Fenomenologia E Hermenêutica Histórica

Com algumas raras exceções, as obras que versam sobre a fenomenologia não apresentam uma dimensão didática. São obras de grandes intérpretes (como Ricoeur ou Gadamer, por exemplo) e que nos jogam no interior do debate fenomenológico, sem o devido preparo.


Fenomenologia e hermenêutica histórica corresponde, basicamente, em seus capítulos 1, 2 e 3 ao produto das aulas ministradas na disciplina “Fenomenologia e historiografia”, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História da UFT (Universidade Federal do Tocantins).
Esta obra pretende apresentar ao jovem leitor os passos decisivos para uma boa apreensão da fenomenologia, bem como um conjunto de textos de ordem experimental sobre a hermenêutica histórica. Por isso os capítulos 1, 2 e 3 são dedicados aos fundamentos da fenomenologia. Aqui, apresentamos os principais conceitos deste campo do saber filosófico; esta seção tem uma importância especial na medida em que prepara o leitor para os exercícios de hermenêutica histórica, nos capítulos restantes.
Compreender de forma satisfatória os conceitos do campo fenomenológico não se trata só de um esforço de cunho filosófico; historiadores e pesquisadores de outros campos das humanidades necessitam de uma segura base em fenomenologia. Mas, ao mesmo tempo, abarcar todo o espectro de tal corrente filosófica demandaria um trabalho muito extenso; optamos, então, por apreender as principais teses de Husserl e Heidegger, com os acréscimos, principalmente, de Merleau-Ponty, Ricoeur e Gadamer.
De forma diversa como ocorreu com o marxismo, quando partimos de Husserl e nos endereçamos ao seu discípulo Heidegger, encontramos uma cisão. A fenomenologia se configura como um campo vasto e sujeito a controvérsias, como no debate (muitas vezes, silencioso) entre Husserl e Heidegger. O solo seguro da fenomenologia – como indica a própria denominação desta corrente – é a conversão da objectualidade em fenômeno.
Há na fenomenologia um senso crítico radical que dissolve o “objetivo”, o “real” do senso comum e da ciência. A fenomenologia não convive com o realismo, ela dissolve (tematiza) o que entendemos como “verdade objetiva”. É nesse horizonte cético que o mundo é tematizado e entendido como “meu mundo”. Por isso nos capítulos 1, 2 e 3, a questão fundamental se traduz desta forma: o que significa transformar o Mundo (e o homem) em fenômeno?
Já nos capítulos 4, 5, 6, 7 e 8, ingressamos no campo da hermenêutica, especialmente a histórica. Aqui, os trabalhos de Paul Ricoeur e Hans-Georg Gadamer são fundamentais, pois realizaram a transposição da fenomenologia para os estudos de ordem hermenêutica.
Aluno de Heidegger, Gadamer está entre Husserl e seu professor de Marburgo.

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Fenomenologia E Hermenêutica Histórica

Com algumas raras exceções, as obras que versam sobre a fenomenologia não apresentam uma dimensão didática. São obras de grandes intérpretes (como Ricoeur ou Gadamer, por exemplo) e que nos jogam no interior do debate fenomenológico, sem o devido preparo.
Fenomenologia e hermenêutica histórica corresponde, basicamente, em seus capítulos 1, 2 e 3 ao produto das aulas ministradas na disciplina “Fenomenologia e historiografia”, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História da UFT (Universidade Federal do Tocantins).
Esta obra pretende apresentar ao jovem leitor os passos decisivos para uma boa apreensão da fenomenologia, bem como um conjunto de textos de ordem experimental sobre a hermenêutica histórica. Por isso os capítulos 1, 2 e 3 são dedicados aos fundamentos da fenomenologia. Aqui, apresentamos os principais conceitos deste campo do saber filosófico; esta seção tem uma importância especial na medida em que prepara o leitor para os exercícios de hermenêutica histórica, nos capítulos restantes.
Compreender de forma satisfatória os conceitos do campo fenomenológico não se trata só de um esforço de cunho filosófico; historiadores e pesquisadores de outros campos das humanidades necessitam de uma segura base em fenomenologia. Mas, ao mesmo tempo, abarcar todo o espectro de tal corrente filosófica demandaria um trabalho muito extenso; optamos, então, por apreender as principais teses de Husserl e Heidegger, com os acréscimos, principalmente, de Merleau-Ponty, Ricoeur e Gadamer.
De forma diversa como ocorreu com o marxismo, quando partimos de Husserl e nos endereçamos ao seu discípulo Heidegger, encontramos uma cisão. A fenomenologia se configura como um campo vasto e sujeito a controvérsias, como no debate (muitas vezes, silencioso) entre Husserl e Heidegger. O solo seguro da fenomenologia – como indica a própria denominação desta corrente – é a conversão da objectualidade em fenômeno.
Há na fenomenologia um senso crítico radical que dissolve o “objetivo”, o “real” do senso comum e da ciência. A fenomenologia não convive com o realismo, ela dissolve (tematiza) o que entendemos como “verdade objetiva”. É nesse horizonte cético que o mundo é tematizado e entendido como “meu mundo”. Por isso nos capítulos 1, 2 e 3, a questão fundamental se traduz desta forma: o que significa transformar o Mundo (e o homem) em fenômeno?
Já nos capítulos 4, 5, 6, 7 e 8, ingressamos no campo da hermenêutica, especialmente a histórica. Aqui, os trabalhos de Paul Ricoeur e Hans-Georg Gadamer são fundamentais, pois realizaram a transposição da fenomenologia para os estudos de ordem hermenêutica.
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