D. Leopoldina: A História Não Contada

Apagada, pouco atraente, traída são alguns dos adjetivos que me veem a mente ao me lembrar da imagem que eu fazia da imperatriz Leopoldina há cerca de dez anos. Ao me debruçar sobre a história de um dos mais famosos casais de amantes brasileiros, d. Pedro e a marquesa de Santos, d. Leopoldina ainda me parecia sem muita vida.

Como alguém poderia aguentar tanta humilhação e não se revoltar? Era o homem do século XXI vendo a questão com o olhar atual. Ao começar a escrever sobre a marquesa e, principalmente, durante os estudos para a minha biografia a respeito de d. Pedro, tudo mudou.
D. Leopoldina era uma estrategista, mais preparada e educada que d. Pedro. Teve a sua história diminuída e elevada a categoria de santa, mártir de paciência por tudo o que sofreu no Brasil. Aliás, coisa comum em nossa história são as mulheres entrarem nela ou como santas ou como devassas. Esse é o ponto que une d. Leopoldina à marquesa de Santos: o papel político de ambas foi apagado, afinal, a política é o campo dos homens há milênios, e geralmente são eles que escrevem a história, com raras exceções. Além do material que vinha coletando sobre ela desde a biografia da marquesa de Santos, muito mais surgiu durante as pesquisas para a obra a respeito de d. Pedro.
Primeiro foi o seu diário da época de sua juventude em Viena, que se encontra no Museu Imperial e que é praticamente desconhecido do público. Nele, vemos uma adolescente impetuosa, cheia de vida, que protegia o seu sobrinho predileto, a quem chamava de “meu tesouro”, filho de sua irmã Maria Luísa com Napoleão. Divertida, descrevia de maneira caricatural os grandes reis, príncipes e até o czar da Rússia, com quem conviveu durante o Congresso de Viena, presidido pelo seu pai, o imperador da Áustria. Se essa documentação era surpreendente, muito mais viria.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

D. Leopoldina: A História Não Contada

Apagada, pouco atraente, traída são alguns dos adjetivos que me veem a mente ao me lembrar da imagem que eu fazia da imperatriz Leopoldina há cerca de dez anos. Ao me debruçar sobre a história de um dos mais famosos casais de amantes brasileiros, d. Pedro e a marquesa de Santos, d. Leopoldina ainda me parecia sem muita vida. Como alguém poderia aguentar tanta humilhação e não se revoltar? Era o homem do século XXI vendo a questão com o olhar atual. Ao começar a escrever sobre a marquesa e, principalmente, durante os estudos para a minha biografia a respeito de d. Pedro, tudo mudou.
D. Leopoldina era uma estrategista, mais preparada e educada que d. Pedro. Teve a sua história diminuída e elevada a categoria de santa, mártir de paciência por tudo o que sofreu no Brasil. Aliás, coisa comum em nossa história são as mulheres entrarem nela ou como santas ou como devassas. Esse é o ponto que une d. Leopoldina à marquesa de Santos: o papel político de ambas foi apagado, afinal, a política é o campo dos homens há milênios, e geralmente são eles que escrevem a história, com raras exceções. Além do material que vinha coletando sobre ela desde a biografia da marquesa de Santos, muito mais surgiu durante as pesquisas para a obra a respeito de d. Pedro.
Primeiro foi o seu diário da época de sua juventude em Viena, que se encontra no Museu Imperial e que é praticamente desconhecido do público. Nele, vemos uma adolescente impetuosa, cheia de vida, que protegia o seu sobrinho predileto, a quem chamava de “meu tesouro”, filho de sua irmã Maria Luísa com Napoleão. Divertida, descrevia de maneira caricatural os grandes reis, príncipes e até o czar da Rússia, com quem conviveu durante o Congresso de Viena, presidido pelo seu pai, o imperador da Áustria. Se essa documentação era surpreendente, muito mais viria.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog