Relações Étnico-Raciais, De Gênero E Sexualidade

Há uma nova paisagem científica na educação brasileira. Temas antes considerados secundários, periféricos e/ou subalternos começam a ganhar centralidade a partir da década de 1980.

O elemento desencadeante desta nova perspectiva é a constatação de que, nos últimos vinte anos, observamos a crescente utilização da categoria diversidade e diferença e de temas a ela relacionados no debate internacional e brasileiro. A ideia de diversidade tornou-se, frente à crescente afirmação das identidades, um fenômeno significativo especialmente em sociedades oriundas do colonialismo europeu, onde grupos e indivíduos reafirmam seus particularismos locais, suas identidades étnicas, raciais, culturais ou religiosas, chamando a atenção de organismos internacionais a atributos da globalização que não são apenas econômicos ou tecnológicos, mostrando a inadequação das análises estritamente socioeconômicas.
É no interior desta nova paisagem científica que a obra Relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade: perspectivas contemporâneas surge e vem a contribuir para o entendimento daquilo que não é apenas científico, mas também político, e daqueles que lutam pela afirmação das diferenças. O livro não se apoia na ideia de uma indiferença em relação à diversidade, nem mesmo que seja indiferente aos territórios, às origens, à cultura das pessoas e dos coletivos sociais, ele se apoia no princípio de diferença que está na raiz da nova proposta de escola e de sociedade que a obra incita a construir.
Temas antes negligenciados que estão na clave da diferença, como as relações de gênero, de sexualidade, étnico-raciais ou etárias, ascendem, dão uma visibilidade inaudita à realidade das relações sociais no Brasil e fazem parte daquilo que hoje é considerado tema premente da contemporaneidade. Cultura, gênero, sexualidade e raça são temáticas contemporâneas, e isto significa dizer que são de certa complexidade teórica e prática, pois fazem parte do presente e da vida cotidiana de cada um. Na medida em que tais temáticas são contemporâneas, elas trazem as luzes e as sombras de uma época. Isto significa dizer que esses temas trazem concomitantemente a luz de nossa época e a sombra íntima que acompanha tais temáticas, e que no ambiente escolar, por exemplo, tem colocado crianças e jovens brasileiros que portam alguma diferença no lugar do desvio.

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Há uma nova paisagem científica na educação brasileira. Temas antes considerados secundários, periféricos e/ou subalternos começam a ganhar centralidade a partir da década de 1980. O elemento desencadeante desta nova perspectiva é a constatação de que, nos últimos vinte anos, observamos a crescente utilização da categoria diversidade e diferença e de temas a ela relacionados no debate internacional e brasileiro. A ideia de diversidade tornou-se, frente à crescente afirmação das identidades, um fenômeno significativo especialmente em sociedades oriundas do colonialismo europeu, onde grupos e indivíduos reafirmam seus particularismos locais, suas identidades étnicas, raciais, culturais ou religiosas, chamando a atenção de organismos internacionais a atributos da globalização que não são apenas econômicos ou tecnológicos, mostrando a inadequação das análises estritamente socioeconômicas.
É no interior desta nova paisagem científica que a obra Relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade: perspectivas contemporâneas surge e vem a contribuir para o entendimento daquilo que não é apenas científico, mas também político, e daqueles que lutam pela afirmação das diferenças. O livro não se apoia na ideia de uma indiferença em relação à diversidade, nem mesmo que seja indiferente aos territórios, às origens, à cultura das pessoas e dos coletivos sociais, ele se apoia no princípio de diferença que está na raiz da nova proposta de escola e de sociedade que a obra incita a construir.
Temas antes negligenciados que estão na clave da diferença, como as relações de gênero, de sexualidade, étnico-raciais ou etárias, ascendem, dão uma visibilidade inaudita à realidade das relações sociais no Brasil e fazem parte daquilo que hoje é considerado tema premente da contemporaneidade. Cultura, gênero, sexualidade e raça são temáticas contemporâneas, e isto significa dizer que são de certa complexidade teórica e prática, pois fazem parte do presente e da vida cotidiana de cada um. Na medida em que tais temáticas são contemporâneas, elas trazem as luzes e as sombras de uma época. Isto significa dizer que esses temas trazem concomitantemente a luz de nossa época e a sombra íntima que acompanha tais temáticas, e que no ambiente escolar, por exemplo, tem colocado crianças e jovens brasileiros que portam alguma diferença no lugar do desvio.

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