Dietário (1582-1815) Do Mosteiro De São Bento Da Bahia

Um transeunte que cruza a Avenida Sete de Setembro, no centro da Cidade do Salvador, talvez não imagine que os muros seculares da quatrocentenária Arquiabadia de São Sebastião da Bahia, tradicionalmente conhecido como Mosteiro de São Bento, guarde muito mais do que um patrimônio material de valor incalculável.


A grande riqueza do velho Mosteiro está na sua renovação contínua e na vida que transita dentro de seus muros seculares. Seu maior patrimônio, portanto, são seus monges.
Não é fácil, para um leitor que tem à mão a Regra de São Bento, imaginar que aquele texto é vivido, ininterruptamente, ao longo de mais de 1500 anos. Não é fácil compreender como os ensinamentos de um romano do século VI possam influenciar grupos de homens e mulheres do século XXI e fazer com que muitos deles larguem tudo, até mesmo uma parte de suas histórias, para viver uma existência baseada na oração, na humildade, no despojamento, na obediência, em busca de um Tesouro que supera todo tesouro: Jesus Cristo. Aquele a quem se procura é o eterno encontrado. E aquele que O encontrou, ganhou toda a sua vida.
É nesse espírito de busca e de encontro que devemos entender a vida e as obras daqueles que tudo deixaram por amor a Cristo. É nessa busca da contemplação, do já e do ainda não, que penetraremos num oceano de existência, muito além de um simples viver.
O jovem que ingressa num mosteiro pouco sabe sobre a vida que ali vai encontrar. Mas ele sente que lá está o que busca, mesmo sem o conhecimento pleno do Espírito que o chama para a vida monástica. Vivendo anos de uma experiência que se dá pela recepção da experiência dos mais velhos, ele descobre não apenas o modus vivendi monástico, mas percebe que esse modo de vida pode lhe fazer alcançar mais facilmente o que busca no fundo do seu coração.
É exatamente esse dom de viver que encontramos no Dietário dos Monges do Arquicenóbio da Bahia. Nada ali é por acaso. Tudo nos remete a uma experiência de homens que viveram profundamente o seu tempo, ao tempo que saborearam o Verbo da Vida. Ali estavam homens que não quiseram ver a vida passar, mas participaram intensamente de cada segundo dado pelo Senhor, como tempo propício de preparação para o grande encontro.
O trabalho eficiente de Dom Gregório Paixão, monge de nosso Mosteiro, da Professora Dra. Alícia Duhá Lose, Coordenadora de nossa Faculdade São Bento, e das alunas Anna Paula Sandes e Gérsica Sanches, torna essa obra um documento magistral para a posteridade, porque não apenas leram e escreveram sobre uma história do passado, mas têm a oportunidade de viver, diariamente, a história de outros monges, estes ainda vivos, que desejam construir uma história de vida e de santidade, certos de que perseverantes são aqueles que experimentarem o sono reparador dos que partiram, até o momento propício da ressurreição.

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Um transeunte que cruza a Avenida Sete de Setembro, no centro da Cidade do Salvador, talvez não imagine que os muros seculares da quatrocentenária Arquiabadia de São Sebastião da Bahia, tradicionalmente conhecido como Mosteiro de São Bento, guarde muito mais do que um patrimônio material de valor incalculável.
A grande riqueza do velho Mosteiro está na sua renovação contínua e na vida que transita dentro de seus muros seculares. Seu maior patrimônio, portanto, são seus monges.
Não é fácil, para um leitor que tem à mão a Regra de São Bento, imaginar que aquele texto é vivido, ininterruptamente, ao longo de mais de 1500 anos. Não é fácil compreender como os ensinamentos de um romano do século VI possam influenciar grupos de homens e mulheres do século XXI e fazer com que muitos deles larguem tudo, até mesmo uma parte de suas histórias, para viver uma existência baseada na oração, na humildade, no despojamento, na obediência, em busca de um Tesouro que supera todo tesouro: Jesus Cristo. Aquele a quem se procura é o eterno encontrado. E aquele que O encontrou, ganhou toda a sua vida.
É nesse espírito de busca e de encontro que devemos entender a vida e as obras daqueles que tudo deixaram por amor a Cristo. É nessa busca da contemplação, do já e do ainda não, que penetraremos num oceano de existência, muito além de um simples viver.
O jovem que ingressa num mosteiro pouco sabe sobre a vida que ali vai encontrar. Mas ele sente que lá está o que busca, mesmo sem o conhecimento pleno do Espírito que o chama para a vida monástica. Vivendo anos de uma experiência que se dá pela recepção da experiência dos mais velhos, ele descobre não apenas o modus vivendi monástico, mas percebe que esse modo de vida pode lhe fazer alcançar mais facilmente o que busca no fundo do seu coração.
É exatamente esse dom de viver que encontramos no Dietário dos Monges do Arquicenóbio da Bahia. Nada ali é por acaso. Tudo nos remete a uma experiência de homens que viveram profundamente o seu tempo, ao tempo que saborearam o Verbo da Vida. Ali estavam homens que não quiseram ver a vida passar, mas participaram intensamente de cada segundo dado pelo Senhor, como tempo propício de preparação para o grande encontro.
O trabalho eficiente de Dom Gregório Paixão, monge de nosso Mosteiro, da Professora Dra. Alícia Duhá Lose, Coordenadora de nossa Faculdade São Bento, e das alunas Anna Paula Sandes e Gérsica Sanches, torna essa obra um documento magistral para a posteridade, porque não apenas leram e escreveram sobre uma história do passado, mas têm a oportunidade de viver, diariamente, a história de outros monges, estes ainda vivos, que desejam construir uma história de vida e de santidade, certos de que perseverantes são aqueles que experimentarem o sono reparador dos que partiram, até o momento propício da ressurreição.

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