A Costureira De Khair Khana

A vida que Kamila Sidiqi conhecia mudou da noite para o dia quando o Talibã tomou o controle da cidade de Cabul. Depois de estudar para professora durante a guerra civil uma conquista rara para qualquer mulher afegã Kamila foi confinada à sua casa e proibida de continuar estudando.

Quando seu pai e seu irmão mais velho foram obrigados a abandonar a cidade, Kamila se tornou a única provedora de seus cinco irmãos. Tendo apenas a coragem e a determinação como armas, ela pegou agulha e linha e criou sozinha um próspero negócio. Esta é a incrível e real história dessa inacreditável empreendedora que mobilizou sua comunidade sob o domínio do Talibã.
As histórias contadas neste livro são o resultado de três anos de entrevistas e pesquisas de campo em Cabul, Londres e Washington, D.C. A segurança no Afeganistão só piorou nesses últimos anos. Eu alterei os nomes de muitas pessoas que aparecem nas páginas deste livro como medida de proteção ou por respeito ao desejo de privacidade delas. Atendendo ao pedido de algumas, eu também omiti certos detalhes de menor importância, mas que tornariam as personagens deste livro facilmente identificáveis. Eu me esforcei, arduamente, para manter a precisão das datas e períodos relacionados a suas histórias, mas admito que, às vezes, eu possa ter escorregado em meio a tudo que se passou no Afeganistão nas últimas três décadas e nos anos que se passaram desde o começo deste relato.
A maioria das histórias de guerra e suas consequências eram inevitavelmente focadas nos homens: nos soldados, nos veteranos que regressavam e nos estadistas. Eu queria saber o que era a guerra para aquelas que eram deixadas para trás: as mulheres que se viravam para continuar vivendo mesmo quando seu mundo se partia em dois. A guerra obriga as mulheres a reorganizarem suas vidas e muitas vezes as coloca à força, inesperadamente e despreparadas, no papel de provedoras da família. Tendo que responder pela sobrevivência da família, elas inventam formas de sustentar seus filhos e ajudar suas comunidades. Mas suas histórias raramente são contadas. Estamos muito mais acostumados – e nos sentimos muito mais à vontade – a ver as mulheres sendo retratadas como vítimas de guerra que merecem nossa compaixão, do que guerreiras sobreviventes que nos impõem respeito. Eu estava decidida a mudar esse quadro.

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A vida que Kamila Sidiqi conhecia mudou da noite para o dia quando o Talibã tomou o controle da cidade de Cabul. Depois de estudar para professora durante a guerra civil uma conquista rara para qualquer mulher afegã Kamila foi confinada à sua casa e proibida de continuar estudando. Quando seu pai e seu irmão mais velho foram obrigados a abandonar a cidade, Kamila se tornou a única provedora de seus cinco irmãos. Tendo apenas a coragem e a determinação como armas, ela pegou agulha e linha e criou sozinha um próspero negócio. Esta é a incrível e real história dessa inacreditável empreendedora que mobilizou sua comunidade sob o domínio do Talibã.
As histórias contadas neste livro são o resultado de três anos de entrevistas e pesquisas de campo em Cabul, Londres e Washington, D.C. A segurança no Afeganistão só piorou nesses últimos anos. Eu alterei os nomes de muitas pessoas que aparecem nas páginas deste livro como medida de proteção ou por respeito ao desejo de privacidade delas. Atendendo ao pedido de algumas, eu também omiti certos detalhes de menor importância, mas que tornariam as personagens deste livro facilmente identificáveis. Eu me esforcei, arduamente, para manter a precisão das datas e períodos relacionados a suas histórias, mas admito que, às vezes, eu possa ter escorregado em meio a tudo que se passou no Afeganistão nas últimas três décadas e nos anos que se passaram desde o começo deste relato.
A maioria das histórias de guerra e suas consequências eram inevitavelmente focadas nos homens: nos soldados, nos veteranos que regressavam e nos estadistas. Eu queria saber o que era a guerra para aquelas que eram deixadas para trás: as mulheres que se viravam para continuar vivendo mesmo quando seu mundo se partia em dois. A guerra obriga as mulheres a reorganizarem suas vidas e muitas vezes as coloca à força, inesperadamente e despreparadas, no papel de provedoras da família. Tendo que responder pela sobrevivência da família, elas inventam formas de sustentar seus filhos e ajudar suas comunidades. Mas suas histórias raramente são contadas. Estamos muito mais acostumados – e nos sentimos muito mais à vontade – a ver as mulheres sendo retratadas como vítimas de guerra que merecem nossa compaixão, do que guerreiras sobreviventes que nos impõem respeito. Eu estava decidida a mudar esse quadro.

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