Diário Das Coincidências

Todo mundo tem uma coincidência para contar. Seja uma pequena troca de olhares entre desconhecidos que se reconhecem de passagem ou um nome que teima em aparecer no seu caminho. Este livro é permeado por esses tipos de coincidências.

As histórias, vividas por um personagem que, por vezes, confunde-se com o próprio autor, vão sendo contadas em meio a pequenos momentos carregados de significado.
Com delicadeza e maestria, Diário das coincidências tece uma trama de pequenas histórias, em que o leitor, ao puxar um fio, vai descobrindo conexões e desvendando a beleza do dia a dia. Este breve diário expõe a leveza do destino e concede uma chave de leitura para o inexplicável cotidiano.

Uma noite, durante o mês que passou no programa de escritores residentes no Château de Lavigny, ele se lembrou de umas histórias que vivera e cujos pontos extremos — o início e o fim — eram conectados por uma estranha (ou seria perfeita?) combinatória de fatos. Anotou a sinopse delas num caderno, com o intuito de desenvolvê-las no futuro.
Mas os anos se passaram, outros projetos subiram à sua mesa, e a ideia de escrevê-las ficou à sombra.
Nesse interregno, nas duas vezes em que mudou de residência, o caderno reapareceu em meio a outros objetos. Releu suas anotações e acrescentou a elas outros episódios dos quais havia se esquecido, ou que vivera recentemente. Em ambas as ocasiões, pressentiu que aquelas aparições obedeciam a uma mesma lógica, como se fosse um teste para conferir se ele estava apto a enfrentar a tarefa.
Meses atrás, organizando seus livros nas estantes, ele se deparou novamente com o caderno. Abriu-o, escolheu uma das histórias e a escreveu no mesmo dia. No dia seguinte, outra. E, depois, mais uma. E outra, em seguida. Assim, em três semanas, ele as moveu, todas, do emaranhado de suas lembranças para estas páginas.
Por que um fato jaz tanto tempo na memória, à espera de algo que o desperte e lhe dê uma segunda vida através das palavras?
Ele ignora a resposta, e se há algum ganho em obtê-la. Mas, ao escrever por último este texto de abertura, tem certeza de que se tornou a linha de sutura de dois extremos: a ponta da faca e a ferida que ela abriu.

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Com delicadeza e maestria, Diário das coincidências tece uma trama de pequenas histórias, em que o leitor, ao puxar um fio, vai descobrindo conexões e desvendando a beleza do dia a dia. Este breve diário expõe a leveza do destino e concede uma chave de leitura para o inexplicável cotidiano.

Uma noite, durante o mês que passou no programa de escritores residentes no Château de Lavigny, ele se lembrou de umas histórias que vivera e cujos pontos extremos — o início e o fim — eram conectados por uma estranha (ou seria perfeita?) combinatória de fatos. Anotou a sinopse delas num caderno, com o intuito de desenvolvê-las no futuro.
Mas os anos se passaram, outros projetos subiram à sua mesa, e a ideia de escrevê-las ficou à sombra.
Nesse interregno, nas duas vezes em que mudou de residência, o caderno reapareceu em meio a outros objetos. Releu suas anotações e acrescentou a elas outros episódios dos quais havia se esquecido, ou que vivera recentemente. Em ambas as ocasiões, pressentiu que aquelas aparições obedeciam a uma mesma lógica, como se fosse um teste para conferir se ele estava apto a enfrentar a tarefa.
Meses atrás, organizando seus livros nas estantes, ele se deparou novamente com o caderno. Abriu-o, escolheu uma das histórias e a escreveu no mesmo dia. No dia seguinte, outra. E, depois, mais uma. E outra, em seguida. Assim, em três semanas, ele as moveu, todas, do emaranhado de suas lembranças para estas páginas.
Por que um fato jaz tanto tempo na memória, à espera de algo que o desperte e lhe dê uma segunda vida através das palavras?
Ele ignora a resposta, e se há algum ganho em obtê-la. Mas, ao escrever por último este texto de abertura, tem certeza de que se tornou a linha de sutura de dois extremos: a ponta da faca e a ferida que ela abriu.

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