Os Mexicanos

Os mexicanos são um povo cheio de contrastes. Têm um sentimento arraigado de nacionalismo, mas há milhões deles que sonham em cruzar a fronteira e viver nos EUA. Construíram civilizações que figuraram entre as mais avançadas do planeta, mas sucumbiram em menos de dois anos à Conquista espanhola.

Demonstram uma alegria esfuziante na fiesta, traço tão distintivo da cultura mexicana. Mas há uma melancolia escondida na transparência da tequila, nos sons estridentes e metálicos dos mariachis e no saudosismo da letra de “Cielito lindo”. A religiosidade católica no México está estampada em cada casa, em cada esquina e nas demonstrações dos milhões de romeiros que todo mês de dezembro rumam em direção à Basílica de Guadalupe, na Cidade do México. Mas há um sincretismo evidente nos milhares de xamãs que são consultados nas ruas e protegem as pessoas dos maus espíritos.
Os mexicanos são conhecidos pelo forte machismo. Mas o México é também a pátria de mulheres geniais que se revelaram grandes precursoras do feminismo. Uma delas – sóror Juana Inés de la Cruz – viveu no século XVII, era freira no Convento dos Jerônimos e escrevia contra o absurdo da condição feminina, denunciando a hipocrisia dos homens. Outra, Frida Kahlo, pintora e esposa do grande muralista Diego Rivera, nunca se conformou em viver à sombra do monstro da pintura mexicana. Apaixonada por ele, não se resignava com o comportamento do marido “Don Juan”. Para horror de uma elite conservadora e preconceituosa, ela própria tinha amantes – homens e mulheres –, vários deles retratados em suas telas. Nessa sede de amor e de vingança, chegou a seduzir o próprio Trotski, quando então, numa miscigenação entre Eros e Marx, nasceu e se consumou a sedução.
Na dinâmica e industrial cidade de Monterrey ou em outros centros urbanos do Norte, onde proliferaram as maquiladoras especializadas em exportar manufaturas para os EUA, vamos encontrar mexicanos pragmáticos e preocupados com seu status econômico. Se nos mudarmos para o extremo Sul, no estado de Chiapas, aí veremos um povo amante da terra, da natureza, com tradições milenares que remontam aos tempos maias.

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Os mexicanos são um povo cheio de contrastes. Têm um sentimento arraigado de nacionalismo, mas há milhões deles que sonham em cruzar a fronteira e viver nos EUA. Construíram civilizações que figuraram entre as mais avançadas do planeta, mas sucumbiram em menos de dois anos à Conquista espanhola. Demonstram uma alegria esfuziante na fiesta, traço tão distintivo da cultura mexicana. Mas há uma melancolia escondida na transparência da tequila, nos sons estridentes e metálicos dos mariachis e no saudosismo da letra de “Cielito lindo”. A religiosidade católica no México está estampada em cada casa, em cada esquina e nas demonstrações dos milhões de romeiros que todo mês de dezembro rumam em direção à Basílica de Guadalupe, na Cidade do México. Mas há um sincretismo evidente nos milhares de xamãs que são consultados nas ruas e protegem as pessoas dos maus espíritos.
Os mexicanos são conhecidos pelo forte machismo. Mas o México é também a pátria de mulheres geniais que se revelaram grandes precursoras do feminismo. Uma delas – sóror Juana Inés de la Cruz – viveu no século XVII, era freira no Convento dos Jerônimos e escrevia contra o absurdo da condição feminina, denunciando a hipocrisia dos homens. Outra, Frida Kahlo, pintora e esposa do grande muralista Diego Rivera, nunca se conformou em viver à sombra do monstro da pintura mexicana. Apaixonada por ele, não se resignava com o comportamento do marido “Don Juan”. Para horror de uma elite conservadora e preconceituosa, ela própria tinha amantes – homens e mulheres –, vários deles retratados em suas telas. Nessa sede de amor e de vingança, chegou a seduzir o próprio Trotski, quando então, numa miscigenação entre Eros e Marx, nasceu e se consumou a sedução.
Na dinâmica e industrial cidade de Monterrey ou em outros centros urbanos do Norte, onde proliferaram as maquiladoras especializadas em exportar manufaturas para os EUA, vamos encontrar mexicanos pragmáticos e preocupados com seu status econômico. Se nos mudarmos para o extremo Sul, no estado de Chiapas, aí veremos um povo amante da terra, da natureza, com tradições milenares que remontam aos tempos maias.

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