O Webjornalismo Mediado Pela Cultura Social Local

A atividade profissional do jornalismo está em constante dinâmica. Marcado pelo olhar crítico dos que consomem notícias e das empresas de comunicação, o trabalho dos jornalistas suscita com freqüência algumas questões inquietantes como o lidar com a velocidade das mudanças provocadas pelas tecnologias digitais.


Ao mesmo tempo, existem algumas problemáticas ligadas à atividade, além das que dizem respeito às tecnologias, que requerem observância, apesar de serem pouco abordadas pelos estudos da área. A relação da cultura social local com o habitus1 profissional, tema desta tese, é uma delas.
O reflexo da cultura social local no jornalismo pode ser tomado como tema delicado e fugidio, correndo o risco de ser incompreendido quando se atrela os atributos da atividade ao nível de desenvolvimento socioeconômico e cultural da região onde atua o veículo. Mas não é possível fugir ao fato de que o jornalismo é uma atividade social e simbólica, o que implica considerar a cultura da sociedade onde está o jornalista e o veículo noticioso encontra-se inserido.
O encontro da prática profissional com o meio social funciona como variável de relevância considerável ligada à atividade jornalística e ao produto, fazendo parte de uma espécie de amálgama que torna a função social de reportar acontecimentos, em formato de notícias, algo complexo.
Ao abordar tal temática, adotou-se como marco teórico norteador para tratar a relação do webjornalista com a cultura social o pensamento dos Estudos Culturais em diálogo com as teorias do jornalismo que tratam das rotinas profissionais e das tecnologias. Como afirma Ana Carolina Escosteguy:
Se originalmente os Estudos Culturais foram uma invenção britânica, hoje, na sua forma contemporânea, transformaram-se num fenômeno internacional [...] os Estudos Culturais ressaltam os nexos existentes entre a investigação e as formações sociais onde aquele se desenvolve [...].
A complexidade do tema da pesquisa mostrou-se em consonância com o olhar mais aberto dos Estudos Culturais que tornou possível um diálogo crítico das condições de produção, modo de vida social, historicidade e comunicação noticiosa, em um momento que o jornalismo na web precisa saber lidar com fenômenos como a desterritorialização da audiência, e ao mesmo tempo, a manutenção de sua marca identitária territorial. Somando-se a esses desafios, o comportamento muito distinto, e por isso mesmo desafiador, dos consumidores de notícias na web.

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A atividade profissional do jornalismo está em constante dinâmica. Marcado pelo olhar crítico dos que consomem notícias e das empresas de comunicação, o trabalho dos jornalistas suscita com freqüência algumas questões inquietantes como o lidar com a velocidade das mudanças provocadas pelas tecnologias digitais.
Ao mesmo tempo, existem algumas problemáticas ligadas à atividade, além das que dizem respeito às tecnologias, que requerem observância, apesar de serem pouco abordadas pelos estudos da área. A relação da cultura social local com o habitus1 profissional, tema desta tese, é uma delas.
O reflexo da cultura social local no jornalismo pode ser tomado como tema delicado e fugidio, correndo o risco de ser incompreendido quando se atrela os atributos da atividade ao nível de desenvolvimento socioeconômico e cultural da região onde atua o veículo. Mas não é possível fugir ao fato de que o jornalismo é uma atividade social e simbólica, o que implica considerar a cultura da sociedade onde está o jornalista e o veículo noticioso encontra-se inserido.
O encontro da prática profissional com o meio social funciona como variável de relevância considerável ligada à atividade jornalística e ao produto, fazendo parte de uma espécie de amálgama que torna a função social de reportar acontecimentos, em formato de notícias, algo complexo.
Ao abordar tal temática, adotou-se como marco teórico norteador para tratar a relação do webjornalista com a cultura social o pensamento dos Estudos Culturais em diálogo com as teorias do jornalismo que tratam das rotinas profissionais e das tecnologias. Como afirma Ana Carolina Escosteguy:
Se originalmente os Estudos Culturais foram uma invenção britânica, hoje, na sua forma contemporânea, transformaram-se num fenômeno internacional […] os Estudos Culturais ressaltam os nexos existentes entre a investigação e as formações sociais onde aquele se desenvolve […].
A complexidade do tema da pesquisa mostrou-se em consonância com o olhar mais aberto dos Estudos Culturais que tornou possível um diálogo crítico das condições de produção, modo de vida social, historicidade e comunicação noticiosa, em um momento que o jornalismo na web precisa saber lidar com fenômenos como a desterritorialização da audiência, e ao mesmo tempo, a manutenção de sua marca identitária territorial. Somando-se a esses desafios, o comportamento muito distinto, e por isso mesmo desafiador, dos consumidores de notícias na web.

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