Doença: Um Estudo Filosófico

Autor sem conhecimentos médicos que se atreve a escrever livro a respeito de saúde e doença está obrigado a justificar-se. Aqui vai, pois, um necessário esclarecimento ao leitor.


Em 1975, graças a um convite dos coordenadores do programa de mestrado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, encarreguei-me do curso de Lógica e Metodologia da Ciência, incluído naquele programa. Embora discutisse, nesse ano, alguns aspectos da Filosofia da Biologia (assunto para o qual o professor Antonio Brito da Cunha, da USP, já me havia conduzido, mais ou menos em 1965), dei atenção a temas que me eram mais familiares do que esse. Repetindo o curso, em anos subseqüentes, alterei a lista dos tópicos a examinar, reduzindo a parte de Lógica e ampliando a parte que, no meu entender, seria de interesse para os médicos.
Preparando as aulas, procurei, naturalmente, ler o que fosse possível alcançar. Esbarrei, assim, num campo novo de investigações, a Filosofia da Medicina. Esse campo, aliás, já vinha sendo amplamente estudado em alguns países (Alemanha, EUA, Inglaterra, por exemplo), a ponto de justificar a existência de periódicos especializados, entre os quais Journal of Medicine and Philosophy (publicado a partir de 1979) e Metamedicine (com um fascículo ''preliminar'', de 1979, e os volumes "regulares", de 1980 em diante). Este periódico, aliás, deixou de circular e foi substituído pelo Journal of Theoretical Medicine, anunciado em 1983.
Os temas divulgados nessas publicações e em muitas outras (particularmente as antologias que a editora Reidel organiza desde 1975, reunidas sob o título geral Philosophy and Medicine, com numerosos volumes já distribuídos) - pude conhecer, estudar, apresentar, discutir e tornar a estudar, em muitas ocasiões e perante variados auditórios: (1) em 1980, durante todo o ano letivo, em seminário de Filosofia da Medicina que organizei para o Grupo de Estudos Humanísticos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (GEHITA); (2) no final desse mesmo ano, no curso de Metodologia da Pesquisa Científica, incluído na pós-graduação da Escola Paulista de Medicina (e que tive a honra de conduzir); (3) em anos subseqüentes, repetindo o curso - o que possibilitou dar redobrada atenção ao conceito de doença; (4) ainda em 1980, quando comentei as críticas que Popper dirige contra as teorias freudianas, falando aos membros da Unidade de Psiquiatria do Hospital do Servidor Público (em São Paulo); (5) nesse mesmo ano, em "mesa redonda" organizada pelo setor de Saúde Mental do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES), em São Paulo, voltando ao conceito de saúde; (6) durante os primeiros meses de 1981, devotados à elaboração de ensaio a respeito de corpo e mente, apresentado, em maio de 1981, em reunião organizada pela Sociedade Brasileira de Psicobiologia, realizada em Atibaia, (voltada para esse tópico); (7) no início de 1983, para integrantes do Núcleo Moreno, de São Paulo, ao retomar o tópico das relações entre corpo e mente.

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Autor sem conhecimentos médicos que se atreve a escrever livro a respeito de saúde e doença está obrigado a justificar-se. Aqui vai, pois, um necessário esclarecimento ao leitor.
Em 1975, graças a um convite dos coordenadores do programa de mestrado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, encarreguei-me do curso de Lógica e Metodologia da Ciência, incluído naquele programa. Embora discutisse, nesse ano, alguns aspectos da Filosofia da Biologia (assunto para o qual o professor Antonio Brito da Cunha, da USP, já me havia conduzido, mais ou menos em 1965), dei atenção a temas que me eram mais familiares do que esse. Repetindo o curso, em anos subseqüentes, alterei a lista dos tópicos a examinar, reduzindo a parte de Lógica e ampliando a parte que, no meu entender, seria de interesse para os médicos.
Preparando as aulas, procurei, naturalmente, ler o que fosse possível alcançar. Esbarrei, assim, num campo novo de investigações, a Filosofia da Medicina. Esse campo, aliás, já vinha sendo amplamente estudado em alguns países (Alemanha, EUA, Inglaterra, por exemplo), a ponto de justificar a existência de periódicos especializados, entre os quais Journal of Medicine and Philosophy (publicado a partir de 1979) e Metamedicine (com um fascículo ”preliminar”, de 1979, e os volumes “regulares”, de 1980 em diante). Este periódico, aliás, deixou de circular e foi substituído pelo Journal of Theoretical Medicine, anunciado em 1983.
Os temas divulgados nessas publicações e em muitas outras (particularmente as antologias que a editora Reidel organiza desde 1975, reunidas sob o título geral Philosophy and Medicine, com numerosos volumes já distribuídos) – pude conhecer, estudar, apresentar, discutir e tornar a estudar, em muitas ocasiões e perante variados auditórios: (1) em 1980, durante todo o ano letivo, em seminário de Filosofia da Medicina que organizei para o Grupo de Estudos Humanísticos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (GEHITA); (2) no final desse mesmo ano, no curso de Metodologia da Pesquisa Científica, incluído na pós-graduação da Escola Paulista de Medicina (e que tive a honra de conduzir); (3) em anos subseqüentes, repetindo o curso – o que possibilitou dar redobrada atenção ao conceito de doença; (4) ainda em 1980, quando comentei as críticas que Popper dirige contra as teorias freudianas, falando aos membros da Unidade de Psiquiatria do Hospital do Servidor Público (em São Paulo); (5) nesse mesmo ano, em “mesa redonda” organizada pelo setor de Saúde Mental do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES), em São Paulo, voltando ao conceito de saúde; (6) durante os primeiros meses de 1981, devotados à elaboração de ensaio a respeito de corpo e mente, apresentado, em maio de 1981, em reunião organizada pela Sociedade Brasileira de Psicobiologia, realizada em Atibaia, (voltada para esse tópico); (7) no início de 1983, para integrantes do Núcleo Moreno, de São Paulo, ao retomar o tópico das relações entre corpo e mente.

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