Bartleby E Companhia

O narrador de Bartleby e companhia se intitula um Bartleby e daí justifica seu interesse por esses seres.
Bartlebys, segundo o narrador, são aqueles seres nos quais habitam uma profunda negação do mundo.


Seu nome é emprestado do escrevente, o copista do conto de Melville, Bartleby, o escriturário – Uma história de Wall Street. O Bartleby de Melville é um ser completamente apático e alheio ao mundo que o cerca. Jamais foi visto lendo, escrevendo e permanece por inúmeras horas parado diante de uma parede pálida da Wall Street.
O Bartleby de Melville parece nunca ter tomado uma cerveja, nem um café ou chá entre amigos. Vive o tempo todo no escritório, inclusive, certo dia, seu patrão descobre que Bartleby faz do local de trabalho a sua própria residência. Quando é encarregado de realizar qualquer tarefa, costuma responder da seguinte forma: “Prefiro não o fazer”.
O narrador de Bartleby e companhia é um estudioso desse mal endêmico que aflige as letras contemporâneas, fazendo com que centenas de criadores nunca cheguem a escrever nada, ou então escrevam um ou dois livros e a seguir, de um momento para outro, fiquem literalmente paralisados para sempre. Nesse rastreamento por Bartlebys da literatura, ele encontra centenas desses escritores do Não, dentre os quais Hoffman, Walser, Rimbaud, Juan Rulfo, Musil, Chamford, Salinger, Valéry, entre tantos outros.
O narrador se apresenta como um homem absolutamente solitário, sem nenhuma sorte com as mulheres, e que, além de ter que carregar uma penosa corcunda, trabalha em um escritório horroroso. Ele conta que o seu interesse por Bartlebys nasceu de um feliz episódio. Diz que certa vez, no escritório em que trabalhava, ouviu a secretária dizer a alguém por telefone que o senhor Bartleby, o chefe, estava em reunião. Claro que o narrador enganou seus ouvidos, mas o fato é que a partir desse instante decidiu rastrear os Bartlebys da literatura e também a escritura. Decidiu fazer uma espécie de diário que é, ao mesmo tempo, um caderno de notas de rodapé comentando um texto invisível (nem por isso inexistente) sobre os escritores atingidos pelo Mal, por essa pulsão negativa que os tornam escritores do Não.

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Seu nome é emprestado do escrevente, o copista do conto de Melville, Bartleby, o escriturário – Uma história de Wall Street. O Bartleby de Melville é um ser completamente apático e alheio ao mundo que o cerca. Jamais foi visto lendo, escrevendo e permanece por inúmeras horas parado diante de uma parede pálida da Wall Street.
O Bartleby de Melville parece nunca ter tomado uma cerveja, nem um café ou chá entre amigos. Vive o tempo todo no escritório, inclusive, certo dia, seu patrão descobre que Bartleby faz do local de trabalho a sua própria residência. Quando é encarregado de realizar qualquer tarefa, costuma responder da seguinte forma: “Prefiro não o fazer”.
O narrador de Bartleby e companhia é um estudioso desse mal endêmico que aflige as letras contemporâneas, fazendo com que centenas de criadores nunca cheguem a escrever nada, ou então escrevam um ou dois livros e a seguir, de um momento para outro, fiquem literalmente paralisados para sempre. Nesse rastreamento por Bartlebys da literatura, ele encontra centenas desses escritores do Não, dentre os quais Hoffman, Walser, Rimbaud, Juan Rulfo, Musil, Chamford, Salinger, Valéry, entre tantos outros.
O narrador se apresenta como um homem absolutamente solitário, sem nenhuma sorte com as mulheres, e que, além de ter que carregar uma penosa corcunda, trabalha em um escritório horroroso. Ele conta que o seu interesse por Bartlebys nasceu de um feliz episódio. Diz que certa vez, no escritório em que trabalhava, ouviu a secretária dizer a alguém por telefone que o senhor Bartleby, o chefe, estava em reunião. Claro que o narrador enganou seus ouvidos, mas o fato é que a partir desse instante decidiu rastrear os Bartlebys da literatura e também a escritura. Decidiu fazer uma espécie de diário que é, ao mesmo tempo, um caderno de notas de rodapé comentando um texto invisível (nem por isso inexistente) sobre os escritores atingidos pelo Mal, por essa pulsão negativa que os tornam escritores do Não.

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