Biblioteca Municipal de Bordeaux: é o Exemplar de Bordeaux. Outro, com as últimas intervenções de Montaigne e guardado pela família, serviu de base à edição de 1595, organizada por Marie de Gournay, a jovem literata e admiradora de Montaigne, que a considerava uma filha adotiva.
O trabalho minucioso de Gournay consistiu em fazer alterações de grafia e incorporar centenas de correções e acréscimos feitos nas margens e entrelinhas pelo autor. A edição de 1595 conheceu sucesso imediato e serviu para várias outras edições, algumas clandestinas, outras expurgadas, durante pelo menos dois séculos, pois só no início do século XIX publicou-se o texto conforme o Exemplar de Bordeaux.
Foi a edição póstuma que leram os contemporâneos de Montaigne, assim como Pascal, Voltaire, Rousseau, e tantos outros intelectuais que contribuíram para difundir o monumento literário de Montaigne. Marie de Gournay também fez inúmeras anotações ao texto, tendo rastreado e traduzido as fontes das citações. Desde então, os especialistas sucessivos acrescentaram notas próprias às das edições anteriores.

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