Difusão E Cultura Científica

A análise da experiência brasileira de divulgação científica e do jornalismo científico em particular, evidencia de imediato uma série de desafios que precisam ser superados a curto, médio e longo prazos.


Muitos destes desafios podem ser facilmente identificados, como a relação nem sempre harmoniosa entre divulgadores da ciência e pesquisadores, o analfabetismo científico, a falta de sensibilidade dos empresários de comunicação e editores para a importância da circulação de informações em Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I) e mesmo as dificuldades intrínsecas ao processo de decodificação do discurso científico.
Há, no entanto, um outro não menos importante e praticamente ignorado pela literatura na área e que consiste na ausência, quase sempre, de uma cultura de comunicação nos centros produtores de conhecimento ou pesquisa (universidades, institutos e empresas de pesquisa etc) no Brasil.
Esta questão merece uma série de considerações e nos remete obrigatoriamente para o exame detalhado da relação entre a divulgação científica e a cultura das instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I).  Esta relação se caracteriza por lacunas e obstáculos que tornam pouco eficazes ou mesmo inviabilizam a interação destas instituições com seus vários públicos de interesse, em especial os jornalistas e, por extensão, os cidadãos de maneira geral. Podemos, em princípio, apontar alguns motivos que explicitam estas dificuldades.
Em primeiro lugar, os centros produtores de ciência e tecnologia em nosso País, com raras exceções, não estão dispostos ou capacitados a desempenhar com agilidade e competência o processo de divulgação de seus projetos e resultados de pesquisa. Isso ocorre porque seus dirigentes não contemplam a divulgação científica como estratégica e relegam a um segundo plano o diálogo com o chamado público leigo. Quase sempre limitam o seu esforço de comunicação ao relacionamento com pesquisadores de sua área específica de interesse a partir de publicações ditas científicas, com um discurso e formas de acesso estranhas ao cidadão comum.

 

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Há, no entanto, um outro não menos importante e praticamente ignorado pela literatura na área e que consiste na ausência, quase sempre, de uma cultura de comunicação nos centros produtores de conhecimento ou pesquisa (universidades, institutos e empresas de pesquisa etc) no Brasil.
Esta questão merece uma série de considerações e nos remete obrigatoriamente para o exame detalhado da relação entre a divulgação científica e a cultura das instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I).  Esta relação se caracteriza por lacunas e obstáculos que tornam pouco eficazes ou mesmo inviabilizam a interação destas instituições com seus vários públicos de interesse, em especial os jornalistas e, por extensão, os cidadãos de maneira geral. Podemos, em princípio, apontar alguns motivos que explicitam estas dificuldades.
Em primeiro lugar, os centros produtores de ciência e tecnologia em nosso País, com raras exceções, não estão dispostos ou capacitados a desempenhar com agilidade e competência o processo de divulgação de seus projetos e resultados de pesquisa. Isso ocorre porque seus dirigentes não contemplam a divulgação científica como estratégica e relegam a um segundo plano o diálogo com o chamado público leigo. Quase sempre limitam o seu esforço de comunicação ao relacionamento com pesquisadores de sua área específica de interesse a partir de publicações ditas científicas, com um discurso e formas de acesso estranhas ao cidadão comum.

 

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