O Estado E Os Ilegalismos Nas Margens Do Brasil E Do Uruguai

O tema inicial deste trabalho foi a análise das diferentes formas de criminalidade nas fronteiras geopolíticas do Brasil com outros países da América Latina, especialmente em municípios do estado do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com a República da Argentina e com a República Oriental do Uruguai.

A proposta apresentada quando da seleção para ingresso no Doutorado teve como justificativa o pouco que se sabe sobre o fenômeno de interiorização da violência e da criminalidade nas regiões distantes dos grandes centros urbanos, especialmente nas limítrofes do Brasil com os seus dez países vizinhos.
Nesse sentido, iniciou-se o diálogo com a questão dos homicídios nas regiões de fronteira, seguindo a tradição contemporânea das pesquisas brasileiras em Ciências Sociais que utilizam as mortes por homicídio como indicador geral da violência e da criminalidade na sociedade.
Essa escolha é justificada, na maioria das vezes, pelo fato de que a morte é o máximo da violência a que se pode chegar e pela falta de confiabilidade e acesso aos dados policiais, sabe-se que o registro de queixas à polícia sobre diversas formas de violência tem uma notificação extremamente limitada em todo o país.
No campo dos óbitos, conta-se com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), que centraliza informações sobre as mortes em todo o país. Cabe ressaltar, como explicam Cano e Ribeiro, que tomar os homicídios como forma de medir a violência em geral pode ser problemático, em razão de que os dados sobre mortalidade não cobrem todas as mortes, que podem não ser comunicadas ou registradas. Outro problema levantado pelos autores são as mortes por causas externas de intencionalidade desconhecida, quando os médicos constatam a causa mortis mas nem sempre dispõem de informações sobre o fato, não sabendo se o óbito foi resultado de suicídio, homicídio ou acidente.
Não havia uma tradição de pesquisas na Sociologia sobre fronteiras, na época da formulação original do objeto, o primeiro obstáculo encontrado foi a inexistência de estudos sobre a temática da criminalidade e da segurança nas fronteiras no Brasil. Alguns grupos de pesquisa acadêmica vêm desenvolvendo pesquisas teóricas e empíricas sobre esta temática, ampliando a escassa bibliografia sobre as fronteiras nas Ciências Sociais.

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Nesse sentido, iniciou-se o diálogo com a questão dos homicídios nas regiões de fronteira, seguindo a tradição contemporânea das pesquisas brasileiras em Ciências Sociais que utilizam as mortes por homicídio como indicador geral da violência e da criminalidade na sociedade.
Essa escolha é justificada, na maioria das vezes, pelo fato de que a morte é o máximo da violência a que se pode chegar e pela falta de confiabilidade e acesso aos dados policiais, sabe-se que o registro de queixas à polícia sobre diversas formas de violência tem uma notificação extremamente limitada em todo o país.
No campo dos óbitos, conta-se com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), que centraliza informações sobre as mortes em todo o país. Cabe ressaltar, como explicam Cano e Ribeiro, que tomar os homicídios como forma de medir a violência em geral pode ser problemático, em razão de que os dados sobre mortalidade não cobrem todas as mortes, que podem não ser comunicadas ou registradas. Outro problema levantado pelos autores são as mortes por causas externas de intencionalidade desconhecida, quando os médicos constatam a causa mortis mas nem sempre dispõem de informações sobre o fato, não sabendo se o óbito foi resultado de suicídio, homicídio ou acidente.
Não havia uma tradição de pesquisas na Sociologia sobre fronteiras, na época da formulação original do objeto, o primeiro obstáculo encontrado foi a inexistência de estudos sobre a temática da criminalidade e da segurança nas fronteiras no Brasil. Alguns grupos de pesquisa acadêmica vêm desenvolvendo pesquisas teóricas e empíricas sobre esta temática, ampliando a escassa bibliografia sobre as fronteiras nas Ciências Sociais.

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