Metodologia Da Pesquisa Jurídica

Bertrand Russel, em sua magnífica obra On Education, escrita em 1926, alerta-nos:
“Temos, pois, antes de definirmos qual o tipo de educação que consideramos o melhor, de assentar o tipo de homem que queremos produzir”.


Esse ponto é fulcral, é o eixo da porta (gonzo) sem a qual a reflexão de toda esta obra tornar-se-ia, a partir daqui, desengonçada, fora de lugar.
Não é produtivo, o impacto é artificial, passageiro e inexpressivo educar os homens para respeitar ou valorizar algo, ou simplesmente para se fazer algo como a pesquisa, se esse respeito ou valorização não advier de quem o homem é, mas da simples imposição cultural momentânea (da mera necessidade passageira de se fazer uma pesquisa acadêmica).
Somente o estudo que prepara o homem para o “torna-te o que és” (homem) do poeta grego Píndaro (518 a.C. – 438 a.C.) atinge-o de modo eficaz e duradouro.
Neste campo definido (tornar o homem o que ele é), vejamos as características apontadas por Russel como essenciais para a formação dos homens de todos os tempos: vitalidade, coragem, sensibilidade, inteligência e liberdade.
É o prazer de sentir-se vivo (vitalidade), o interesse pelas coisas do mundo externo que torna a existência “humana” e torna-nos aptos aos prazeres comuns da vida.
Quando uma instituição estrutura-se na imposição de conteúdos e não no despertar o interesse pelos conteúdos, no incentivo ao “encontro”, mata-se parte da vitalidade. Pior ainda, a imposição de conteúdos sem o prévio despertar do prazer pelo mesmo, acorda o vício contrário à vitalidade, a acídia (tristeza que paralisa).
É enfadonho estudar aqueles conteúdos que professores não se preocuparam em despertar previamente o interesse. Por isso, rotineiramente parte-se para o decorar (que não tem nada de seu sentido original: guardar no coração). E esse conteúdo que “quase” se aprende e certamente não cria nenhuma atitude decorrente, em pouco tempo, é apagado da memória. Não se educa assim, somente se transmite informação descartável após o seu uso (a prova, o vestibular, o exame da OAB etc.).

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“Temos, pois, antes de definirmos qual o tipo de educação que consideramos o melhor, de assentar o tipo de homem que queremos produzir”.
Esse ponto é fulcral, é o eixo da porta (gonzo) sem a qual a reflexão de toda esta obra tornar-se-ia, a partir daqui, desengonçada, fora de lugar.
Não é produtivo, o impacto é artificial, passageiro e inexpressivo educar os homens para respeitar ou valorizar algo, ou simplesmente para se fazer algo como a pesquisa, se esse respeito ou valorização não advier de quem o homem é, mas da simples imposição cultural momentânea (da mera necessidade passageira de se fazer uma pesquisa acadêmica).
Somente o estudo que prepara o homem para o “torna-te o que és” (homem) do poeta grego Píndaro (518 a.C. – 438 a.C.) atinge-o de modo eficaz e duradouro.
Neste campo definido (tornar o homem o que ele é), vejamos as características apontadas por Russel como essenciais para a formação dos homens de todos os tempos: vitalidade, coragem, sensibilidade, inteligência e liberdade.
É o prazer de sentir-se vivo (vitalidade), o interesse pelas coisas do mundo externo que torna a existência “humana” e torna-nos aptos aos prazeres comuns da vida.
Quando uma instituição estrutura-se na imposição de conteúdos e não no despertar o interesse pelos conteúdos, no incentivo ao “encontro”, mata-se parte da vitalidade. Pior ainda, a imposição de conteúdos sem o prévio despertar do prazer pelo mesmo, acorda o vício contrário à vitalidade, a acídia (tristeza que paralisa).
É enfadonho estudar aqueles conteúdos que professores não se preocuparam em despertar previamente o interesse. Por isso, rotineiramente parte-se para o decorar (que não tem nada de seu sentido original: guardar no coração). E esse conteúdo que “quase” se aprende e certamente não cria nenhuma atitude decorrente, em pouco tempo, é apagado da memória. Não se educa assim, somente se transmite informação descartável após o seu uso (a prova, o vestibular, o exame da OAB etc.).

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