Práticas Da Leitura

A presente coletânea reúne os trabalhos de estudiosos de diferentes áreas que compareceram a um encontro a propósito do tema da leitura realizado há cerca de dez anos e que, por isso mesmo, resume um momento precioso das discussões

em torno de algo que hoje, talvez rapidamente demais, já ganha ares de produto cultural mais ou menos estável. Naquele momento, a questão para os pesquisadores presentes ao encontro era promover o confronto de seus diferentes trabalhos de modo a obter-se uma visão mais ampla do campo dos estudos referentes às práticas da leitura. Está perfeitamente evidente que, de todos os autores presentes, é o diretor do encontro, Roger Chartier, quem mais se empenha no sentido de ajustar cada um dos estudos como um ponto de um mapa em construção, de considerar desenvolvimentos distintos e assimilar contribuições mútuas favoráveis ao desenho mais preciso, mas também mais inclusivo, da nova área. Em termos resumidos, seguindo-se a pista lançada pelo próprio Chartier, o campo da história das práticas da escrita avança por três direções distintas, mas não contraditórias, capazes de abranger o conjunto dos estudos da coletânea. Assim, a primeira dessas perspectivas, de matriz fundamentalmente histórica, pretende levantar maneiras de ler que já não ocorrem sistematicamente no presente; trata-se de constituir, por assim dizer, um corpus de "atitudes antigas" diante da leitura, em que as suas diferentes formas apenas se configurem no interior de práticas datadas. Estudar a leitura por esta via é, pois, repor as referências históricas de uma pragmática já dissolvida no presente. Para chegar ao estabelecimento desse corpus, Chartier propõe descobrir nos próprios textos a permanência de certos índices da antiga pragmática que os suscitara. E os vestígios privilegiados, aí, aqueles para os quais tem mais faro, são aqueles a que se refere como "protocolos de leitura", basicamente de dois tipos, ambos importantes para a reconstituição dessas atitudes antigas das práticas do ato de ler.

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A presente coletânea reúne os trabalhos de estudiosos de diferentes áreas que compareceram a um encontro a propósito do tema da leitura realizado há cerca de dez anos e que, por isso mesmo, resume um momento precioso das discussões em torno de algo que hoje, talvez rapidamente demais, já ganha ares de produto cultural mais ou menos estável. Naquele momento, a questão para os pesquisadores presentes ao encontro era promover o confronto de seus diferentes trabalhos de modo a obter-se uma visão mais ampla do campo dos estudos referentes às práticas da leitura. Está perfeitamente evidente que, de todos os autores presentes, é o diretor do encontro, Roger Chartier, quem mais se empenha no sentido de ajustar cada um dos estudos como um ponto de um mapa em construção, de considerar desenvolvimentos distintos e assimilar contribuições mútuas favoráveis ao desenho mais preciso, mas também mais inclusivo, da nova área. Em termos resumidos, seguindo-se a pista lançada pelo próprio Chartier, o campo da história das práticas da escrita avança por três direções distintas, mas não contraditórias, capazes de abranger o conjunto dos estudos da coletânea. Assim, a primeira dessas perspectivas, de matriz fundamentalmente histórica, pretende levantar maneiras de ler que já não ocorrem sistematicamente no presente; trata-se de constituir, por assim dizer, um corpus de “atitudes antigas” diante da leitura, em que as suas diferentes formas apenas se configurem no interior de práticas datadas. Estudar a leitura por esta via é, pois, repor as referências históricas de uma pragmática já dissolvida no presente. Para chegar ao estabelecimento desse corpus, Chartier propõe descobrir nos próprios textos a permanência de certos índices da antiga pragmática que os suscitara. E os vestígios privilegiados, aí, aqueles para os quais tem mais faro, são aqueles a que se refere como “protocolos de leitura”, basicamente de dois tipos, ambos importantes para a reconstituição dessas atitudes antigas das práticas do ato de ler.

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