Avaliação E Sociedade: A Negociação Como Caminho

Paulo Freire, na Pedagogia da Autonomia, reconhece que não há diferença entre ingenuidade e criticidade, mas uma superação. O fazer da experiência, que provoca a curiosidade ingênua que, continuando sendo curiosidade, se metodiza e criticiza, tornando-se uma curiosidade epis­temológica.

A curiosidade, ingênua e epistemológica, são leitos férteis para educar, conforme palavras de Freire. Nesse ambiente de curiosidade, ora ingênua, ora epistemológica, um conceito, pouco a pouco, foi tomando espaço nas mentes e corações de pessoas interessadas e preocupadas com os passos da educação, formação, desenvolvimento social no Brasil. Trata-se do conceito Avaliação.
Foi em 2002 que essa curiosidade mais intensamente incomodou algumas pessoas, e com o objetivo de aprofundar os aspectos conceituais sobre a avaliação é que foi criado o "Grupo de Avaliação", que integra a linha de pesquisa Políticas e Gestão da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Nesse momento, avaliação, para o grupo formado, passou a ser um meio de cura, a phronesis, o saber que visa o equilíbrio.
Aprofundar conceitos sobre o tema significou primeiramente des­mistificar a ideia corrente, no senso comum, de que a avaliação se restringe apenas aos aspectos da aprendizagem, assim ampliando a discussão para a avaliação educacional no seu sentido lato.
A concepção do Grupo de Avaliação ocorre na compreensão da importância da avaliação para as diversas áreas da atividade humana, cujas contribuições incluem a aferição, o diagnóstico, o controle e a tomada de decisão de maneira negociada com vistas a produzir mudanças efetivas, melhorias de processos em organizações em geral e marcadamente nas organizações educacionais. Seus princípios norteadores podem ser assim descritos: a troca de experiências entre os participantes, que propicia o enriquecimento individual e coletivo; a formação de uma rede de conhecimentos; o entendimento da avaliação como um conceito amplo que envolve não somente a avaliação educacional; criação e uso das estratégias participativas de avaliação; a produção como forma de disseminar o debate no campo da avaliação; a autonomia do grupo e a colaboração no desenvolvimento dos produtos; reflexão sobre os trabalhos realizados.

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Paulo Freire, na Pedagogia da Autonomia, reconhece que não há diferença entre ingenuidade e criticidade, mas uma superação. O fazer da experiência, que provoca a curiosidade ingênua que, continuando sendo curiosidade, se metodiza e criticiza, tornando-se uma curiosidade epis­temológica. A curiosidade, ingênua e epistemológica, são leitos férteis para educar, conforme palavras de Freire. Nesse ambiente de curiosidade, ora ingênua, ora epistemológica, um conceito, pouco a pouco, foi tomando espaço nas mentes e corações de pessoas interessadas e preocupadas com os passos da educação, formação, desenvolvimento social no Brasil. Trata-se do conceito Avaliação.
Foi em 2002 que essa curiosidade mais intensamente incomodou algumas pessoas, e com o objetivo de aprofundar os aspectos conceituais sobre a avaliação é que foi criado o “Grupo de Avaliação”, que integra a linha de pesquisa Políticas e Gestão da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Nesse momento, avaliação, para o grupo formado, passou a ser um meio de cura, a phronesis, o saber que visa o equilíbrio.
Aprofundar conceitos sobre o tema significou primeiramente des­mistificar a ideia corrente, no senso comum, de que a avaliação se restringe apenas aos aspectos da aprendizagem, assim ampliando a discussão para a avaliação educacional no seu sentido lato.
A concepção do Grupo de Avaliação ocorre na compreensão da importância da avaliação para as diversas áreas da atividade humana, cujas contribuições incluem a aferição, o diagnóstico, o controle e a tomada de decisão de maneira negociada com vistas a produzir mudanças efetivas, melhorias de processos em organizações em geral e marcadamente nas organizações educacionais. Seus princípios norteadores podem ser assim descritos: a troca de experiências entre os participantes, que propicia o enriquecimento individual e coletivo; a formação de uma rede de conhecimentos; o entendimento da avaliação como um conceito amplo que envolve não somente a avaliação educacional; criação e uso das estratégias participativas de avaliação; a produção como forma de disseminar o debate no campo da avaliação; a autonomia do grupo e a colaboração no desenvolvimento dos produtos; reflexão sobre os trabalhos realizados.

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