Como Jesus Se Tornou Deus

Jesus era um pregador judeu da classe baixa dos cafundós da Galileia rural que foi condenado por atividades ilegais e crucificado por crimes contra o Estado. Todavia, não muito depois de sua morte, seus seguidores proclamavam que ele era um ser divino.

Por fim, foram ainda mais longe, declarando que ele não era outro senão Deus, Senhor do céu e da terra. E daí a pergunta: como um camponês crucificado passou a ser visto como o Senhor que criou todas as coisas? Como Jesus se tornou Deus?
A plena ironia dessa pergunta só me ocorreu recentemente, durante uma longa caminhada com uma de minhas amigas mais próximas. Enquanto conversávamos, repassamos uma série de assuntos: livros que tínhamos lido, filmes a que tínhamos assistido, visões filosóficas em que estávamos pensando. Por fim, começamos a falar de religião. Diferente de mim, minha amiga continua identificando-se como cristã. A certa altura, perguntei o que ela considerava o cerne de suas crenças. A resposta dela me fez parar para pensar. Ela disse que o coração da religião era, para ela, a ideia de que, em Jesus, Deus havia se tornado homem.
Um dos motivos pelos quais fiquei pasmo com a resposta foi que aquela também havia sido uma de minhas crenças — muito embora não fosse mais há anos. Nos tempos do Ensino Médio, eu havia ponderado árdua e longamente sobre o “mistério da fé”, conforme encontrado, por exemplo, em João 1:1–2, 14: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. (...) E a Palavra se fez carne e habitou entre nós, e contemplamos sua glória, glória como o Filho único do Pai”. Antes disso ainda, eu havia franca e sinceramente confessado as declarações cristológicas do Credo Niceno, de que Cristo era
o Filho único de Deus,
eternamente gerado do Pai,
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai.
Por meio dele todas as coisas foram feitas.
Para nós e para nossa salvação
ele desceu dos céus;
pelo poder do Espírito Santo
encarnou da Virgem Maria
e foi feito homem.

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Jesus era um pregador judeu da classe baixa dos cafundós da Galileia rural que foi condenado por atividades ilegais e crucificado por crimes contra o Estado. Todavia, não muito depois de sua morte, seus seguidores proclamavam que ele era um ser divino. Por fim, foram ainda mais longe, declarando que ele não era outro senão Deus, Senhor do céu e da terra. E daí a pergunta: como um camponês crucificado passou a ser visto como o Senhor que criou todas as coisas? Como Jesus se tornou Deus?
A plena ironia dessa pergunta só me ocorreu recentemente, durante uma longa caminhada com uma de minhas amigas mais próximas. Enquanto conversávamos, repassamos uma série de assuntos: livros que tínhamos lido, filmes a que tínhamos assistido, visões filosóficas em que estávamos pensando. Por fim, começamos a falar de religião. Diferente de mim, minha amiga continua identificando-se como cristã. A certa altura, perguntei o que ela considerava o cerne de suas crenças. A resposta dela me fez parar para pensar. Ela disse que o coração da religião era, para ela, a ideia de que, em Jesus, Deus havia se tornado homem.
Um dos motivos pelos quais fiquei pasmo com a resposta foi que aquela também havia sido uma de minhas crenças — muito embora não fosse mais há anos. Nos tempos do Ensino Médio, eu havia ponderado árdua e longamente sobre o “mistério da fé”, conforme encontrado, por exemplo, em João 1:1–2, 14: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. (…) E a Palavra se fez carne e habitou entre nós, e contemplamos sua glória, glória como o Filho único do Pai”. Antes disso ainda, eu havia franca e sinceramente confessado as declarações cristológicas do Credo Niceno, de que Cristo era
o Filho único de Deus,
eternamente gerado do Pai,
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
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